sexta-feira, 18 de maio de 2012

AS GÊMEAS INGLESAS

     

      Quando colocadas lado a lado, as gêmeas Isabella e Gabriella Platt, de 4 anos, parecem idênticas. Porém, ao observá-las melhor, nota-se que a primeira precisa de talas de metal nas pernas para andar. A menina sofre de uma forma debilitante de paralisia cerebral. Seu maior sonho é ter “pernas novas” para que possa fazer aquilo que mais ama: dançar como a irmã.

      Uma cirurgia na coluna poderia ajudar a menina, mas, no seu país natal, a Inglaterra, o sistema de saúde pública não cobre a operação. Por isso a família das gêmeas está arrecadando fundos para custear uma cirurgia nos Estados Unidos, onde um inovador cirurgião promete realizar o sonho de Isabella – dançar. Ao todo, a família precisa de 50 mil libras (cerca de R$ 130 mil). A mãe das meninas, Stacey, contou ao jornal britânico Daily Mail que uma maneira de ajudar Izzy, forma como se refere à filha, a não se sentir tão diferente das outras crianças é comprar calçados pretos para Gabriella também. “Visto a Gabriella com um calçado mais parecido o possível com as botas de Isabella”, contou.
     A mãe ainda disse que deseja ver a filha sem as talas e a bota para que ela possa brincar, dançar e correr como qualquer menina da sua idade. “Sem essa parafernália ela vai poder fazer o que quiser”, garantiu. Stacey afirmou que Isabella entende a sua condição e nunca reclama. Mesmo com a pouca idade, Gabby dá suporte à irmã. “Vejo ela ajudando Izzy a se equilibrar a todo momento” disse a mãe.
      A descoberta da paralisia veio quando Isabella tinha 1 ano e meio. “Enquanto Gabby andou no primeiro aniversário, Izzy nem sequer sentava ou rolava”, explicou Stacey. Os primeiros médicos consultados não acertaram o diagnóstico: diziam apenas para a família resistir à tentação de comparar as meninas só porque elas eram gêmeas. Mesmo com a descoberta da paralisia, os especialistas ainda não sabem por que ela ocorreu, já que as duas garotas nasceram saudáveis.
      Sobre a cirurgia nos Estados Unidos, a família Platt conta que soube do procedimento por meio do noticiário. Trata-se de uma operação na coluna vertebral e do alongamento dos músculos da perna. “Desde então, já vi cerca de 180 vídeos de famílias que contaram sobre a sua experiência com esse procedimento”, afirmou Stacey. “Aqui na Inglaterra há tratamentos que poderiam melhorar a qualidade de vida de Izzy, mas isso só aconteceria depois dos 7 anos. Acontece que já percebi que ela está começando a ficar envergonhada da sua condição”, justificou a mulher. A família pretende operar a garota em janeiro do próximo ano.
Fonte: Revista Crescer

Nota Centauro Alado: É natural que a mãe queira o melhor para a sua filha e que busque todos os recursos existentes para atenuar as sequelas que a lesão acarretou no desenvolvimento da menina. O texto acima não deu muitas informações sobre o tipo de paralisia cerebral que a garota possui, mas pela foto em que ela aparece com a "parafernália" - e a mãe refere-se às órteses de uma maneira depreciativa, talvez esquecendo-se que sem essa "parafernália" a filha provavelmente não caminharia -, tudo indica ser uma diplegia espástica. Todavia, mesmo que a menina consiga fazer a tal cirurgia com 7 anos de idade, existe uma grande chance das sequelas não desaparecerem 100% (infelizmente a ciência médica ainda não possui a capacidade de curar sequelas, nem na Inglaterra).


A mãe refere que a menina começa a sentir-se envergonhada da sua "condição" (e provavelmente a própria mãe também sinta vergonha da "condição" da filha)... Talvez, tanto a menina quanto a família estejam precisando de um acompanhamento psicológico nesse momento. Natural que a menina queira acompanhar a irmã gêmea nas atividades... Porém, uma expectativa de "cura" que pode acabar em frustração requer, no meu ponto de vista, o olhar especializado de um psicólogo, bem como essa "vergonha" que a mãe relata e que sugere uma não aceitação do quadro da menina. Não raro é mais fácil apegar-se a uma fantasia de cura absoluta do que à realidade.

2 comentários:

  1. Ola boa tarde, minha filha ela tem 2 anos e 11 meses e tambem teve paralisia cerebral de começo tdos diziam que era normal nao anda ate os 2 anos mas como ela nao se sentava resolvemos leva-la ao ortopedista ele 1º diagnosticou que era duchenne e fomos de cananeia para curitiba passar com ela no pequeno hospítal principe e la o medico falou que era paralisia cerebral ela usa tala usa o andador ortopedico faz a fisioterapia 2 vezes na semana e levamos ela todos os meses para la gastamos ate o que nao temos por ela e não é vergonha nenhuma ter uma filha assime sim orgunho pois ela é forte pois tive pre eclanpsia no parto dela... ela teve estenose pertrofica de piloro foi enternada com 1 semana de vida e ficou no hospital por 15 dias ate descobrirem e poder fazer a cerurgia (isso em sorocaba) e depois disso saiu uma hernia na cicatriz da operaçao e por todo esse tempo nos levamos ela ate la para so olharem a hernia e agora em outubro ela operou e hj e voltou la so para olhar se ta tdo bem e fora isso ela tem sinusite aguda sempre ta com a garganta enflamada e ela quase sempre ela pega resfriado fica vomitando tdo o que ingere.... E ela tambem tem uma irma de 1 ano e 4 meses que começou a andar com 9 meses e nao a tratamos de formar diferente e nem a comparamos temos orgulho das duas principalmente de Gaby que passou por tdo isso e sempre sorrindo.

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    1. Olá Ketlin. Muito legal o esforço de vocês todos para que ela consiga se desenvolver. Estranho um médico ter diagnosticado ela como Duchenne, visto que é raríssimo essa distrofia aparecer em meninas.Faço votos que consigam cada vez mais explorar o potencial da sua filha! Abraço!

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