terça-feira, 31 de março de 2015

CADEIRA DE RODAS NÃO É PRISÃO - POR JAIRO MARQUES


 
 
     Elenque, rapidamente, umas dez palavras que remetam o seu pensamento a uma cadeira de rodas. Dor, revolta, doença, pena, tragédia, quebradura, fragilidade, dificuldade, exclusão e prisão são fortes candidatas a serem lembradas, imagino eu.
 
 
 
     Realmente, caso a sua referência seja aquilo que os bombeiros trazem esbaforidos para o departamento ao serem acionados porque a mocinha do financeiro teve um “quentão” —como se diz lá na minha terra quando alguém tem um mal súbito—, os termos fazem algum sentido.
 
     Existem também aquelas cadeiras medonhas que aparecem na TV conduzindo velhos mal-humorados em casas de repouso e aquelas coisas entregues aos pobres às vésperas de eleição por políticos bonzinhos que o diabo gosta.
 
     Mas, para um montão de gente, cadeira de rodas passa longe de ser esse objeto tão cheio de estigmas e com aspecto de peça do museu dos horrores. Passa longe de ser um poço de amarguras e de sensações depressivas. Passa longe de ser apenas uma forma de acondicionar gente para levar daqui para acolá.
 
     O veículo usado por cadeirantes, que incorporam até sua condição ao objeto, faz a diferença para a continuidade da vida e conduz o povo quebrado para a construção de realizações quaisquer que se permita sonhar (com um mãozinha de inclusão, acessibilidade, sensibilidade, é claro).
 
 
 
     A cadeira promove a liberdade, a independência, a autonomia e só aprisiona aqueles que mais valorizam aquilo que perderam do que acreditam naquilo que lhes restou.
 
     A associação entre clausura e deficiência, tão disseminada pela mídia, é obtusa, é devastadora para a valorização do ser humano em sua integralidade, e não apenas em sua capacidade de dançar o “Tchan”.
 
     Por mais que parafernálias diversas estejam sendo testadas mundo afora, uma cadeira bacaninha, que respeite a anatomia dos corpos, que seja leve, confortável, bonitona e prática pode colocar o brasileiro no centro da pista de dança, na sala de diretor, no topo da montanha, no altar e na maternidade.
 
     Muita gente acha que a vontade máxima de um cadeirante é ser picado por uma abelha e, num pirlimpimpim, ficar em pé, dar uns passinhos e gravar um vídeo para botar nas redes sociais fazendo inveja para os amigos não contemplados.
 
     Embora isso seja factível, deficientes querem, racionalmente, é ter qualidade de vida com a condição que possuem, com todas suas “tortices”, o que passa por um apoio de locomoção digno, funcional e viável economicamente.
 
     No Brasil, os melhores aparelhos que garantem o ir e vir básico de milhares de pessoas são produzidos no exterior, custando valores que, como diria minha tia Filinha, “difinitivamente” são escorchantes.
 
     Modelos manuais valem até R$ 20 mil, os motorizados podem ser mais caros que meia dúzia de Variants amarelas, valendo até R$ 40 mil.
 
     Não tenho orgulho de andar em uma cadeira de rodas, mas não me envergonho de precisar dela nem me apequeno por isso. A minha liberdade e a de milhares de outras pessoas com deficiência no país não passa pelo objeto que usamos para nos deslocar, mas pelas condições reais que a sociedade nos oferta para voar.
 
 
 
Jairo Marques é repórter e ingressou na Folha por meio do programa de treinamento da 27ª turma, em 1999, meses após se formar em jornalismo pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
    Depois de várias andanças pelo Brasil e conhecendo realidades de vida distintas, resolveu fazer pós-graduação em Jornalismo Social na PUC-SP.
    Nasceu em Três Lagoas (MS). É cadeirante desde a infância.
 
 
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
 
 
 
 

segunda-feira, 30 de março de 2015

O MILAGRE DO SOL EM FÁTIMA



 



     Entre crentes e céticos, dezenas de milhares de pessoas num raio de 18km presenciaram o milagre do sol, em Fátima, Portugal (1917).

     Três crianças da região, após supostamente terem presenciado aparições da Virgem Maria, tiveram da santa a promessa de um milagre a ser presenciado por quem o quisesse ver. 
 
    As crianças tinham uma série de "recados" da entidade, tanto para serem entregues de maneira particular à igreja, quanto para serem dados a todos os fiéis. Para que as autoridades acreditassem nas histórias das crianças, foi feita a promessa de que no dia 13 de outubro de 1917, nos campos de Cova da Iria, perto de Fátima, Portugal, iria ocorrer um milagre.
 
 
     Estimativas variam entre 50 e 100 mil pessoas presentes no acontecido. Lá estavam céticos e crentes, fanáticos e indiferentes.

