domingo, 31 de julho de 2011

PERSONAGENS COM DEFICIÊNCIA EM NOVELAS - PARTE 2

JOSÉ INOCÊNCIO (RENASCER): nos últimos capítulos de Renascer, o coronel José Inocêncio era alvejado numa tocaia e ficava paraplégico. A cena em que sua cadeira de rodas fica presa no barro e ele tomba na chuva é uma das mais marcantes do final da novela.

ASSUNÇÃO (HISTÓRIA DE AMOR): Manoel Carlos gosta de inserir personagens com deficiências nas suas novelas. Em "História de Amor", o ator Nuno Leal Maia deu vida ao apresentador de programa esportivo Assunção, que após sofrer um acidente automobilístico, também foi parar numa cadeira de rodas. Assim como Luciana de "Viver a Vida", Assunção continuou sendo cadeirante até o final da novela.

ABEL (SOL DE VERÃO): nessa novela dos anos 80, Tony Ramos era Abel, um rapaz surdo que nos últimos capitulos aprende a falar.



ANITA (CARAS E BOCAS): a atriz cega Danieli Haloten deu vida a Anita, uma moça com deficiência visual.



SIMONE (SELVA DE PEDRA): após sofrer um acidente de carro, Simone (Fernada Torres) era vítima às vezes de uma paralisia nas pernas. Por isso, ela foi aprisionada pela sua rival Fernanda (Christiane Torloni) num porão e mantida longe do seu amor Cristiano Vilhena (Tony Ramos) .

Tudo isso, no remake de Selva de Pedra, de 1986. No último capítulo, Simone entra de cadeira de rodas no tribunal para ajudar a inocentar Cristiano, que estava sendo acusado de assassinato.





TONHO DA LUA (MULHERES DE AREIA): Tonho da Lua era um homem com deficiência intelectual na trama de Ivani Ribeiro. O rapaz era apaixonado por Ruth e infernizado por Raquel (ambas vividas por Gloria Pires) e fazia belíssimas esculturas de mulheres na areia da praia.









sábado, 30 de julho de 2011

MEMORIAL DO CONVENTO - SUGESTÃO DE LIVRO

     


      Hoje vou indicar um livro que li quando tinha 16 anos e que certamente vou reler ainda!

      Memorial do Convento é um romance histórico de José Saramago, conhecido internacionalmente, publicado pela primeira vez em Outubro de 1982. A acção decorre no início do século XVIII, durante o reinado de D. João V e da Inquisição. Este rei absolutista, graças à grande quantidade de ouro e de diamantes vindos do Brasil Colónia, mandou construir o magnânimo Palácio Nacional de Mafra, mais conhecido por convento, em resultado de uma promessa que fez para garantir a sucessão do trono.


     

      Entre os operários que participam da construção desse convento, estão Baltasar e Blimunda. Baltasar Sete-Sóis não tem uma mão (que perdeu durante uma guerra) e é apaixonado por Blimunda, mulher dotada do estranho poder de ver o interior das pessoas. Os dois conhecem um padre, Bartolomeu de Gusmão, que entrou na história como pioneiro da aviação. O trio inicia a construção de um aparelho voador, a Passarola, que sobe em direcção ao Sol, sendo que este atrai as vontades, que estão presas dentro da Passarola. Blimunda, ao ver o interior das pessoas, recolhe as suas vontades, descritas pelo autor como nuvens abertas ou nuvens fechadas.


      Além de o leitor mergulhar numa aventura junto às personagens Baltasar e Blimunda, é levado a uma revisão dos parâmetros que regiam a sociedade passada e às restrições ideológicas - referentes à Idade Média -, ambiente que se vê principalmente nas cenas dos monólogos de Bartolomeu, e no trágico fim de Baltasar Sete-Sóis. Posto como um dos melhores livros de José Saramago, lado a Evangelho Segundo Jesus Cristo, Memorial do convento é uma obra que revoluciona por ter sido elaborado com extrema precisão, tendo em vista a época histórica retratada pelo autor, acrescentando-lhe mais um dote, que é a visão máxima de uma realidade histórica passada.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

PERSONAGENS COM DEFICIÊNCIA EM NOVELAS

      Pensando em teledramaturgia e deficiência, decidi fazer um apanhado sobre personagens deficientes em novelas.


PEDRO (INSENSATO CORAÇÃO): o Pedro sofreu um acidente de avião, ficou paraplégico e acabou se reabilitando e ficando sem nenhuma sequela da sua lesão. Criticado pelos médicos, que questionaram a forma como a novela mostrou o processo de reabilitação, o autor Gilberto Braga afirmou que a "paraplegia" do personagem era apenas um dos obstáculos que o casal de protagonistas deveria enfrentar, e que por isso, a melhora do moço foi tão eficaz!




LUCIANA (VIVER A VIDA): já a Luciana de "Viver a vida" não teve o mesmo desfecho do Pedro. Após ficar tetraplégica após um acidente, a moça teve que mudar toda  a sua vida. A abordagem da deficiência foi um pouco mais realista, e no final da história, Luciana continuou sendo paraplégica e desfilando nas passarelas.




