A premissa de “O Feitiço de Áquila” é muito interessante e inegavelmente
criativa. O casal Navarre e Isabeau funciona como uma metáfora para o
sol e a lua, que assim como os dois pombinhos (ou seria falcão e lobo?),
nunca se encontram. Desta forma, o sempre atraente tema do amor
impossível toma formas ainda mais dramáticas, impossibilitando até mesmo
o contato físico entre os dois amantes. Os animais em que ambos se
transformam também foram cuidadosamente escolhidos, já que o falcão é um
conhecido símbolo de beleza, enquanto o lobo é um animal normalmente
solitário – além do fato de ambos serem monogâmicos, como o próprio
Navarre diz em certo momento. Até mesmo o uivo triste do lobo se encaixa
perfeitamente ao lamento eterno de Navarre, o que se revela outra
interessante sacada do inteligente roteiro de Edward Khmara, Michael
Thomas, Tom Makiewicz e David Webb Peoples, baseado em estória de Edward
Khmara.
FONTE: http://cinemaedebate.com/
CONTINUA...
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