 
As três crianças que diziam falar com Nossa Senhora

 
     Após uma forte chuva, o sol apareceu de maneira atípica, e as roupas das pessoas presentes, que estavam molhadas, agora estavam secas milagrosamente, o sol aparentemente girava em torno de si, e ziguezagueava em múltiplas cores, de maneira que seu brilho era menos intenso e mais opaco.

      O fenômeno foi testemunhado por todas as categorias de pessoas ali presentes. As três crianças que haviam anunciado ao público a data do milagre relataram terem visto "dentro do sol" a Virgem Maria, São José, e Jesus Cristo. Outras pessoas afirmaram ter visto vultos dentro do aparente sol. Muitos concordaram na teoria de que não era o sol que estava ali, mas um disco brilhante, que o bloqueava e fazia parecer que era o próprio sol.

      Nenhuma atividade solar anormal foi registrada na data por cientistas de todo o mundo. O milagre só pôde ser visto num raio de 18km do local anunciado. Outros relatos de milagres parecidos em outras partes do globo em outras datas também foram relatados naquele século.

 

     Teorias de que ocorreu uma alucinação coletiva ou algo do gênero são pouco aceitas pelo fato de que o milagre foi visto por diferentes categorias sociais, e de que algumas pessoas o viram sem estar em meio à multidão agrupada nos campos. Alguns cientistas ainda dizem que os fenômenos oculares são decorrentes do contínuo ato de olhar para o astro sem a devida proteção, mas isso não explica os relatos das roupas secas instantaneamente, nem das visões de pessoas que não estavam tentando observar o milagre.

      Alguns ufólogos sustentam a tese de que o suposto milagre teria sido provocado com o uso de tecnologia alienígena, numa maneira de extra-terrestres interferirem em decisões da humanidade (isso se sustenta pelo fato de três cartas lacradas terem sido entregues ao vaticano, tendo data certa para serem abertas e lidas. Duas delas foram reveladas sem demora, porém, a última foi lida por três papas, e só o terceiro, João Paulo II, resolveu divulgá-la. Muitos acreditam na não autenticidade ou na ausência da totalidade do terceiro segredo revelado). As cartas têm caráter profético, podendo-se claramente ler referências à Segunda Guerra Mundial e ao comunismo, sobre o comunismo, elas o desaprovam e pregam o seu combate.
 

domingo, 29 de março de 2015

CURSO PREPARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO PARA TRABALHAR COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


 
     Com a inclusão de pessoas com Deficiência Intelectual no ambiente educacional se tornando, cada vez mais, uma realidade no Brasil, profissionais de educação buscam capacitação para lidar de forma adequada com esses alunos. Para preparar estes profissionais, o Instituto APAE DE SÃO PAULO iniciou, no dia 7 de março, o primeiro módulo do curso sobre práticas contemporâneas na inclusão da pessoa com deficiência no ambiente educacional.
 
     O objetivo do curso é oferecer aos profissionais “uma base de conhecimento para que possam compreender o processo de aprendizagem da pessoa com Deficiência Intelectual”, diz Viviane Perico, responsável pelo Serviço de Apoio à Inclusão Escolar da APAE DE SÃO PAULO.
 
     Com carga horária de 180 horas, o curso abrange aspectos neurológicos, genéticos e psiquiátricos envolvidos no diagnóstico da Deficiência Intelectual e outros transtornos diferenciais, como transtorno de aprendizagem, autismo, transtorno de déficit de atenção e transtorno de humor.
 
     Foram apresentados, durante as aulas, conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil, visando facilitar a identificação de possíveis atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor. Além disso, neste módulo foram oferecidos recursos do processo de estimulação no meio pedagógico, fortalecendo também a importância do trabalho multidisciplinar.
 
     Voltado a pedagogos, professores da rede regular de ensino, estudantes e profissionais que atuam direta ou indiretamente com alunos com Deficiência Intelectual, o curso abordou ainda temas como violência e violação de direitos, organização das redes de combate à violência e os ciclos vitais das famílias de pessoas com deficiência.
 
     A metodologia inclui aulas expositivas, textos reflexivos e discussão de casos.
 

sábado, 28 de março de 2015

WORLD PRESS PHOTO - SELEÇÃO



O 1º prémio na categoria Solteiros Esportes do 2015 World Press Photo Contest por Bao Tailiang da China mostra o jogador argentino Lionel Messi olhando para o troféu da Copa do Mundo durante as celebrações finais no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, Brasil, em 14 de julho, 2014.
 

sexta-feira, 27 de março de 2015

PRIMEIRO TRANSPLANTE DE PÊNIS BEM-SUCEDIDO DO MUNDO É REALIZADO


Médicos durante a operação de transplante.