JATOBÁ (AMERICA): Marcos Frota deu vida ao Jatobá de America, o deficiente visutal que fazia de tudo, até dirigir carro. Aproveitando o apelo social da novela, a autora Gloria Perez  mostrou algumas dificuldades que as pessoas com deficiência visutal encontram no seu dia a dia.
      Num dos momentos da novela, o personagem Jatobá vai a um restaurante e reclama que os cardápios não estão em braile. A então menina Bruna Marquezine também vivia uma deficiente visual (Flor).




CLARA (PÁGINAS DA VIDA): Clara tinha um irmão gêmeo e possuía Síndrome de Down. Aos sete anos de idade, a atriz mirim Joana Mocarzel emocionou o país ao lado de Regina Duarte em "Páginas da Vida".




ZECA (PARAÍSO): Eriberto Leão já havia vivido um personagem com deficiência antes. Foi em "Paraíso", quando o "filho do diabo" acabou caindo de um touro e fraturando a cervical. Porém, graças ao milagre da Santinha (Nathália Dill)  - ou teria sido do amor? - o rapaz volta a caminhar e a galopar pelos campos!

ATEUS FAZEM CAMPANHA PARA MOSTRAR QUE SÃO VÍTIMAS DE PRECONCEITO

     
      A campanha era para ser veiculada na parte traseira dos ônibus, mas empresas de São Paulo, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre se recusaram a fazê-lo. A saída foi utilizar outdoors. Pelo menos em Porto Alegre, que desde o começo do mês é a primeira cidade brasileira a exibir uma campanha que defende que ateus são vítimas de preconceito.
      Afinal, o que há de tão problemático com os anúncios? De acordo com Daniel Sottomaior, presidente da organização responsável pela campanha, o que incomoda é o conteúdo. Ele diz que as mensagens foram feitas com o objetivo de conscientizar a população de que o ateísmo pode conviver com outras religiões e não deve ser encarado como uma deficiência moral. “Todos os grupos que sofrem algum tipo de preconceito procuram fazer campanhas educativas para tentar minimizar o problema. Foi o que fizemos”, afirma.
      Diante das mensagens veiculadas nos outdoors, as reações foram variadas. “Foram interpretadas como provocação por alguns grupos religiosos. Além disso, muitos acharam de mau gosto ou preconceituoso. Acho que isso foi coisa de quem não entendeu ou não quis entender”, diz. Daniel diz que seu objetivo é mostrar que ser ateu é difícil. “As pessoas ficam chocadas quando você revela que não acredita em um deus. Muitos chegam a perder emprego e, principalmente, amigos”.

Punição
      Para o sociólogo americano e estudioso das religiões Phil Zuckerman o ateísmo ainda é fonte de muito preconceito. Segundo ele, ateus sofrem até mesmo perseguições. “Mesmo atualmente, em algumas nações, ser ateu é passível de punição com pena de morte. Nos Estados Unidos existe um forte estigma em ser ateu, principalmente no sul, onde a religiosidade é mais forte”, conta.
      No Brasil, um país laico, a intolerância pode aparecer nas situações mais improváveis. A professora da Universidade Federal de Minas Gerais Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paiva perdeu um filho de dois anos, atropelado. Diante do sofrimento da família no velório da criança, Vera escutou uma frase que a deixou bastante magoada. “Uma amiga me disse: ‘Quem sabe isso não aconteceu para você aprender a ter fé?’. Isso apenas reforçou minha convicção de que eu não queria acreditar em nenhum deus que pudesse levar o meu filho inocente”, revela.

GAÚCHA GIGANTE QUER VOLTAR A CAMINHAR

       A mãe de Kátia Rodrigues, 48 anos, pede ajuda para que a filha consiga um andador em Gravataí (RS). Kátia sofre de gigantismo e, por causa de sua altura, que chega atualmente a cerca de 2,37 metros, não consegue mais andar.

      “Ela não consegue mais andar”, diz Clari Rodrigues, mãe de Kátia. “A fisioterapeuta indicou um andador especial. Nem sei dizer o quanto custa.” Segundo Clari, a filha completou os estudos apenas até a 8ª série. Hoje, recebe tratamento gratuito custeado pelo estado para tentar não crescer mais.

      O gigantismo foi percebido aos três meses de idade. O aparelho recomendado é um andador com material para suportar o peso de Kátia. “Ela quer fazer as coisas que fazia antes”, diz a mãe. Kátia também pode ser a mulher mais alta do mundo, se confirmada sua altura.

      Segundo o Guinness Book, Livro dos Recordes, a mulher mais alta de todos os tempos foi a chinesa Zeng Jinlian, que media 2,48 metros.

      Hoje, a considerada mais alta é a chinesa Yao Defen, que tem 2,34 metros.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O CASAMENTO DE MURIEL - SUGESTÃO DE FILME

     
      Hoje vou sugerir um filme das antigas. Raro de achar em locadoras, é um clássico dos anos 90. Além de engraçado, tem as músicas do Abba na trilha sonora. Quem não viu, está perdendo!!!





Muriel (Toni Collette), é uma moça desengonçada, fã incondicional do grupo sueco Abba, que procura ser feliz em meio a uma família problemática e uma rotina enfadonha. Vivendo em uma pequena cidade da Austrália, ela, depois de roubar uma quantia de dinheiro de seu pai, decide fugir para Sydney com a melhor amiga (Rachel Griffiths), consegue um casamento com um famoso nadador que se revela um fracasso, a paraplegia da amiga e outras passagens que fazem o enredo desta comédia recheada de momentos engraçados que falam sobre amizade, amor, feliciade e tantos outros sentimentos.

