sábado, 14 de maio de 2016

RUDOLF FENZ, O VIAJANTE DO TEMPO

 
 
 
    Nova Iorque, EUA, onze e meia da noite em uma data indeterminada de junho do ano de 1950. Faz calor, todo mundo aproveita o bom tempo para passear pelas ruas ou desfrutar de uma das muitas atrações da cidade dos arranha-céus. Esse típico cartão postal americano se vê subitamente alterado por um fato insólito, algo fora do comum.

    Entre a multidão se destaca um personagem estranho, com roupas elegantes mas antiquadas, como que saído de um museu, alterado, distraído, impressionado pelo que estava contemplando. Esse homem nem sequer sente o iminente perigo de caminhar entre os veículos que circulam rápidos pelas ruas próximas da Times Square. O inevitável acontece, o homem desorientado é atropelado e morre na hora.

    Até aqui, poderia não ser mais que uma medíocre crônica de um acontecimento, infelizmente, bastante habitual em alguns lugares. O falecido pareceria um louco para alguns ou um bêbado, drogado ou um excêntrico para outros. O caso não passaria daí. Com certeza se perderia nas páginas dos jornais, depois de ter despertado momentaneamente a curiosidade mórbida de alguns leitores, com detalhes escabrosos, geralmente inventados inocentemente pelas testemunhas.

    Pouco depois do trágico acontecimento, chegou a polícia para realizar o seu ritual de costume, inspecionando o cadáver, abrindo ata do caso, avisando aos forenses. Mas foi só examinar o finado para verem coisas que não se encaixavam e que pressagiavam algo mais que uma morte acidental. O até então anônimo personagem, de uns trinta anos de idade, jazia no chão vestindo:

- um longo casaco negro, de pano grosso pouco apropriado para o caloroso verão,
- um colete imaculadamente limpo
- e estranhos sapatos pontiagudos com fivelas de metal.

    Se não fosse pelo trágico do assunto, seria motivo de risos porque aquele homem parecia ter saído de uma festa à fantasia... Suas roupas foram tiradas das névoas de um tempo passado.

    No necrotério foi descoberto algo perturbador no incomum conteúdo dos bolsos de suas roupas:

- As roupas estranhamente não possuíam etiqueta
- Cédulas de banco muito antigas, mas em perfeito estado,
- Cartões de visita com o nome de Rudolph Fentz
- Uma carta dirigida ao mesmo nome com um endereço de Nova Iorque, datada de 1876.


    Aquilo começava a tomar um aspecto sinistro, Rudolph Fentz era o falecido? De onde havia saído? Quem era esse personagem?
    Uma hipótese então começou a ser levantada... Seria este homem um viajante do tempo que, por algum motivo, viera do passado para uma rua movimentada do centro de Nova Iorque?
   

continua...

FONTE: http://www.assombrado.com.br/

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