 
    O primeiro transplante de pênis bem-sucedido da história foi realizado no Hospital Tygerberg na África do Sul. O homem que recebeu o transplante perdeu o pênis há três anos após passar por um processo problemático de circuncisão tradicional e, hoje, de acordo com os médicos, já está funcional.
 
    A operação durou nove horas e ocorreu em dezembro. Frank Graewe, chefe da Divisão de Cirurgia Plástica Reconstrutiva da Universidade de Stellenbosch (responsável pelo procedimento), disse o seguinte: “Nós provamos que isso pode ser feito. Demos a alguém um órgão tão útil quanto aquele que ele tinha antes. Foi um privilégio participar do primeiro transplante bem-sucedido de pênis no mundo todo!”, comentou o doutor.
 
    Vale lembrar que esse é o segundo transplante de pênis feito no mundo. O primeiro ocorreu na China em 2006, porém o órgão teve que ser retirado duas semanas após a cirurgia devido a problemas psicológicos que o paciente enfrentou. Os médicos sul-africanos acreditam que o homem transplantado em dezembro poderá usar o pênis sem dificuldades em até dois anos, apesar de o processo de recuperação ser bem menor.
 
    Andre Van der Merwe, um dos cirurgiões da Universidade de Stellenbosch, disse que os médicos estão muitos felizes com a recuperação do paciente. Ele também comentou que as amputações de pênis não são incomuns na África do Sul devido aos riscos das circuncisões tradicionais. “Os heróis de tudo isso são o doador e a sua família. Eles salvaram a vida de muitas pessoas ao doarem o coração, os pulmões, os rins, o fígado, a pele, as córneas e até o pênis”, finalizou der Merwe.
 Fonte(s)  The Verge        

quinta-feira, 26 de março de 2015

SEM ACESSIBILIDADE NO FÓRUM, JUIZ SUGERE TROCA DE ADVOGADO CADEIRANTE




    
 
     Um advogado cadeirante que atua no Rio Grande do Sul vem enfrentando dificuldades de acessibilidade e diz que sofre situações de preconceito no Fórum de São Francisco de Paula, na Serra. Dilto Marques Nunes já perdeu duas audiências porque o prédio não possui elevador e a estrutura necessária para deslocamento interno.
 
     Ele afirma que o juiz, além de negar pedidos para que os encontros fossem realizados no térreo, sugeriu que seu cliente trocasse de defensor por conta dos problemas de acessibilidade. “O maior problema é que estou me sentindo prejudicial à Justiça. Passo a ser, em vez de uma peça essencial, um obstáculo à aplicação da lei”, afirma Dilto, que teve dois pedidos negados para que as audiências fossem realizadas no térreo do Fórum.
 
     O cliente dele, o aposentado Júlio Cesar Canani, confirma a “sugestão” do magistrado. “Ele disse pra mim: ‘Por que tu não botou um outro advogado? Sabia que ia ser assim’. Aí ele quis me colocar um advogado do Estado. Eu recusei. Disse que não aceito porque já tenho o meu advogado. Isso não existe”, relata.
 
     Dilto solicitou a anulação da primeira audiência do caso. Além de acatar o pedido, o Tribunal de Justiça (TJ-RS) também garantiu ao cliente a escolha do advogado e o direito à acessibilidade. Dilto seguiu no caso e, em dezembro do ano passado, chegou a ligar um dia antes de uma outra audiência para pedir que ela fosse realizada no térreo. Mais uma vez, porém, teve o pedido negado.
 
     “Não posso crer que um país que clama pela igualdade, por justiça e, sobretudo, por serenidade, honestidade, possa resumir as coisas desta maneira. Eu não consigo chegar na sala de audiências, não consigo trabalhar. Tenho família, tenho filhos, pensão para pagar. Até hoje não tenho resposta”, critica Dilto.
 
     O juiz Carlos Eduardo Lima Pinto não quis gravar entrevista. Em conversa por telefone, o magistrado afirmou que o prédio do Fórum de São Francisco de Paula é da década de 1960 e que, por isso, não conta com equipamentos de acessibilidade. Além disso, informou que não foi possível transferir os encontros para o térreo devido à falta de recursos técnicos, como computador com o programa que é usado pelo judiciário.
 
     De acordo com o TJ-RS, o juiz foi orientado pela Corregedoria a fazer os ajustes necessários para realizar as audiências no térreo para que o problema não se repita. “Espero que se faça justiça. Não poderia trabalhar se não acreditasse no que faço”, desabafa o advogado.
 
     A equipe da RBS TV, que visitou o Fórum de São Francisco de Paula para mostrar os problemas de acessibilidade do local, não teve autorização para entrar no prédio. A decisão de barrar a reportagem foi do próprio juiz Carlos Eduardo Lima Pinto.
 