      Na mesma época em que as drag-queens de "Priscilla, a rainha do deserto" conquistavam o público com seu humor sarcástico e fina ironia a respeito de intolerância e preconceito, outro filme australiano trilhava caminho semelhante, seduzindo a audiência por onde passava. Escrito e dirigido por P.J. Hogan, "O casamento de Muriel" é uma deliciosa comédia dramática que trata de forma leve e bem-humorada temas difíceis como inadequação social, solidão e depressão. No tom quase de deboche do roteiro de Hogan, há uma ácida e agridoce visão sobre sonhos e como eles servem de apoio e/ou empecilho para uma felicidade que parece impossível de alcançar. Por trás de tudo, no entanto, há o elogio rasgado à amizade e em como ela pode transformar uma vida.

      Muriel Heslop, a protagonista vivida com propriedade pela ótima Toni Collette, é uma jovem que vive em uma pequena cidade da Austrália onde seu pai (Bill Hunter) é um conhecido vereador. Acima do peso, incapaz de manter-se empregada e apaixonada pelas canções do grupo ABBA - também citado com destaque em "Priscilla" - ela sonha em ter um casamento no estilo que vê nas revistas e na televisão, mesmo que não tenha sequer um pretendente. Enquanto é obrigada a conviver com uma família extremamente medíocre - os irmãos não fazem nada a não ser vegetar no sofá assistindo TV, a mãe é absolutamente apática e o pai um político corrupto e adúltero - Muriel tenta manter a amizade com um grupo de ex-colegas de escola, garotas populares que a desprezam e humilham em público. Revoltada com sua vida, Muriel dá um desfalque no pai e foge para Sydney, onde, com o nome alterado para Mariel, resolve reinventar-se. 

      Dividindo um apartamento com uma nova melhor amiga, a liberada Rhonda (Rachel Griffiths), ela descobre os prazeres de uma vida nova, mas não consegue livrar-se completamente de seu passado. E quando finalmente tem a chance de realizar seu sonho de casar-se na igreja - com um nadador sul-africano que precisa de um green card - ela percebe que talvez as coisas não sejam exatamente como ela sempre imaginou que fossem.
 
 CASAMENTO DE MURIEL (Muriel's wedding, 1994, Film Victoria/House & Moorhouse Films, 106min) Direção e roteiro: P.J. Hogan. Fotografia: Martin McGrath. Montagem: Jill Bilcock. Música: Peter Best. Figurino: Terry Ryan. Direção de arte/cenários: Patrick Reardon/Glen W. Johnson, Jane Murphy. Produção: Lynda House, Jocelyn Moorhouse. Elenco: Toni Collette, Bill Hunter, Rachel Griffiths, Jeanie Drynan, Gennie Nevinson, Matt Day, Daniel Lapaine. Estreia EUA: 10/3/95


quarta-feira, 27 de julho de 2011

CASAL COM NANISMO GERA CRIANÇA SEM PROBLEMA FÍSICO

      Os “pequenos” Fabíola Dreher Guimarães e Fernando Vieira Guimarães comemoram a chegada de Lívia, que nasceu nesta segunda (25) em Campinas



      A ciência garante que é possível, mas a maioria duvida: pessoas pequenas podem gerar filhos que terão estatura padrão. Fabíola Dreher Guimarães e Fernando Vieira Guimarães são a prova viva disso. O casal, que mora em Campinas, deu à luz, nesta segunda-feira (25), Lívia, uma bebê com saúde e que não terá problema de crescimento. Qual a expectativa da mamãe novata? “Se Deus me deu uma filha e ela terá uma estatura padrão, é porque eu terei capacidade de criá-la!”
      O parto aconteceu na Maternidade de Campinas e Lívia veio ao mundo pelas mãos dos médicos Francisco Carmona e Márcia Teresinha Stefano Carmona. A bebê nasceu às 19h, pesando 2,865kg e com 48,5cm de comprimento. A doutora Márcia acompanhou toda a gestação.
      Fabíola tem 21 anos e mede 1,20m. Fernando tem 28 anos e mede 1,35m. Eles se conheceram há cerca de três anos, pela internet. “O Orkut tem uma comunidade só de gente pequena”, explica Fabíola, contando que foi pela web que travou os primeiros contatos com Fernando. Em maio de 2009, eles se viram pela primeira vez, “numa balada de pequenos” – diz a jovem – em São Paulo. Começaram a namorar e, em um ano, estavam casados.
      Nenhum dois dois nasceu em Campinas. Ela é da cidade de Cianorte, no Paraná. Ele nasceu na Capital paulistana. “Vim para Campinas em busca de melhores oportunidades, tanto de estudo quanto de trabalho”, conta Fabíola que escolheu a cidade porque sua irmã já morava por aqui. Fernando veio atrás de Fabíola. “Me apaixonei por ela”, confessa.

