quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

VEREADORES PARTICIPAM DE SESSÃO COM OLHOS VENDADOS




      A sessão da Câmara Municipal de Curitiba começou de forma diferente na manhã desta segunda-feira (16). Os vereadores participaram de uma vivência de olhos vendados, em ato que lembrou o Dia Nacional do Cego, comemorado no último dia 13. A iniciativa teve como objetivo sensibilizar os vereadores para a importância da inclusão da pessoa com deficiência e sobre os desafios vividos pelo deficiente visual.
      O coordenador de Relações com a Comunidade da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Manoel José Passos Negraes, conduziu a dinâmica. A sessão foi aberta e, em seguida, interrompida para que os vereadores vendassem os olhos. Enquanto isso, Manoel Negraes, que tem deficiência visual, discursou sobre as dificuldades enfrentadas por esses cidadãos. “Espero que o debate e este simples gesto, através da vivência, possam auxiliar os vereadores a analisar com um outro olhar os importantes projetos de acessibilidade que passam por esta casa”, disse.
      O coordenador convidou os vereadores a se deslocarem de olhos vendados até a frente do plenário. A vereadora Professora Josete apresentou dificuldade já na busca do botão que aciona a liberação do microfone. “Não há dúvida que precisamos compreender melhor o que o deficiente visual enfrenta. Temos que garantir a acessibilidade para melhor locomoção deles e de todas as pessoas com deficiência” frisou a vereadora, que ao sair de sua mesa ainda derrubou a placa que leva seu nome e demorou para chegar à frente do plenário.
      Durante o debate, foi destacada a importância da Comissão de Acessibilidade da Câmara Municipal, que busca resguardar os direitos e deveres da pessoa com deficiência e fazê-los cumprir de modo que as convenções sejam aplicadas.
      “É preciso dar o primeiro passo, seja com ou sem os olhos vendados. É preciso entender que todos precisam aceitar a inclusão da pessoa com deficiência e exercer a cidadania. A maior dificuldade ainda está na cultura” finalizou Negraes.


FONTE: REDE SACI

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