Fonte: G1

quarta-feira, 25 de março de 2015

INSTAGRAM - MÚSICA AO LONGE



    Um piano em jogado no chão, em plena Redenção. Devia ser alguma instalação, não sei ao certo. Porém, assim que botei meus olhos nele, tive a ideia de colocar em algumas fotos os nomes de livros que li. Foi assim que nasceu "Música ao Longe", do grande Erico Verissimo, a primeira foto da série.
 
Cristiano Refosco

terça-feira, 24 de março de 2015

A HISTÓRIA DO CÃO SEM OLHOS QUE VIROU CÃO TERAPEUTA

    Os cachorros da raça Golden Retriever são conhecidos por estarem entre os cães mais simpáticos e adoráveis que existem – sempre bastante afetuosos. O cachorro Smiley é exatamente isso, porém ele possui um grande diferencial que o faz um animal extremamente inspirador: Smiley nasceu sem os olhos.
    O assustado cachorrinho de dois anos foi adotado há tempos por Joane George, no Canadá. Deixado em um abrigo para cachorros, os anos iniciais de Smiley não foram nem um pouco fáceis, sofrendo com os outros cães e com o desinteresse de possíveis donos que não o levavam por ser cego. Felizmente, George o encontrou antes que o cachorrinho fosse sacrificado, e levou o Golden Retriever para casa.
    Joane já tinha um cachorro deficiente (surdo) chamado Tyler, e achou interessante levar outro cão para fazer companhia a ele. Tyler se tornou um animal feliz e saltitante, e George achou que o mesmo pudesse acontecer com o pequeno Golden. Depois de ser adotado, Smiley passou por diversos treinamentos para se tornar um cão terapeuta.
   
    Depois de enfrentar alguns desafios com medo e ansiedade, Smiley começou a se tornar mais confiante e feliz com o treinamento. “As pessoas ficavam tão inspiradas perto dele que eu soube que ele seria um cão terapeuta e que eu devia compartilhá-lo com as outras pessoas”, comentou Joane George.
    Com mais de 11 anos, hoje Smiley é um cachorro extremamente saudável e feliz, que já ajudou no tratamento de vários pacientes. Frequentemente ele é levado a hospitais, asilos e escolas para interagir com as pessoas e mostrar que a superação é algo inerente a todos – e que devemos viver do melhor modo que pudermos exatamente do jeito que somos. Veja abaixo mais algumas imagens do belo e simpático Smiley:
FONTE: Megacurioso

segunda-feira, 23 de março de 2015

CINEMA EM TIRAS - TITANIC - PARTE 5


 
FATOS BIZARROS SOBRE O FILME "TITANIC"
 

Personagens baseados em pessoas reais

    Alguns dos personagens que aparecem em Titanic foram inspirados por pessoas reais, e que realmente estavam a bordo do navio.
     Um dos casos mais notórios é de Molly Brown, interpretada no filme pela atriz Kathy Bates. No filme ela é retratada como uma mulher forte e bondosa, que ajuda Jack em diversos momentos. A verdadeira Molly, como sua versão ficcional, tornou-se rica da noite para dia com o sucesso de seu marido, Jim, mas nunca foi bem aceita pelos nobres de seu tempo. Vista como muito exuberante, ela era socialmente excluída – rotulada de “nova rica”.
 
 
     Durante o naufrágio do Titanic, Molly mostrou coragem exemplar. Manteve o ânimo e estimulou todos que estavam em seu bote salva-vidas, contando histórias das dificuldades de sua infância pobre, e ainda voltou para o local do naufrágio com seu bote para salvar possíveis sobreviventes.
Depois da tragédia, Molly tornou-se famosa sob a alcunha de “a inafundável Molly Brown”.
 
     Outro caso, de final bem mais trágico, é do casal Straus, donos da loja Macy’s em Nova York.
       Ida e Isidor Straus eram casados há 41 anos na época do desastre. Quando os passageiros começaram a embarcar nos botes, Ida conseguiu uma vaga – que ela prontamente recusou. Ela respondeu aos marinheiros: “Vivi minha vida ao lado de meu marido. Agora vou morrer ao seu lado.”
    O casal é retratado em uma das cenas mais tocantes do filme, em que um casal de idosos abraçam-se enquanto a água inunda seu quarto.
 

Alguns truques com tamanhos

 
    Para tornar o filme mais impactante, Cameron usou vários truques de tamanhos.
    Por exemplo, todos os trabalhadores das caldeiras do navio têm no máximo 1,50 m de altura. Como todos são baixos, mas de porte atlético, você tem a impressão de que na realidade eles são altos, e que portanto o porão do navio é muito maior do que o cenário realmente era.
 