Histórico
      A história de vida de Fabíola e de Fernando são bem diferentes, assim como a origem de seus respectivos nanismos acondroplásico. Este é o nome científico da patologia que acomete a maioria das pessoas que não desenvolvem um tamanho de estatura padrão. Vulgarmente chamados de anões, as pessoas com nanismo, em geral, não ultrapassam 1,40m de altura. O problema de crescimento pode ter origem glandular ou óssea. No caso da acondroplasia, é óssea. Por causa de uma mutação no momento da gestação, acontece uma má formação óssea que vai comprometer o desenvolvimento do esqueleto do feto.
      Fabíola é a única “pequena” de sua família – é assim que ela prefere ser denominada. A caçula de três irmãs surpreendeu os pais ao nascer. Ela conta que sua mãe nunca teve uma posição médica oficial explicando o motivo de ter sido afetada com a acondroplasia. “Baladeira” – como ela própria se define – Fabíola diz nunca ter se sentido rejeitada. “Minha mãe nunca me tirou do público. Ela tinha lanchonete e eu ficava o tempo todo com ela. Todo mundo me conhecia. Eu ia pra balada desde criança, com as amigas da minha irmã.”
      Já Fernando é filho de uma mulher que também tinha esta má formação óssea. Mas a mãe dele, por sua vez, também era a única com essa característica. “Minha mãe era a 18ª de uma prole de 20 filhos e foi a única que nasceu com nanismo”, relata Fernando, cujos pais eram da Bahia.

      Mas ter nascido com acondroplasia foi o que menos pesou na infância de Fernando: ele não conheceu o pai; perdeu a mãe aos 4 anos, passando ser criado pela avó; perdeu também a avó aos 11 anos; e foi criado pelos tios. “Meus tios não tinham filhos e me criaram com muito amor. Sou superfeliz, eles me ensinaram a ter dignidade”, afirma Fernando.

Gravidez
      Fabíola ficou grávida sem planejar. Ela e o marido dizem que ainda era muito cedo, queriam esperar mais um pouco. No entanto, filhos sempre estiveram nos planos de ambos. “Sempre quis ser mãe”, conta ela, seguida de perto por ele: “Eu sempre quis ser pai. Acompanhar a gravidez da Fabíola me ajudou a crescer como pessoa. Casamento já era bom e, agora, está melhor ainda”.
      Nos três primeiros meses, Fabíola passou muito mal por causa dos enjoos. Mas nada que não seja esperado da maioria das gestações. Depois, teve uma gravidez tranquila. Nem mesmo a barriga avantajada a impediu de ter uma vida normal, com agilidade e disposição.
      Ela foi acompanhada durante toda a gestação pela médica Márcia Teresinha Stefano Carmona e fez ultrassonografia periodicamente – numa frequência maior do que a maioria das grávidas, para um completo monitoramento do crescimento do feto. “No começo, eu fiquei apreensiva, não sabia os riscos para a saúde da Fabíola e do feto. Poderia haver problema de toximia, a diabetes poderia aparecer precocemente e eu tinha, ainda, a preocupação com a formação do bebê”, conta a médica. “Mas tudo transcorreu normalmente.”
      Fabíola e Fernando preferiam ter gerado um bebê como eles – que se tornasse também um “pequeno”. “Os médicos torciam para que nossa filha tivesse estatura padrão e achavam que a gente torcia pra isso também”, conta o pai. Ambos estão ainda em suspenso a respeito de como será criar uma criança “grande”.
      “No começo, eu estava pirando com o fato do bebê não ser um ‘pequeno’”, confessa Fernando. “Mas, agora, penso que tudo será uma questão de como vamos educá-lo.” A mamãe ainda não sabe como vai agir e se sentir frente à doce Lívia que acaba de nascer. Mas sabe o que quer para o futuro de sua bebê: “Quero que ela estude e aprenda várias línguas”.

Fonte: Fonte: Correio Popular de Campinas (25/07/11) e Site Deficiente Ciente

segunda-feira, 25 de julho de 2011

MISTÉRIO DO QUARTO 311

     
      Mistério do quarto 311  do Hospital D.Pedro em Aveiro-PortugaL (parece anedota, mas é fato verídico)
       Durante alguns meses, acreditou-se que o quarto 311, do  hospital Dom Pedro, em Aveiro, tinha uma maldição.
      Todas as sextas-feiras, de manhã, os enfermeiros descobriam um  paciente morto neste quarto da unidade de cuidados intensivos.
       Claro que os pacientes tinham sido alvo de tratamentos de risco mas,  no entanto, já não se encontravam em perigo de vida.
       A equipa médica, perplexa, pensou que existisse alguma  contaminação bacteriológica no ar do quarto. Alertadas pelos familiares das vítimas, as autoridades conduziram um inquérito. Os doentes do 311 continuaram, no entanto, a morrer em um ritmo semanal e sempre às  sextas--feiras. Por fim, foi colocada uma câmera no quarto e o mistério resolveu-se: Todas as  sextas--feiras, de manhã, pelas 6 horas, a mulher da limpeza desligava os aparelhos do doente para ligar o aspirador de pó!
      O cérebro é uma coisa  maravilhosa. Todos deveriam ter um.

