quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

ESTILISTA PRODUZ ROUPAS SOB MEDIDA PARA PESSOAS COM NANISMO





      A atriz Juliana Caldas (atriz com baixa estatura da novela "O outro lado do paraíso") conta que roupas são difíceis de encontrar. “A gente tem o tamanho da criança, mas a gente não tem o corpo da criança, então sempre que a gente compra uma calça, tem que adaptar o tamanho e a cintura”, conta Juliana.
 
      A estilista e empresária Carina Casucelli investiu nesse mercado. Ela faz roupas sob medida para pessoas com nanismo e já se prepara para abrir um e- commerce. Um desfile de modas com modelos com nanismo.
 
      Na verdade ela começou com um projeto manifesto. “Quando eu era estudante de moda em 1998. Em 2011 me formei e meu trabalho de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) era para falar sobre a democracia dos corpos: entrava todas as mulheres, todos os tipos de beleza”.
 
      A proposta é simples, Carina produz as roupas e faz um desfile com uma média de 130 modelos. Durante o evento, as clientes escolhem o modelo e ela faz sob medida. Carina vende, em média, dez peças de cada look e os preços variam: R$ 60, as saias com armações, e R$ 120 os vestidos. O faturamento ela não quis revelar.
 
      Segundo especialistas, 400 é o número de tipos de nanismo no mundo. O resultado é que o mercado não se anima para produzir tantos modelos diferentes, e para quem tem nanismo, sobram duas opções: ou compra roupa de criança e se adapta ao estilo, ou manda fazer um modelo especifico, geralmente mais caro.
 
     “A gente tem que cortar adaptar para gente porque a calça, a gente tem cintura de uma estatura normal, mas o tamanho não. Então não consigo comprar uma calça de criança”, conta Juliana.
 

     Uma pessoa com nanismo tem entre 70 centímetros e 1,40 metro de altura, com muitas variações de cintura, pernas e braços. Em todo mundo há o registro de 250 mil portadores. A estilista Carina Casuscelli calcula que no Brasil sejam 20 mil. Parece pouco, mas é um mercado que pode e deve ser explorado.
 
     “Se você trabalhar com peças mais fluidas, com amarrações especiais, em tecidos com elastano, é muito mais acessível”, afirma a estilista.

FONTE: G1

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