 

Água quente

 
    Á agua do oceano em que atores e figurantes estão no final do filme era, na realidade, quentinha. A temperatura da água era de aproximadamente 27º C. Todos os indícios de que aquela seria a gelada água do norte do Atlântico tiveram que ser colocadas digitalmente depois.
     Existem exceções à regra da água agradável. Na cena em que Rose volta para salvar Jack, a água utilizada era do Oceano Pacífico. A temperatura da água era tão baixa que a reação da personagem ao mergulhar é, na verdade, a reação de Kate Winslet. Aqui, vale destacar que Winslet recusou-se a usar roupa térmica durante essa gravação para dar mais realismo às suas reações, o que resultou em uma pneumonia.
 

Nada de música!

 
    Cameron era absolutamente contrário a incluir qualquer canção na trilha sonora do filme. O compositor James Horner combinou com Will Jennings e Céline Dion de escrever a canção My Heart Will Go On – que tornou-se um dos símbolos do filme e um clássico do karaokê – em segredo, e só apresentou a canção ao diretor quando uma demo já estava gravada. Cameron gostou tanto do resultado que, apesar de ter sido enganado, permitiu a inclusão da canção durante os créditos de encerramento.
 
FONTE: http://falacultura.com


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domingo, 22 de março de 2015

WORLD PRESS PHOTO - SELEÇÃO



 
 
O segundo prémio na categoria de Singles 2015 World Press Photo Contest por Ami Vitale Nature mostra um grupo de jovens guerreiros Samburu encontrando um rinoceronte, pela primeira vez em suas vidas em Lewa Downs, norte do Quênia. A maioria das pessoas no Quênia nunca terá a oportunidade de ver a vida selvagem que existe, literalmente, em seu próprio quintal. (AP Photo / Ami Vitale / National Geographic)

sábado, 21 de março de 2015

CINEMA EM TIRAS - TITANIC - PARTE 4




FATOS BIZARROS SOBRE O FILME "TITANIC"


Fato #1: Madonna, Johnny Depp e Angelina Jolie fizeram testes para viver os protagonistas

    É difícil imaginar Titanic sem o casal Jack e Rose, vividos por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. Mas, é claro, outro atores e atrizes fizeram o teste para ficar com o papel – e acabaram rejeitados pelo diretor. E talvez devemos agradecer por isso, porque sem dúvida seria um filme muito diferente.
    Na lista, figuram alguns nomes bem interessantes. Do lado feminino, para viver Rose DeWitt, algumas atrizes como Angelina Jolie, Jennifer Aniston, Drew Barrymore, Milla Jojovich e até a rainha do pop Madonna cobiçaram o papel. Já Leonardo DiCaprio teve alguns concorrentes de peso para o papel de Jack Dawson, incluindo Johnny Depp, Brad Pitt e Macaulay Culkin.
     Os produtores, aliás, tinham outro queridinho separado para o papel de Jack: o ator Matthew McConaughey (Como perder um homem em 10 dias). Foi o diretor James Cameron que insistiu para os demais que DiCaprio era perfeito para o papel.
    Em tempo: Robert DeNiro estava escalado para viver o Capitão Smith, mas teve que desistir do papel por problemas de saúde.
 
 
 
Fato #2: Os desenhos são do diretor, James Cameron

    Lembra dos desenhos de Jack, um dos charmes do rapaz? Todos aqueles desenhos mostrados no filme – inclusive o icônico retrato de Rose, usando apenas o colar de diamante – foram feitos pelo diretor do filme, James Cameron. Aliás, na cena em que Jack está desenhando Rose, são as mãos de Cameron que aparecem!
 

Fato #3: O verdadeiro J. Dawson



    Apesar de Jack Dawson ser um personagem ficcional, criado pelos roteiristas do filme, após a estreia e sucesso de Titanic o diretor descobriu que realmente existiu um J. Dawson que morreu no naufrágio do Titanic.
    A sepultura do verdadeiro J. Dawson – que na verdade, se chamava Joseph Dawson – é a mais visitada do cemitério de Halifax, onde estão enterrados quase todas as vítimas da tragédia. Joseph, ao contrário de Jack, trabalhava no porão do navio e não ganhou sua passagem em uma aposta.


Fato #4: DiCaprio não queria o papel

 
    O ator, que tinha então apenas 21 anos, hesitou em aceitar um papel de galã.
   “Seu personagem não passa por nenhum tormento [psicológico], e Leo antes e depois em sua carreira sempre buscou aquela nuvenzinha negra”, explicou Cameron. “Meu trabalho foi convencê-lo de que seria um desafio fazer o que Gregory Peck e Jimmy Steward fizeram nas gerações anteriores, de estar lá e ser forte e prender a atenção do público sem parecer fazer muito esforço. Só quando eu o convenci de que o papel seria difícil é que ele ficou entusiasmado com o filme.”