PARAPLÉGICO CONSTRÓI ELEVADOR PARA PODER ENTRAR E SAIR DE CASA

     
      Quando Dmitry Bibikow, um russo paraplégico de 32 anos, comprou seu apartamento, os proprietários do local prometeram construir um elevador para ele. Eles mentiram. Dmitry esperou seis anos e não viu seu elevador surgir, até decidir construir um por conta própria.
      Por causa de burocracia ou incapacidade ou safadeza ou qualquer coisa que faça as pessoas não cumprirem suas palavras, o síndico nunca construiu um elevador de Dmitry. Morando no quinto andar do prédio, ele diz:
      “Viver no quinto andar sem um elevador era um pesadelo porque eu não conseguia entrar ou sair de casa sem a ajuda de alguém. Era como estar dentro de uma prisão — então eu decidi resolver isso por conta própria”.
      Assim, com a ajuda de alguns amigos, Dmitry criou um elevador com cadeira que permite que ele suba e desça pela lateral do prédio. Pelas fotos, parece algo bem assustador — algumas cordas seguram tudo — mas ele pode ser controlado por um sistema eletrônico.




domingo, 24 de julho de 2011

ABSURDO NO CINEMARK IPIRANGA - POA/RS

Por ser cadeirante, fui impossibilitada de assistir um filme no Cinemark do Bourbon Ipiranga

Acompanhe abaixo o relato de uma pessoa com deficiência que foi desrespeitada no Cinemark do Bourbon Ipiranga. Realmente revoltante!

      Dia 18 de julho de 2011, segunda-feira, fui ao Cinemark do Bourbon Shopping Ipiranga, em Porto Alegre, RS. O que era um programa simples, tornou-se inacreditavelmente “impossível”.   Eu e mais 03 primos compramos os ingressos e entramos na sala de cinema.... Constatando a dificuldade de visualizar a tela, devido sua proximidade, pedi para minha prima, Bruna, solicitar a ajuda de um funcionário.
      Devido sua demora, solicitei que minha outra prima, Gerusa, fosse verificar o que estava ocorrendo. Minutos depois, elas entraram acompanhadas pelo gerente, senhor Maurício. Ele afirmou que o Cinemark proíbe seus funcionários de prestar auxílio como “este” aos seus clientes. Ou seja, o Cinemark, além de não disponibilizar um local decente para cadeirantes, proíbe seus funcionários de os colocarem em uma poltrona onde possam, ao menos, ver o filme. Apesar de preferir me locomover livremente e saber das leis que asseguram esse direito, abdiquei disso para me adequar ao serviço precário oferecido e, mesmo assim, escuto do representante da empresa que isso NÃO É POSSIVEL?!   Como o filme estava prestes a começar, minhas primas decidiram que elas mesmas me colocariam na poltrona.
      Nesse momento, o gerente “informou” que esta ação não poderia ser feita dentro do estabelecimento. Além de não ajudar, proibiu minhas primas de prestarem esse auxílio.   No primeiro momento da solicitação, quando a Bruna ainda estava sozinha, o senhor Maurício comentou que o cinema não tinha “estrutura”, pois era feito para “pessoas normais”. Normal, anormal ou qualquer outro rótulo ou denominação que queiram dar, não importa. Tenho limitações sim, mas, como qualquer outra pessoa, paguei por um serviço, pelo qual não fui informada que não poderia usufruí-lo.  
      Durante este lamentável acontecimento, meu único desejo era me esconder, chorar de raiva, pois além de me sentir severamente lesada como consumidora, me senti diminuída como pessoa. E pior, pelo tom usado pelo funcionário, me senti culpada por estragar o passeio das pessoas que me acompanhavam, entre elas, uma criança.   Além de tudo, por instantes, o gerente me fez acreditar que o problema em questão era eu, e não sua empresa... Que inversão de valores é essa?       O caminho mais simples é “deixar assim”, mas me nego a considerar essa possibilidade. Por isso, peço que ajudem minha voz, que continua embargada, a ser ouvida por outros, sejam eles donos de estabelecimentos ou pessoas que, devido às injustiças vividas diariamente, desistem de lutar por seus direitos, por menores que sejam, como assistir um filme numa segunda-feira a tarde...   Agradeço a colaboração!  
Grande abraço, Vitória Bernardes 21/07/2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

OPORTUNIDADE ÚNICA DE CONHECER A DISNEYLANDIA

Eheheheh!
Que barbaridade!

TRANSFERÊNCIA DE PACIENTES DO LEITO

      Ao longo de sua vida profissional, o fisioterapeuta deverá auxiliar pacientes com as mais variadas condições físicas a realizar transferências posturais. Caso não sejam tomadas algumas precauções para mover o paciente de forma correta e segura, o fisioterapeuta pode acabar desenvolvendo lesões devido ao esforço exagerado e à má postura durante estas manobras.
      Algumas dicas rápidas:



# A expressão: “erga o paciente com suas pernas e não com suas costas” é um lembrete essencial para uma mecânica corporal adequada.

# Sempre mantenha o paciente o mais próximo possível de você durante a transferência (isto é particularmente essencial se você estiver tentando passá-lo para de pé).

# Mantenha seus braços e o paciente o mais próximo do seu corpo para que suas pernas trabalhem de forma mais eficiente e também para manter o equilíbrio.

# Dobre seus joelhos enquanto mantém suas costas o mais eretas possível. Evite rotações de tronco e inclinações laterais.

# Explique ao paciente o seu plano de vôo e comunique antecipadamente cada etapa da transferência que você estiver realizando. Eu tenho como hábito deixar bem claro ao paciente que caso haja alguma intercorrência, ou se ele (paciente) por qualquer motivo se sentir inseguro e quiser retornar ao leito, que me avise, e mantenha acalma, pois a qualquer momento é possível retorná-lo ao leito com total segurança.

