Com movimentos
involuntários
Quando a lesão está
localizada nas áreas que modificam ou regulam o movimento, trato
extrapiramidal, a criança apresenta movimentos involuntários, movimentos que
estão fora de seu controle e os movimentos voluntários estão prejudicados.
Esta condição é
definida como paralisia cerebral com movimentos involuntários forma
coreoatetósica ou distônica. O termo coreoatetose é usado para definir a
associação de movimentos involuntários contínuos, uniformes e lentos
(atetósicos) e rápidos, arrítmicos e de início súbito (coreicos). A criança com
PC tipo distônica apresenta movimentos intermitentes de torção devido à
contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, muitas vezes
acometendo somente um lado do corpo. A PC com movimentos involuntários está
freqüentemente relacionada com lesão dos gânglios da base (núcleos localizados
no centro do cérebro, formados pelos corpos dos neurônios que compõem o trato
extra-piramidal), causada por hiperbilirrubinemia neonatal. A bilirrubina é um
pigmento amarelo liberado das hemáceas (células do sangue que transportam
o oxigênio) quando elas se
rompem. Nas incompatibilidades sanguíneas, este pigmento pode ser liberado
em grande quantidade. O
recém-nascido torna-se ictérico (a pele e as conjuntivas assumem uma cor de
tonalidade amarela). Assim como esse pigmento se deposita na pele, pode se
depositar também nos gânglios da base. Os movimentos involuntários podem ser
leves ou acentuados e são raramente observados durante o primeiro ano de vida.
Nas formas graves, antes desta idade a criança apresenta hipotonia (tônus
muscular diminuído) e o desenvolvimento motor é bastante atrasado. Muitas
crianças não são capazes de falar, andar ou realizar movimentos voluntários
funcionais e são, portanto, dependentes para a alimentação, locomoção e
higiene.
FONTE: http://www.sarah.br/
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