segunda-feira, 5 de maio de 2014

MENINO CADEIRANTE DESCOBRE PAIXÃO PELO TAEKWONDO




      Duas vezes por semana, o pequeno Luigi Palumbo, de cinco anos, encontra os coleguinhas na academia de artes marciais em Campo Grande para praticar o taekwondo, seu esporte preferido. A turma aprende os movimentos básicos da modalidade e se diverte com as brincadeiras propostas pelo mestre. Luigi é alegre e esperto como as outras crianças, mas a condição de cadeirante faz dele um exemplo de superação. É por meio do esporte que a família procura dar ao menino uma vida perfeitamente normal.
      Luigi conheceu o taekwondo por indicação de uma colega de classe, que também fazia aulas.
      - Nós o incentivamos porque, além de ser uma atividade física, o esporte é um meio de inclusão. Aqui ele é bem recebido pelos colegas, todos o adoram. Ele participa das aulas em iguais condições. Tudo isso trouxe reflexos no aspecto físico e emocional do menino, fez com que ele interagisse mais com todo mundo – conta o pai, o advogado César Palumbo Fernandes.

      
      Embora o taekwondo seja uma modalidade que envolva chutes, isso não impede que Luigi aprenda os conceitos básicos e possa, inclusive, alcançar a faixa preta, como explica o mestre Tiago Brandão, faixa preta 4º Dan.
      - Vi que ele tem bastante interesse e vontade de aprender. Sempre chega animado para as aulas. O importante é que ele faça algo que se sinta bem. Futuramente ele pode até se tornar um mestre, caso queira continuar se dedicando ao esporte.
      A academia que Luigi frequenta, na região central da cidade, atende cerca de 100 crianças e adolescentes. O mestre Tiago Brandão tem graduação em Educação Física e ênfase no ensino adaptado para deficientes físicos, o que deu tranquilidade à família do menino.


      Nos treinos, Luigi acompanha a turma em todas as atividades, desde a reverência às bandeiras do Brasil e da Coreia do Sul – como é tradição ao entrar ou sair do dojô – até a prática dos golpes de ataque e defesa. E se a hora é de brincar de pega-pega, por exemplo, Luigi também participa. Quando os colegas tentam ajudá-lo empurrando a cadeira a todo instante, os monitores orientam que é melhor para o menino que ele se locomova sozinho.
      - É bacana que os outros também aprendem a conviver com ele – diz o mestre Brandão.
      Luigi frequenta as aulas há pouco mais de um mês. Desde que fez os primeiros testes, se apaixonou e não larga o kimono. Até já ganhou medalha de segundo lugar em um festival por equipes. Perguntado sobre o que pretendia ser quando crescer, adivinha o que ele respondeu?
      - Quero ser mestre – diz Luigi.
      Incentivo dos pais é o que não vai faltar para o menino.
      - A família entende que o esporte é fundamental para qualquer criança, e nós o incentivamos muito. Acho que ele deve ter sempre uma vida esportiva ativa, mas também gostaríamos que ele focasse na formação intelectual. Se o Luigi decidir ser um atleta profissional, vai ser fantástico – diz o pai.

Fonte: Globo Esporte

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