# Reconheça quando não for possível realizar sozinho a transferência do paciente. Não é vergonha nenhuma pedir ajuda nestas horas.

    
 
Fonte: http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2009/01/transferncias-no-leito.html
#1- Transferência de decúbito


      Esta é a transferência mais básica: Passar o paciente de decúbito dorsal (DD) para decúbito lateral (DL). A imagem que ilustra esta transferência usa como referência um paciente hemiplégico. Inicialmente, eu parto do pressuposto que o paciente é capaz de ajudar na transferência. Assim, basta solicitar que ele dobre os joelhos, mantendo os pés no leito e depois simplesmente deixe as pernas "rolarem" para o lado, fazendo uma dissociação de cinturas. Depois é só levar a cintura escapular e ajustar o paciente. É recomendável em pacientes menos ativos que se faça uma pequena tração do braço que estiver por baixo do corpo com a intenção de abduzir a escápula e deixando-o em uma flexão anterior de aproximadamente 90 graus.


      Em pacientes submetidos à cirurgia de coluna, o procedimento é semelhante. a única diferença é que o paciente deverá "rolar em bloco", isto é: sem realizar a rotação de tronco.




#2 De DL para sentado com as pernas para fora do leito.


      Pronto. Seu paciente já ficou confortavelmente em DL, mas agora você deseja sentá-lo com as pernas para fora do leito para estimular a independência e a interação com as visitas. Comece por deitá-lo em DL exatamente como explicado acima. Sua intenção será elevá-lo como um bloco até deixar o tronco na vertical. Antes de fazer isso pela primeira vez, certifique-se que o paciente já tolera a postura sentada com a cabeceira elevada. Você não quer ninguém tendo hipotensão postural, não é?
      Seguindo a figura abaixo, com o paciente em DL Esquerdo, deixe as pernas do paciente para fora do leito, elas farão um braço de alavanca que irá te ajudar na transferência. Apoie seu braço direito passando sobre o ombro esquerdo do paciente e posicionando sua mão sobre o dorso ou sobre a região posterior o ombro direito dele. Sua mão esquerda irá "abraçar" as pernas do paciente (NÃO é para se posicionar como se fosse carregá-lo no colo!!!, seu braço esquerdo deve ficar em rotação interna e apoiando a mão sob os joelhos do paciente) ou em paciente mais colaborativos mas ainda debilitados, você poderá apenas fazer uma pressão para baixo sobre a crista ilíaca direita para guiar o movimento. Posicione-se em inclinação lateral do tronco, mantendo o paciente o mais próximo possível de você e com ele bem apoiado retorne lentamente o seu tronco da posição de inclinação lateral para a posição vertical mantendo o tronco do paciente reto, evitando inclunações. Ficou meio confuso? Na verdade é bem simples, o ideal seria assistir à alguém fazendo o manuseio mas não consegui encontrar nenhum vídeo. Tente com um colega antes de fazer no paciente! 

 


#3- Do leito para cadeira de rodas. 

      A cama hospitalar geralmente é bem alta. acho meio arriscado colocar um paciente sabidamente debilitado (se ele não fosse debilitado não precisaria de um fisio facilitando as transferências). Por isso sugiro que na primeira vez que for colocar um paciente de pé, que peça ajuda a outra pessoa para colocá-lo em uma cadeira de rodas e só então treinar o ortostatismo com o paciente. Algumas camas de hospital possuem um mecanismo de rebaixamento dos pés, meio que se inclinasse os pés da cama quase até o chão. Se isso for possível, basta escorregar o paciente até ele apoiar os pés no solo e depois treinar o ortostatismo.
Mais uma vez usarei como exemplo o paciente hemiplégico:


#1- peça ao paciente para apoiar as mãos em seus ombros. Incline-se para a frente, dobre os joelhos e passe as mãos sobre a cintura do paciente. Se for um hemiplégico, trave o joelho plegico entre os seus.

#2- Peça ajuda ao paciente e erga-o tirando as nádegas do paciente da cama (se preferir ou se o paciente for muito pesado, uma alternativa seria apoiar suas mãos sob as nádegas do paciente e a partir daí fazer força para erguê-lo.

3. Pronto, você já colocou-o em ortostatismo, mas se ele não puder manter a posição, basta rodar o tronco e sentá-lo na cadeira de rodas.

Esqueci de falar, mas se você vai transferí-lo para cadeira de
rodas, posicione-a próxima da cama, travada, se possível sem os apoios dos pés e sem os braços da cadeira também.




      Pronto. Seu paciente já ficou confortavelmente em DL, mas agora você deseja sentá-lo com as pernas para fora do leito para estimular a independência e a interação com as visitas. Comece por deitá-lo em DL exatamente como explicado acima. Sua intenção será elevá-lo como um bloco até deixar o tronco na vertical. Antes de fazer isso pela primeira vez, certifique-se que o paciente já tolera a postura sentada com a cabeceira elevada. Você não quer ninguém tendo hipotensão postural, não é?


