Tipos de
Paralisia Cerebral
O tipo de alteração
do movimento observado está relacionado com a localização da lesão no
cérebro e a gravidade das alterações depende da extensão da lesão. A PC é
classificada de acordo com a alteração
de movimento que predomina. Formas mistas são também observadas.
Espástica
Quando a lesão está
localizada na área responsável pelo início dos movimentos voluntários, trato piramidal,
o tônus muscular é aumentado, isto é, os músculos são tensos e os reflexos
tendinosos são exacerbados. Esta condição é chamada de paralisia cerebral espástica.
As crianças com envolvimento
dos braços, das pernas, tronco e cabeça (envolvimento total) têm tetraplegia espástica e são mais
dependentes da ajuda de outras pessoas para a alimentação, higiene e locomoção.
A tetraplegia está geralmente relacionada com problemas que determinam
sofrimento cerebral difuso grave (infecções, hipóxia e traumas) ou com
malformações cerebrais graves.
Quando a lesão
atinge principalmente a porção do trato piramidal responsável pelos movimentos
das pernas, localizada em uma área mais próxima dos ventrículos (cavidades do
cérebro), a forma clínica é a diplegia espástica, na qual o envolvimento dos
membros inferiores é maior do que dos membros superiores. A região
periventricular é muito vascularizada e os prematuros, por causa da imaturidade
cerebral, com muita frequência apresentam hemorragia nesta área. As alterações
tardias provocadas por esta hemorragia podem ser visualizadas com o auxílio da
neuroimagem (leucomalácea periventricular). Por este motivo, a diplegia espástica é quase
sempre relacionada com prematuridade. Esta forma é menos grave do que a
tetraplegia e a grande maioria das crianças adquire marcha independente antes
dos oito anos de idade.
Na hemiplegia
espástica, são observadas alterações do movimento em um lado do corpo, como por
exemplo, perna e braço esquerdos. As causas mais freqüentes são alguns tipos de
malformação cerebral, acidentes vasculares ocorridos ainda na vida
intra-uterina e traumatismos crânio-encefálicos. As crianças com este tipo de
envolvimento apresentam bom prognóstico motor e adquirem marcha independente. Algumas
apresentam um tipo de distúrbio sensorial que impede ou dificulta o
reconhecimento de formas e texturas com a mão do lado da hemiplegia. Estas
crianças têm muito mais dificuldade para usar a mão.
As crianças com
espasticidade tendem a desenvolver deformidades articulares porque o músculo
espástico não tem crescimento normal. Flexão e rotação interna dos quadris,
flexão dos joelhos e equinismo são as deformidades mais freqüentes nas crianças
que adquirem marcha. Além destas, as crianças com tetraplegia espástica podem
desenvolver ainda, luxação paralítica dos quadris e escoliose.
FONTE: http://www.sarah.br/
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