terça-feira, 9 de dezembro de 2014

HISTÓRIA E DEFICIÊNCIA - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL



      O estudo das obras que retratam os soldados mutilados oferece um pano de fundo para refletir sobre num momento histórico em que se instauraram novos campos de conhecimento, como a reabilitação em geral, e a fisioterapia, a terapia ocupacional, e a fonoaudiologia, em específico.

     Algumas obras mostram evidências das formas encontradas para suavizar as seqüelas incorridas pelos soldados no pós-guerra e oferecer-lhes algum tipo de compensação e possibilidade de substituição das perdas funcionais.

     ”Aleijados de guerra”, uma pintura a óleo de grandes dimensões (1,50m x 2,00m), exibida na Feira Dadá em Berlim em 1920 gerou muita controvérsia, segundo Rewald (1996). Ao desnudar as deformidades que aconteceram nos corpos dos militares no campo de batalha, e questionar o marketing do exército como heróico, capaz de preservar a dignidade nacional, Dix mobilizou um grande desconforto no público alemão.
     Esta pintura se constitui num ataque aos militares por dizimarem a sua geração, ao público com seu fascínio patético por seus veteranos reconstituídos e também aos aleijados, que apesar de tudo, preservam o seu orgulho pela nação. Tanto por sua temática quanto pelo estilo anti-acadêmico, a obra foi confiscada pelo regime Nacional Socialista em 1937 e incluída na exposição itinerante de "Arte Degenarada", que foi mostrada em toda a Alemanha. A pintura está desaparecida, tendo sido, provavelmente, queimada pelos nazistas.
FONTE: http://www.deficienciavisual.pt

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