Uma pesquisa da Associação Brasileira de Recursos
Humanos (ABRH) Nacional, Isocial e Catho realizada com 2.949
profissionais do setor apontou que 81% dos recrutadores contratam
pessoas com deficiência “para cumprir a lei”. Apenas 4% declararam
fazê-lo por "acreditar no potencial" e 12% o fazem "independente de
cota". Para Teresa Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos
Direitos da Pessoa com Deficiência, este é um dos principais problemas
da inclusão desses profissionais no mercado de trabalho no país.
“Eu acho que a grande questão é o olhar da empresa
para a pessoa com deficiência com obrigação e não a contratação de uma
pessoa competente. No momento que a empresa pensa 'vou ter que contratar
despesa', essa pessoa vira um fardo para os seus quadros e ela já
começa desistindo. Então, a grande mudança que é preciso é esse olhar
das empresas e da sociedade no geral sobre a competência de pessoas com
deficiência”, declarou ao G1.
Falta de informação e preconceito
De acordo com a pesquisa "Profissionais de RH: expectativas e percepções sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho", cerca de 50% declararam já terem entrevistado pessoas com deficiência. No entanto, destes, 56% afirmaram não se sentir bem preparados para tal função, o que, para a ABRH, representa uma fragilidade do processo de inclusão.
De acordo com a pesquisa "Profissionais de RH: expectativas e percepções sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho", cerca de 50% declararam já terem entrevistado pessoas com deficiência. No entanto, destes, 56% afirmaram não se sentir bem preparados para tal função, o que, para a ABRH, representa uma fragilidade do processo de inclusão.
“Esse dado é preocupante, visto que os gestores são
fundamentais ao processo de inclusão. Afinal, são eles que decidem sobre
a contratação dos profissionais com deficiência e que os gerenciam. Sem
suporte adequado, o risco de má gestão é amplificado, ocasionando
situações de exclusão dentro do próprio ambiente de trabalho, falta de
assistência adequada ou diferenças de tratamento e oportunidades”,
analisou a associação.
A pesquisa revelou ainda que 65% dos gestores possuem
resistência em entrevistar e/ou contratar pessoas com deficiência. Para
a ABRH, é “outro dado preocupante”. E 93% dos que responderam a análise
afirmaram que gestores devem se informar mais para entrevistar e
gerenciar este profissional, “revelando que ainda existem muitas
barreiras a serem derrubadas e muito trabalho a ser feito com os
gestores”.
Busca por profissionais
A pesquisa revelou ainda que cerca de 80% dos entrevistados consideram que a busca por profissionais com deficiência é mais difícil em comparação com aqueles sem deficiência. “A questão está situada no âmbito comportamental/atitudinal, e por isso, é um processo lento envolvendo realinhamento de valores”, completou Jorgete, que acrescentou ainda que a limitação da busca desses profissionais a ONGs também prejudica a inclusão das PcDs.
A pesquisa revelou ainda que cerca de 80% dos entrevistados consideram que a busca por profissionais com deficiência é mais difícil em comparação com aqueles sem deficiência. “A questão está situada no âmbito comportamental/atitudinal, e por isso, é um processo lento envolvendo realinhamento de valores”, completou Jorgete, que acrescentou ainda que a limitação da busca desses profissionais a ONGs também prejudica a inclusão das PcDs.
“A grande dependência das empresas pelas indicações
denota falta de um banco de currículos qualificado. Já a elevada busca
por PcDs nas ONGs demonstra que a deficiência ainda está muito
institucionalizada. A percepção de que uma pessoa com deficiência está
vinculada a uma associação é grande, o que é uma visão equivocada”,
analisou a ABRH.
46 milhões de pessoas com deficiência
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, havia no Brasil 358.738 pessoas com deficiência contratadas até setembro de 2014. O Ano de 2013 registrou 357.797 profissionais. Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há, no entanto, cerca de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, 24% da população.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, havia no Brasil 358.738 pessoas com deficiência contratadas até setembro de 2014. O Ano de 2013 registrou 357.797 profissionais. Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há, no entanto, cerca de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, 24% da população.
De acordo com as Estatística de Gênero do instituto –
análise dos resultados do Censo 2010, divulgados em outubro – a
participação da população economicamente ativa mostra diferenças entre
homens e mulheres, que possuem menor participação. Segundo o IBGE,
homens e mulheres de 16 a 64 anos com deficiências no grau severo ou
mental/intelectual participam menos do mercado de trabalho.
Entre os respondentes da pesquisa da ABRH, 59% é
formado por mulheres, 45% possuem pós-graduaçao em curso ou completo.
Serviços é o setor que se destaca entre as empresas dos respondentes e
49% são gerentes, coordenadores e diretores.
Lei 8213/91
A lei determina que empresas de 100 funcionários ou mais incluam de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiências habilitadas na seguinte proporção: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500 empregados, 3%; de 501 a 1000 empregados, 4%; e de 1001 em diante, 5%
A lei determina que empresas de 100 funcionários ou mais incluam de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiências habilitadas na seguinte proporção: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500 empregados, 3%; de 501 a 1000 empregados, 4%; e de 1001 em diante, 5%
FONTE: G1
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