FONTE: http://falacultura.com/


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 CONTINUA...

sexta-feira, 20 de março de 2015

"ENXERGO COM O CORAÇÃO" , DIZ CANTORA COM DEFICIÊNCIA VISUAL



    Cantora, compositora, atriz, escritora e deficiente visual. Para Sara Bentes, de Volta Redonda (RJ), não enxergar é apenas um detalhe na carreira artística. "Enxergo com o coração. Lógico  tenho limitações, mas encaro o fato de viver da arte da melhor forma possível, com a alegria dessa profissião. Canto profissionalmente há 15 anos. A música sempre foi minha paixão. Desde criança sabia que ia seguir na carreira independente da minha deficiência", contou a cantora. Ela abre a série especial do G1, 'Elas por Elas', em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8 de março).
 
    Com 32 anos, dois CDs e dois livros, Sara começou 2015 enfrentando um desafio diferente. Em feveiro ela viajou pela primeira vez sozinha. O destino: um festival de música voltado para deficientes visuais na Tailândia, no continente asiático. Ela foi a única brasileira selecionada para o evento que contou 100 participantes. "Nunca tinha ido sozinha para outro país. Sempre viajei acompanhada e foi uma experiência muito particular para mim. Pude conhecer outra cultura, trocar experiências com outras pessoas, mesmo não falando a língua deles. Tive o tempo todo que me virar sozinha, mas percebi que sou capaz de encarar oportunidades", disse.
 
    Sara pretende dividir a experiência da viagem em um livro. A obra tem previsão de ser lançada ainda no segundo semestre deste ano. "Foi um trabalho enriquecedor. Voltei mais feliz do que eu fui. O povo tailandês me acolheu muito bem. Fiz duas apresentações na mostra, onde cantei junto com uma banda tailandesa que conhecia o repertório brasileiro. Desse nosso encontro tivemos a ideia de continuar trabalhando juntos e estamos estudando a melhor forma para essa parceria. Além disso, pude mostrar para o mundo um pouco da nossa cultura, um pouco do meu trabalho. Vivi uma experiência para toda vida", contou.
 
    Além do livro, Sara Bentes divulgou recentemente na internet as músicas do CD "Invisível". O primeiro álbum solo e totalmente idependente demorou três anos para ficar pronto. "Desenvolver esse CD foi algo muito particular para mim, era algo com que eu sonhava. As canções falam de situações diferentes do dia a dia de uma forma especial. A música tem o poder de chegar aonde a palavra não chega, por isso quis que este trabalho remetesse a algo muito bom, já que o melhor do que há no mundo e nas pessoas a gente não enxerga com olhos e sim com o coração", revelou.
 
    Segundo ela, o CD deve ser lançado oficialmente em abril. "Quero fazer um show de divulgação em Volta Redonda e também no Rio de Janeiro, mas ainda não tenho as datas certas porque estou fechando e procurando patrocínios. A ideia é que este CD também vire um DVD com videoclipes das canções, que deve ficar pronto ainda este ano", disse.
 
FONTE: G1

quinta-feira, 19 de março de 2015

CINEMA EM TIRAS - TITANIC - PARTE 3





CURIOSIDADES SOBRE O FILME:
 
     O custo para construir o navio em 1910-1912 foi de US$ 7,5 milhões. Em 1997, para fazer o filme, ele custou entre US$ 120 e 150 milhões. O filme custou US$ 200 milhões para ser feito.




 
     Titanic foi o primeiro filme a ser lançado em vídeo enquanto ainda era exibido nos cinemas.
 
     Na última noite de gravação, um brincalhão colocou uma substância alucinógena no ensopado servido para o elenco e equipe. 80 pessoas foram hospitalizadas com alucinações.

 
 
     James Cameron originalmente queria Enya para compor a trilha sonora do filme, chegando até a montar uma edição usando sua música. Quando Enya recusou, Cameron contratou James Horner.
 
     Após as filmagens, os restos do navio, em tamanho real, foram vendidos como sucata.
 
     O navio em tamanho real foi construído em uma praia ao sul de Rosarito, na Cidade do México.
 
     No início de produção, o filme teve o breve título de “Ice Planet”.
 



      O pedaço de madeira que flutuava sob Rose após o naufrágio é a réplica de um artefato genuíno que sobreviveu ao naufrágio e está em exposição no Museu Marítimo do Atlântico, em Halifax, Nova Scotia.




 


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 CONTINUA...

 
 
 

 
 
 
 
 

quarta-feira, 18 de março de 2015

SEM COMENTÁRIOS... OU NÃO...



