quarta-feira, 19 de março de 2014

CINEMA EM TIRAS - FÚRIA DE TITÃS - PARTE 5



CRÍTICA - FÚRIA DE TITÃS - REMAKE 2010



      Mostrando que a moda veio para ficar, mais um filme em 3D chegou aos cinemas brasileiros. Trata-se da aventura épica "Fúria de Titãs", de Louis Leterrier ("O Incrível Hulk", de 2008), refilmagem do original de 1981 que se baseia na mitologia grega para contar a lenda do herói Perseu.

      Mas não espere encontrar no longa - que também estará disponível em cópias normais - as histórias tal como os gregos escreveram. Hollywood sempre dá um jeitinho de mudar as coisas como mais lhe convém, o que implica na subversão de algumas tramas e até mesmo na inclusão de um monstro que só existiu na mitologia escandinava.

   Aqui, Perseu (Sam Worthington, herói também de "Avatar") é o filho adotivo de um pescador que vive em meio a uma Antiguidade onde homens e deuses andam em conflito. Durante um castigo do deus Hades (Ralph Fiennes) contra um grupo de soldados, ele perde sua família e fica só no mundo.

      Ao chegar a Argos, Perseu descobre que é um semideus, filho de Zeus (Liam Neeson, em uma ridícula armadura brilhante) com uma humana. Portanto, o único que pode impedir que a princesa Andrômeda (Alexa Davalos) seja sacrificada pelo monstro Kraken, o mesmo usado para destruir os titãs e que Hades pretende soltar contra a cidade para punir a civilização humana.

    Mas o herói pouco quer saber de sua descendência sobrenatural e prefere, como um simples homem, sair em busca de sua vingança. Ajudado por um grupo de soldados e pela misteriosa Io (Gemma Arterton), ele vai cruzar em seu caminho com o vilão Acrisius (Jason Flemying) e mais uma série de lendas gregas, incluindo a Medusa.


   Dirigido por Desmond Davis, o primeiro filme se diferenciava pelos efeitos especiais que utilizavam o stop-motion (animação com bonecos de 'massinha') e que garantiam o clima trash à produção. Mas enquanto o original conquistou um status de cult entre os cinéfilos, o novo longa provavelmente será lembrado por ser um desperdício de tempo e dinheiro, à exceção dos bons efeitos especiais que ganham ainda mais profundidade em 3D.

     A versão 2010 de "Fúria de Titãs" é tão fraca quanto café de orfanato, como diria Regis Tadeu, colunista de música do Yahoo! Brasil. Falta emoção aos diálogos, à encenação dos atores e à própria história, que faz a mitologia grega mais parecer um conto de fadas.

    Também é uma incógnita o que leva atores do primeiro escalão como Ralph Fiennes e Liam Neeson a embarcarem em uma produção tão furada. Provavelmente, os altos salários. Porque só um cachê muito milionário mesmo para compensar tamanha falha no currículo.

FONTE: http://pt.shvoong.com/ 

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 FIM

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