terça-feira, 9 de abril de 2013

CINEMA EM TIRAS - PSICOSE - PARTE 5

     

     

      É aconselhável a um bom seriado que ele parta de uma premissa razoável: conhecida, desejada, crível (se for o caso) e geralmente também parta de algum modismo ou alguma carência da mídia (neste caso se ele der certo ele lançará o modismo).      
      Por quê premissa melhor do que PSICOSE? É arriscado se mexer com algo tão sério? Sim, fãs torcerão o nariz lembrando do fiasco que foi a refilmagem de 1998, mas o fato é que sem medo, a obra prima máxima do cinema de suspense ganha seu prequel, sua sequência-que-vem-antes em forma de seriado. Embarcando no modismo Hitchcockiano (que já nos rendeu filme pra cinema e pra TV no ano passado) e mostrando que de quando em quando as coisas são redescobertas e reinventadas, a série pretende contar a adolescência do jovem Norman Bates ao lado da mãe, justamente quando compram o motel do título (por favor, não me envergonhe achando que motel nos EUA é a mesma coisa que motel no Brasil) e se mudam para a pequena cidade de White Pine Bay após a morte do marido e pai. E um "psicótico" (desculpem o trocadilho) slogan: O melhor amigo de um garoto é sua mãe.
      Foi no início do ano que as primeiras imagens, teasers e o burburinho começou. Facebook e Youtube bombaram com as fotos de Norman Bates adolescente e os videos que iam sendo distribuídos só iam aumentando a curiosidade dos fanáticos por Psicose, cinema de suspense e, claro, Alfred Hitchcock.
      Aproveitando-se do lançamento, o canal A&E colocou no ar um site que permitia que, através do aplicativo GetGlue, os fãs fizessem check-in em cada um dos 12 quartos do hotel.
      Um bom seriado, precisa em seu primeiro episódio de elementos que mostrem a que ele veio e que agradem àquele público que ele pretende conquistar.
      Sem rodeios, sem meias palavras. No primeiro episódio já nos confrontamos com a mãe docemente manipuladora de Norman, sua devoção por ela, seus sintomas de uma culpa que conheceríamos depois. Passado nos tempos atuais mas ainda assim contando a história anterior à do filme de 1960, o jovem convive com iPhones, carros modernos, baladas eletrônicas e garotas saidinhas, enquanto ajuda a mãe a escapar de um estupro, esconder o corpo e as evidências. É, seco assim, mas de forma brilhante.
      Um bom elenco e uma boa equipe técnica também são indicados para o sucesso de um novo seriado.      Elenco? Vera Farmiga (a mesma de Amor Sem Escalas que continua linda e agora tem um ar de doçura e perversidade que se misturam) e Freddie Highmore (sim, o menininho de A Fantástica Fábrica de de Chocolates versão 2005, agora já bem crescidinho) se encarregam em papéis que transbordam sinceridade.

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