      Seguindo a figura abaixo, com o paciente em DL Esquerdo, deixe as pernas do paciente para fora do leito, elas farão um braço de alavanca que irá te ajudar na transferência. Apoie seu braço direito passando sobre o ombro esquerdo do paciente e posicionando sua mão sobre o dorso ou sobre a região posterior o ombro direito dele. Sua mão esquerda irá "abraçar" as pernas do paciente (NÃO é para se posicionar como se fosse carregá-lo no colo!!!, seu braço esquerdo deve ficar em rotação interna e apoiando a mão sob os joelhos do paciente) ou em paciente mais colaborativos mas ainda debilitados, você poderá apenas fazer uma pressão para baixo sobre a crista ilíaca direita para guiar o movimento. Posicione-se em inclinação lateral do tronco, mantendo o paciente o mais próximo possível de você e com ele bem apoiado retorne lentamente o seu tronco da posição de inclinação lateral para a posição vertical mantendo o tronco do paciente reto, evitando inclunações. Ficou meio confuso? Na verdade é bem simples, o ideal seria assistir à alguém fazendo o manuseio mas não consegui encontrar nenhum vídeo. Tente com um colega antes de fazer no paciente! 
 

Fonte: http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2009/01/transferncias-no-leito.html

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA X PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

     
Artigo de Romeu Kazumi explica o uso correto de termos como “pessoa com deficiência”, “necessidades especiais” e “deficientes”.

Romeu Kazumi Sassaki

Pergunta: Está certa a expressão: “Projeto de natação para deficientes”?

Resposta: Não. Em vez de “deficientes”, os termos corretos são: “pessoas com deficiência”, “crianças com deficiência” (e assim por diante, somente substituindo “pessoas” ou “crianças” por “adultos”, “professores”, “atletas”, “funcionários”, “trabalhadores” etc.).

Pergunta: É verdade que hoje devemos dizer “pessoas com necessidades especiais” em vez de “pessoas com deficiência”?

Resposta: Não. Os dois termos são corretos e devem ser utilizados, porém cada um no seu devido lugar. Não se trata de substituir um termo pelo outro. Quanto ao termo “necessidades especiais”, precisamos ter bem claro o seguinte:

1 – As necessidades especiais não são exclusivas de pessoas que têm deficiência. Mas, a deficiência pode ser uma das causas determinantes de necessidades especiais. Por exemplo:

(a) Se uma pessoa tem pernas mecânicas e utiliza bengalas, as calçadas esburacadas e os pisos derrapantes podem causar necessidade especial para esta pessoa circular por essas ruas sem correr risco de levar um tombo.

(b) Se uma pessoa anda em cadeira de rodas, os meio-fios sem rampa e as escadarias podem causar necessidade especial para esta pessoa locomover-se nessas ruas.

(c) Se uma pessoa é cega, a falta de livros em braile pode causar necessidade especial para esta pessoa tomar conhecimento de textos em geral.

(d) Se uma pessoa é surda, a ausência de alguém que domine o uso da língua de sinais pode causar necessidade especial para ela tomar conhecimento do que as outras pessoas estão falando.

(e) Se uma pessoa tem deficiência intelectual, as pessoas ao seu redor que usarem palavras difíceis ou conceitos abstratos podem causar necessidade especial para esta pessoa entender o que as outras estejam falando para ela.

(f) Se uma pessoa tem baixa visão, a falta de textos em letras ampliadas pode causar necessidade especial para esta pessoa poder lê-los.

2 – Muitas pessoas SEM deficiência também podem deparar-se com necessidades especiais. A propósito, cerca de 80% das pessoas com necessidades especiais não têm deficiência. Exemplos de pessoas sem deficiência que têm necessidades especiais: meninos tirados do trabalho infantil, meninas tiradas da prostituição infantil, indígenas frequentando escolas comuns, egressos de instituições reeducacionais, egressos de hospitais psiquiátricos, egressos de penitenciárias, pessoas homossexuais, pessoas com AIDS, pessoas com câncer e assim por diante.

3 – As necessidades especiais podem ser específicas. No ambiente escolar, chamam-se “necessidades educacionais especiais” (para ler, escrever, desenhar, pintar, entender textos etc.). No trabalho, chamam-se “necessidades profissionais especiais” (para manusear/manipular certos equipamentos e instrumentos/ferramentas etc.). No lazer, chamam-se “necessidades recreacionais especiais” (para brincar, curtir o lazer, fazer turismo etc.) e assim por diante.

4 – Uma pessoa pode apresentar necessidades especiais numa determinada situação e não ter necessidades especiais em outras situações. Por exemplo: uma pessoa com surdez pode ter necessidade especial em situações nas quais as outras pessoas não sabem se comunicar com surdos e não ter necessidade especial nenhuma quando ela está no meio de pessoas que usam Libras. Uma pessoa em cadeira de rodas pode ter necessidade especial para subir/descer escadas e não ter necessidade especial nenhuma para usar elevadores.

5 – Não existe um segmento populacional composto por pessoas com necessidades especiais. O que existe é o segmento das pessoas com deficiência. Não podemos utilizar o termo “pessoas com necessidades especiais” como se estas pessoas formassem um segmento. Podemos, sim, utilizá-lo para especificar um aspecto (necessidade especial) na vida de muita gente, como exemplifiquei no item 2. Então, é perfeitamente aceitável que alguém faça uma pesquisa sobre “necessidades especiais de alunos indígenas”, “necessidades especiais de egressos de penitenciárias”, “necessidades especiais de alunos com síndrome de Down”, “necessidades especiais de atletas cegos em competições de natação” e assim por diante.
Fonte: Referência: Rede Saci
































BANHEIRAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

      As banheiras para Pessoas com Deficiência Física, são feitas feita pelo fabricante de peças e acessórios para banheiro, Kohler. Esses modelos de banheiras foram projetadas para tornar a experiência de um banho mais relaxante.



