segunda-feira, 25 de novembro de 2013

AUTISMO: BATALHA NA NOVELA E NA VIDA REAL 2



Preconceito na rua e dentro de casa

      A situação da novela, na qual Linda é superprotegida pela mãe, Neide (Sandra Coverloni), e ambas sofrem com os destratos da irmã de Linda, Leila (Fernanda Machado), é bem comum na vida real. Os pais de um autista, em especial, a mãe, costumam isolar-se devido aos cuidados e às exigências do filho.

      Heide Kirst, coordenadora-geral da Associação Pandorga, explica que o desconhecimento da sociedade sobre a doença é muito grande:

- As mães dizem que o problema maior não é a criança em si, mas a solidão, até em relação aos parentes. São famílias que acabam isoladas, e o autista, por ter traços faciais semelhantes aos de qualquer pessoa, é, muitas vezes, visto como uma criança malcriada, cujos pais não o educaram corretamente.

Depoimento: Pâmela Pinheiro, de Alvorada

      "Quando Patrick tinha um ano e meio (ele tem oito agora), assisti a uma reportagem no Fantástico sobre autismo, e todas as características batiam com as dele.

      Consegui uma clínica gratuita em Porto Alegre, a Saerme, na qual ele foi muito bem. Só que a clínica fechou em 2011, e o Patrick ficou um ano sem tratamento, tendo crises. Foi terrível.

      Depois, consegui uma vaga para ele em uma clínica particular, via decisão judicial. O Patrick é muito inteligente, começou a ler aos dois anos, fala cinco línguas e adora computador. Sonho em vê-lo adulto, com uma profissão que explore a sua inteligência. Cada conquista dele é uma vitória."

Os sinais de alerta

      Quanto mais cedo é feito o diagnóstico, mais chance de sucesso terá o tratamento. Por isso, as mães devem ficar atentas para alguns sinais dos bebês e, em caso de dúvida, procurar um médico. Veja quais são!

- De dois a três meses: o bebê não faz contato frequente olho no olho.

- Aos três meses: o bebê não sorri para os pais ou ao ouvir as suas vozes.

- Aos seis meses: o bebê não dá risada nem tem expressões alegres.

- Aos oito meses: o bebê não segue o seu olhar quando você olha algo distante.

- Aos nove meses: o bebê não balbucia.

- Aos 12 meses: não imita os sons que você faz nem sabe dar tchau.

- Aos 18 meses: não aponta para algo do seu interesse.

- Aos 24 meses: não fala frases de duas palavras.

- Em qualquer momento: perde uma habilidade que já havia dominado (por exemplo, para de falar).

Para mais informações e orientação

- Instituto Autismo & Vida: site www.autismo evida.org.br ou e-mail contato@autismoevida.org.br

- Associação Mantenedora Pandorga: fone 3588-7799 e site www.pandorga autismo.org
FONTE: DIÁRIO GAÚCHO

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