A coleção "Era uma vez um conto de fadas inclusivo" é uma ferramenta que pode ser utilizada para aproximar o universo infantil do universo das diferenças tanto em casa, como na sala de aula. Pensando nisso, elaborei algumas dicas de como usar a coleção para pais e professores.
Dicas para os pais:
- abordar as histórias
com naturalidade;
- aproveitar os contos
inclusivos para falar sobre temas como respeito às diferenças, acessibilidade e
inclusão com as crianças;
- no final de cada
livro existe uma espécie de glossário, onde são mostradas as nomenclaturas
utilizadas atualmente para se referir às pessoas com deficiência. Termos como
“portador de deficiência”, “deficiente” , “pessoa normal” e “criança especial”
não são mais utilizados.
- os personagens não
são mostrados nem como coitadinhos e nem como super-heróis. São apenas
personagens com deficiências que vão viver as suas histórias com algum tipo de
limitação. O mesmo acontece na vida real.
Dicas para os
professores:
- associar as histórias
dos livros com situações do dia a dia; mostrando que pessoas com deficiência
existem em todos os locais e que têm os
mesmos direitos do que as pessoas sem deficiência;
- propor para as
crianças experiências práticas em relação aos livros, como por exemplo, atividades
que busquem identificar se a sua escola e bairro têm acessibilidade;
-além da aproximação
entre o universo infantil e o universo das diferenças, a temática dos contos
inclusivos pode ser utilizada para explorar o uso de outros sentidos do aluno:
em algumas turmas de sala de aula, os professores vendam as crianças após a
leitura de Branca Cega de Neve para propiciar o uso do olfato e do tato, por
exemplo.
- alguns dos
personagens carregam nos seus nomes as deficiências que possuem, como o João
sem braços, por exemplo. É importante os professores observarem que estamos
falando de nomes de personagens, assim como o Capitão Gancho, a Mula sem cabeça ou a menina do nariz
arrebitado, e que em momento algum isso constitui um estímulo para que os
alunos se apontem pelas suas diferenças. A ideia é valorizar a deficiência
enquanto característica e não como demérito.
por Cristiano Refosco
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