      Essas banheiras  possuem uma parede que permite deslizá-la para baixo, facilitando em muito o seu acesso, uma escolha elegante e ideal para pessoa com deficiência física.
      Esta peça pode ser atraente também para os idosos e as pessoas mais cautelosas, já que a banheira diminui os riscos de escorregões e quedas.
      Saiba mais sobre essas banheiras no site www.idbest.com

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MESSI: HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO

     
      Para os adeptos do Barça, a oitava maravilha é Messi.
      Eis uma história, uma lição de vida, a história do menino austista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo.
     É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singularíssimo de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável.
      Barcelona rende-se ao talento de "La Pulga" e os adversários caem aos pés de um talento puro e raro.
      E por muito talento que tivesse para jogar à bola, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?
      O rapaz de 16 anos que vestiu pela primeira vez a camisa da equipe principal do Barcelona num jogo com o F. C. Porto, a 16 de Novembro de 2003, na inauguração do Estádio do Dragão, o Lionel Messi que agora caminha sobre a água, é ainda o mesmo menino que sobrevoou o Atlântico, em 2000, para se curar de uma patologia hormonal.
      Lá na Argentina, na Rosário natal, os prognósticos médicos eram arrasadores: sem tratamento eficaz contra o nanismo, Lionel chegaria à idade adulta com 1,50 metros , no máximo.
      Os diagnósticos alarmaram os Messi.
      E o custo dos curativos também: mil euros mensais, ou seja, quatro meses de rendimentos da família de La Heras, um bairro pobre de Rosário.
      Mas o pai de Lionel não se resignou. Sabia que o filho, pequeno no corpo, era gigante no talento. E não aceitou a fatalidade.
      Nessa altura, o prodígio de dez anos despontava no Newells Boys, fintando meninos com o dobro do tamanho e marcando gols atrás de gols.
      O pai sugeriu ao clube que pagasse os tratamentos de Lionel. A resposta foi negativa.
      E o mesmo sucedeu quando os Messi foram bater à porta do grande River Plate.
      Na adversidade, a família Messi teve mais força, com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha.
      E foi assim, em 2000, ainda antes de completar 13 anos, que Lionel e os pais viajaram até Lérida.
      Dias depois, o pequeno prodígio foi fazer testes no Barcelona...
      E com a bola quase a dar-lhe pelos joelhos, aquela habilidade enorme logo maravilhou os treinadores do Barça.Carles Rexach, director do centro de formação do Barcelona, ficou maravilhado com o prodigiozinho argentino.
     Ao cabo de dois treinos, não hesitou e logo tratou de arranjar contrato.
      E ficou espantado com a proposta do pai do craque: o Barça só tinha de lhe pagar os tratamentos que os médicos argentinos sugeriam.
      Foi dito e feito.Durante 42 meses, Lionel levou, todos os dias, injecções de somatropina, hormônio de crescimento inscrito na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem, e só autorizada para fins terapêuticos.
      Em 2003, o milagroso hormônio fizera de Lionel o que ele é hoje, um rapagão de... 1,69 metros !
     No Verão de 2004, acabadinho de fazer 17 anos, e já com contrato profissional, entrou para a equipe B do Barça.
      Mas fez só cinco jogos, porque aquele enorme talento não cabia no "Miniestadi". Reclamava palcos maiores. E rapidamente começou a jogar no Camp Nou, na equipe principal.
      Em 16 de Outubro de 2004, o prodígio fez a grande estreia na liga espanhola, num dérbi com o Espanhol.
      Em 1º de Maio de 2005 entrou para a história do Barça: marcou ao Albacete e tornou-se no mais jovem jogador a marcar um gol pelo Barcelona.
      Aos 17 anos, dez meses e sete dias, começou a lenda.Cinco anos depois, Messi teve a consagração absoluta. Foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, após uma época de sonho, concluída com um feito inédito do Barça "de las seis copas": campeão de Espanha, da Taça do Rei, da Supertaça Espanhola, da Supertaça Europeia, da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes. Ufff!
      O craque que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é, hoje, a maior jóia do futebol mundial, segurada por uma cláusula de rescisão de... 250 milhões de euros!
      E é, também, o mais bem pago de todos: o menino pobre do bairro de la Heras é, agora, multimilionário, recebendo qualquer coisa como 33 milhões de euros anuais em salários e publicidade.
      Nem em contos...



FICHA TÉCNICA


Nome: Lionel Andrés Messi
Idade:23 anos (24/06/1987)
Nacionalidade: Argentina (os argentinos têm vergonha de não terem tratado do rapaz).
Altura: 1,69 m Peso: 67 kg
Posição: atacante

Títulos: campeão Espanha (2005, 2006, 2009, 2010 e 2011), taça do rei (2009); Supertaça Espanha (2005, 2006, 2009 e 2010); liga dos campeões (2006, 2009); supertaça europeia (2009); mundial de clubes (2009).