    Ontem, deparei-me com esse texto que mais merecia ser publicado no mural do esquisito aqui do blog, mas, vamos lá...

 
PRETO NO BRANCO  por SILVIA PILZ (JORNAL O GLOBO)
 
     Eu quero voltar pro mundo onde anões eram chamados de anões e não de pessoas verticalmente prejudicadas. De cara, um anão assusta, assim como, de cara, crianças com Síndrome de Down também nos causam certo desconforto.
 
    De cara um anão assusta? Eu, particularmente, me assusto com gente que não possui nenhum dano intelectual, mas que é capaz de  fazer esse tipo de comentário .  Para começar, não existem "pessoas verticalmente prejudicadas" nem aqui e nem na China. O termo correto é "pessoa com baixa estatura". Estudar um pouquinho antes de falar "m" é importante, principalmente se for sobre um assunto que você não conhece. Crianças com Síndrome de Down te geram desconforto? Mais sensato ficar desconfortável diante de crianças passando fome nas ruas. Comprovadamente, barriga vazia tem danos muito mais nocivos na vida de um ser-humano do que  um cromossomo a mais na sua  estrutura genética .
 
    Disfarçar o estranhamento é mais vergonhoso que demonstrá-lo. É covardia. Crianças não disfarçam. Perguntam, tentam entender e optam por se aproximar ou não. É tão, mas tão hipócrita essa regra de tratar o diferente com naturalidade que chega a ser uma forma de desprezo invertido.

    Crianças não disfarçam, é verdade, assim como não controlam os esfíncteres quando pequenas, mas creio que você não seja mais criança. O que você chama de "disfarçar" , eu chamo de "reconhecer" e de entender que todos somos diferentes.  Por isso,  devemos educar nossas crianças  desde cedo para que, mesmo cientes de que todos são diferentes de alguma forma, não ajam com estranheza diante do que não é igual ao próprio umbigo.
 
    Eu quero voltar pro mundo onde negros eram chamados de negros, já que chamá-los de afrodescendentes não mudou em nada o preconceito que eles sofrem, sofreram ou sofrerão. Todo mundo quer ser branco e ter olhos claros. Negras alisam cabelos, pais e mães, quando resolvem adotar bebês, vão pro Sul do país. Se bem que os mini-afrodescentes estão em alta. Simbolizam o “eu não tenho preconceito”, porque o que acontece em Hollywood, depois de um tempinho, acontece aqui. Parece uma espécie de campanha na qual quem adotar o mais feio garante seu lugar no céu.

    Todo mundo quer ser branco e ter olhos claros? Talvez isso seja um desejo seu, não me inclua nisso. Ser chamado de negro não é ofensa, mas talvez você tenha saudades de um mundo onde termos como "preto" ou "coisa de preto" eram usados como sinônimo de arrogância e superioridade. Pena que para você seja inconcebível que um casal possa querer adotar uma criança "mini-afrodescendente" por se afeiçoar a ela e por amá-la.  Aliás, pelo seu texto, crianças negras já são feias por natureza, ou pelo menos, mais feias do que as brancas, ao ponto de serem adotadas por caridade.
 
    O colono sofre desse mal. Ele quer ser parecido com quem o colonizou. Deve ser instintivo, primitivo. Como diria um dos meus melhores amigos, se Michael Jackson acordasse no enterro dele, teria uma síncope ao ver tantos pretos ao seu redor. Melhor exemplo de preto que detestava ser preto não há.

    Para finalizar, "Diz-me com quem andas, que te direi quem és"... Infeliz a observação do teu amigo sobre o Michael Jackon. Ele nasceu negro e morreu negro, independente das modificações físicas a que tenha se submetido. Usar como parâmetro alguém que nitidamente deu sinais de descontrole emocional durante a vida é, no mínimo, inconsequente e apelativo e me soou como uma tentativa de naturalizar e justificar os seus preconceitos mais intrínsecos. Lamentável mesmo.

Cristiano Refosco
 
 

terça-feira, 17 de março de 2015

CINEMA EM TIRAS - TITANIC - PARTE 2



ELENCO:

Leonardo DiCaprio como Jack Dawson: James Cameron disse que o elenco precisava parecer ter realmente estado no Titanic, para reviver sua vivacidade, e tinham de "canalisar a energia e entregá-la a Jack, ele é um artista capaz de fazer seu coração voar". 
 
    Ao escalar o papel, vários atores bem conhecidos, como Matthew McConaughey, Chris O'Donnell, Billy Crudup e Stephen Dorff, foram considerados, porém Cameron achou que eles eram muito velhos para interpretar um personagem de 20 anos de idade. Tom Cruise expressou interesse em interpretar o personagem, porém seu salário alto impediu qualquer tipo de negociação.
 
