terça-feira, 13 de maio de 2014

DICAS DE COMO TRABALHAR OS CONTOS DE FADAS INCLUSIVOS EM CASA E NA ESCOLA




      A coleção  "Era uma vez um conto de fadas inclusivo" é uma ferramenta que pode ser utilizada para aproximar o universo infantil do universo das diferenças tanto em casa, como na sala de aula. Pensando nisso, elaborei algumas dicas de como usar a coleção para pais e professores. 


Dicas para os pais:


- abordar as histórias com naturalidade; 


- aproveitar os contos inclusivos para falar sobre temas como respeito às diferenças, acessibilidade e inclusão com as crianças;


- no final de cada livro existe uma espécie de glossário, onde são mostradas as nomenclaturas utilizadas atualmente para se referir às pessoas com deficiência. Termos como “portador de deficiência”, “deficiente” , “pessoa normal” e “criança especial” não são mais utilizados.


- os personagens não são mostrados nem como coitadinhos e nem como super-heróis. São apenas personagens com deficiências que vão viver as suas histórias com algum tipo de limitação. O mesmo acontece na vida real.




Dicas para os professores:


- associar as histórias dos livros com situações do dia a dia; mostrando que pessoas com deficiência existem em todos  os locais e que têm os mesmos direitos do que as pessoas sem deficiência;


- propor para as crianças experiências práticas em relação aos livros, como por exemplo, atividades que busquem identificar se a sua escola e bairro têm acessibilidade; 


-além da aproximação entre o universo infantil e o universo das diferenças, a temática dos contos inclusivos pode ser utilizada para explorar o uso de outros sentidos do aluno: em algumas turmas de sala de aula, os professores vendam as crianças após a leitura de Branca Cega de Neve para propiciar o uso do olfato e do tato, por exemplo.


- alguns dos personagens carregam nos seus nomes as deficiências que possuem, como o João sem braços, por exemplo. É importante os professores observarem que estamos falando de nomes de personagens, assim como o Capitão Gancho, a  Mula sem cabeça ou a menina do nariz arrebitado, e que em momento algum isso constitui um estímulo para que os alunos se apontem pelas suas diferenças. A ideia é valorizar a deficiência enquanto característica e não como demérito.

por Cristiano Refosco

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