sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O MUNDO EM 1918 - MORTE DA FAMÍLIA ROMANOV



      Em Yekaterinburg, na Rússia, o czar Nicolau II e a sua família foram executados em um dia como este, no ano de 1918, pelos bolcheviques - assim chamados os integrantes da facção do Partido Operário Social-Democrata Russo liderada por Vladimir Lênin -, fato que deu fim a três séculos de governo da Dinastia Romanov. Coroado em 1986, Nicolau não estava preparado para governar, o que não ajudava em nada a imensa vontade do povo por mudanças. O desastre veio quando a Guerra Russo-Japonesa levou à Revolução Russa de 1905, que somente acabou depois que Nicolau aprovou uma assembleia representativa, a Duma, e prometeu reformas constitucionais. Contudo, o czar repetidamente faltava com suas promessas e dissolveu a Duma quando sofria oposição, contribuindo para o crescimento do apoio aos bolcheviques e outros grupos revolucionários. Em 1914, Nicolau levou a Rússia para outra Guerra, a Primeira Guerra Mundial. O país não estava preparado para entrar no conflito, e o descontentamento cresceu com a falta de comida, com perdas militares e derrotas para os alemães.  

      Em março de 1917, a revolução eclodiu nas ruas de Petrogrado (atual São Petersburgo) e Nicolau foi forçado a abdicar do seu trono no final desse mês. Em novembro daquele ano, os radicais socialistas bolcheviques, liderados por Lênin, tomaram o poder na Rússia e formaram um governo provisório, que pediu a paz para as Potências Centrais na Primeira Guerra e estabeleceu o primeiro estado comunista do mundo. A guerra civil eclodiu na Rússia em junho de 1918, e em julho os "brancos", forças russas antibolcheviques, avançaram em Yekaterinburg, onde localizaram Nicolau e a sua família, durante uma campanha contra as forças bolcheviques. As autoridades locais receberam ordens para evitar um resgate dos Romanov, e, depois de uma reunião secreta, uma sentença de morte foi passada para a família imperial.

      No final da noite de 16 de julho, Nicolau, Alexandra, seus cinco filhos e quatro funcionários foram obrigados a se vestir de forma rápida e descer até o porão da casa em que estavam detidos. Lá, a família e os funcionários foram dispostos em duas fileiras para uma fotografia que, conforme havia sido falado, era tirada para acabar com os rumores de que eles teriam escapado. De repente, uma dúzia de homens armados invadiu o local e matou a família a tiros. Os restos mortais de Nicolau, Alexandra e de três de seus filhos foram escavados em uma floresta perto de Yekaterinburg, em 1991, e positivamente identificados dois anos depois, usando exames de DNA. O príncipe herdeiro Alexei e uma filha dos Romanov não foram contabilizados, alimentando a lenda de que Anastasia, a filha mais nova, teria sobrevivido. Das várias "Anastasias" que surgiram na Europa na década após a Revolução Russa, Anna Anderson, que morreu nos Estados Unidos, em 1984, foi a mais convincente. Em 1994, no entanto, os cientistas usaram DNA para provar que Anna Anderson não era a filha do czar, mas uma polonesa chamada Franziska Schanzkowska.

FONTE:  https://seuhistory.com/

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