    DiCaprio, com 22 anos na época, chegou a Cameron por intermédio da diretora de elenco Mali Finn. Inicialmente, ele não queria interpretar o personagem, e se recusou a ler sua primeira cena romântica no cenário. Cameron lembra, "Ele leu uma vez, e então começou a brincar, e eu nunca consegui focá-lo novamente. Porém em menos de um segundo, um feixe de luz desceu do céu e incendiou a floresta". O diretor acreditava fortemente na capacidade de atuação de DiCaprio, dizendo para ele, "Veja, não vou fazer esse cara neurótico e meditativo. Não vou lhe dar um tique e uma coxeadura como você quer". Cameron tinha imaginado o personagem ao estilo de James Stewart.
 
 
Kate Winslet como Rose DeWitt Bukater: Cameron disse que Winslet "tinha aquilo que você procura", e que havia "uma qualidade em seu rosto, em seus olhos", que ele "sabia que todos estariam prontos a ir longe com ela". 
 
    Gwyneth Paltrow, Claire Danes e Gabrielle Anwar foram consideradas. Quando todas recusaram, Winslet, na época com 22 anos, fez campanha forte para o papel. Ela enviou notas diárias a Cameron da Inglaterra, que fez o diretor convidá-la para um teste. Como DiCaprio, a diretora de elenco Mali Finn originalmente a levou até Cameron. Ao procurar por uma Rose, o diretor a descreveu a personagem como "uma ao estilo Audrey Hepburn" e inicialmente estava inseguro sobre contratar atriz, mesmo depois de seu teste tê-lo impressionado.  
 
    Depois de um teste junto com DiCaprio, Winslet se impressionou muito com o ator, sussurrando para Cameron, "Ele é ótimo. Mesmo se você não me escolher, escolha ele". Winslet enviou a Cameron uma rosa com um bilhete dizendo "Da sua Rose". Depois de muito insistir pelo telefone, inclusive dizendo "Eu sou a Rose! Não sei por que você está vendo outras pessoas!", e por seu talento, Winslet finalmente convenceu Cameron a contratá-la para o papel.
 
BillY Zane como Caledon Nathan "Cal" Hockley
 
Frances Fisher como Ruth DeWitt Bukater
 
Gloria Stuart como Rose Dawson Calvert: Rose narra o filme a partir dos dias modernos. Cameron afirmou, "para podermos ver o passado e o presente, decidi criar uma sobrevivente fictícia que tem [quase] 101 anos, e ela nos conecta pela história". A Rose de 100 anos de idade da a Lovett informações sobre o "Coração do Oceano" depois dele descobrir um desenho seu nua nos destroços do navio. Ela conta sua história sobre seu período abordo do navio, mencionando Jack pela primeira vez desde o naufrágio. Aos 87 anos, Stuart teve de parecer bem mais velha para o papel.  Sobre a escolha da atriz, Cameron disse "Minha diretora de elenco a encontrou. Ela foi enviada em uma missão para encontrar uma atriz aposentada da Era de Ouro dos anos trinta e quarenta".  Winslet e Stuart afirmaram acreditar que Rose morre ao final do filme, apesar de Cameron afirmar em seu comentário em áudio do filme que ele prefere deixar que cada espectador encontre sua própria interpretação para o final. Stuart morreu em 26 de setembro de 2010, aos 100 anos de idade, aproximadamente a mesma idade de sua personagem no filme.
 
Bill Paxton como Brock Lovett
 
Suzy Amis como Lizzy Calvert
 
Kathy Bates como Margaret "Molly" Brown: Brown é um pouco desprezada por outras passageiras da primeira classe, incluindo Ruth, chamando-a de "vulgar" e "nova rica" devido a sua riqueza repentina.
 
Victor Garber como Thomas Andrews: o construtor do navio, Andrews é mostrado como um homem muito bondoso e agradável, modesto acerca de sua grande realização. Após a colisão, ele tenta convencer outros, particularmente Ismay, que há uma "certeza matemática" que o Titanic vai afundar. Durante o naufrágio, ele é mostrado como tendo ficado próximo a um relógio na sala de fumar da primeira classe, lamentado seu fracasso em construir um navio mais forte. Não se sabe como o verdadeiro Andrews morreu.
 
Bernard Hill como Capitão Edward Smith: Smith planejava se aposentar após a viagem inaugural do Titanic. Ele se tranca na ponte de comando enquanto o navio naufraga, morrendo quando a água quebra as janelas. É discutido se ele morreu dessa forma ou que tenha congelado até a morte, como relatos afirmam tê-lo visto próximo ao Bote Desmontável B.













CONTINUA...