Na minha modesta opinião, uma das melhores novelas de todos os tempos. Pantanal chamou a atenção desde as suas primeiras chamadas na Rede Manchete. E sua estreia prendeu e cativou os telespectadores que descobriram que não era só na Globo que podia-se ver uma boa novela. Trocar de canal virou febre em 1990. Dez anos para terminar o século e o milênio, e Benedito Ruy Barbosa nos apresentava uma história bem escrita e que balançou a soberania da Globo. As cenas da Juma Marruá virando onça eram muito toscas, é verdade... Mas em nada comprometeram a emoção de quem acompanhava a trama.
Pantanal não foi só uma boa novela. Foi mais que isso... Foi a novela que fez com que a Globo repensasse o seu jeito de produzir teledramaturgia. Marco na história da TV brasileira, sem sombra de dúvida.
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Uma grata surpresa no universo da telenovela brasileira. Um sucesso
arrebatador e munido de tantas novidades que chegou a abalar o tão
alicerçado departamento de dramaturgia da TV Globo. Pela primeira vez,
desde que se impôs na produção de novelas nos anos 70, a Globo viu seu
posto de líder de audiência ameaçado.
A Globo exibia Rainha da Sucata, de Silvio de Abreu. Pantanal entrava no ar após a novela das oito e rapidamente alcançou e se manteve na casa dos 40 pontos de audiência, uma verdadeira proeza para uma produção fora dos domínios da Globo.
A Globo exibia Rainha da Sucata, de Silvio de Abreu. Pantanal entrava no ar após a novela das oito e rapidamente alcançou e se manteve na casa dos 40 pontos de audiência, uma verdadeira proeza para uma produção fora dos domínios da Globo.
Velho do Rio |
A produção era da TV Manchete, que se lançava no desafio de conquistar
uma fatia do mercado publicitário interessado na telenovela.
Curiosamente a novela estava engavetada na Globo. Benedito Ruy Barbosa escrevia somente novelas das seis na emissora e queria que a produção fosse a sua estreia no horário nobre da Globo. Após muita insistência, o autor recebeu o aval da emissora para ir até o Pantanal para avaliar as reais condições de produzir a novela. Mas a época era de chuva e ele, Atílio Riccó e Herval Rossano voltaram do hotel-fazenda de Sérgio Reis com quase mil fotos em que aparecia apenas água e mato. Sem o registro da deslumbrante flora e fauna tão propagada pelo autor, o projeto foi novamente engavetado. Benedito ainda ouviu da Globo a proposta para transformar o projeto em minissérie ou ambientar a novela em uma fazenda carioca ou paulista para facilitar a produção. "Mas bati o pé porque queria o Pantanal", lembra Benedito.
O autor, no entanto, não resistiu ao chamado de Jayme Monjardim, que na época era diretor artístico da Manchete. "Para convencer o Benedito disse: 'produzo a sua novela no Pantanal, exibo no horário nobre e você vem para a Manchete'", recorda o diretor.
Curiosamente a novela estava engavetada na Globo. Benedito Ruy Barbosa escrevia somente novelas das seis na emissora e queria que a produção fosse a sua estreia no horário nobre da Globo. Após muita insistência, o autor recebeu o aval da emissora para ir até o Pantanal para avaliar as reais condições de produzir a novela. Mas a época era de chuva e ele, Atílio Riccó e Herval Rossano voltaram do hotel-fazenda de Sérgio Reis com quase mil fotos em que aparecia apenas água e mato. Sem o registro da deslumbrante flora e fauna tão propagada pelo autor, o projeto foi novamente engavetado. Benedito ainda ouviu da Globo a proposta para transformar o projeto em minissérie ou ambientar a novela em uma fazenda carioca ou paulista para facilitar a produção. "Mas bati o pé porque queria o Pantanal", lembra Benedito.
O autor, no entanto, não resistiu ao chamado de Jayme Monjardim, que na época era diretor artístico da Manchete. "Para convencer o Benedito disse: 'produzo a sua novela no Pantanal, exibo no horário nobre e você vem para a Manchete'", recorda o diretor.
Depois desse grande sucesso, Benedito Ruy Barbosa foi elevado ao
primeiro escalão dos autores da Globo e escreveu alguns dos maiores
sucessos dos anos 90 na emissora: Renascer, O Rei do Gado e Terra Nostra.
Como uma espécie de elogio à natureza, com cenas contemplativas e personagens fortes, Benedito Ruy Barbosa criou uma trama rural da melhor qualidade, enriquecida com o folclore da região pantaneira onde se passava a história.
Claro que tal repercussão não saiu unicamente da boa história de Benedito. Toda a magia das imagens belíssimas do Pantanal, captada com rara sabedoria pelo diretor Jayme Monjardim e sua equipe, contribuiu para o excelente resultado final. Registre-se também a competente trilha sonora, composta especialmente por Marcus Viana, e o elenco bem escolhido.
Como uma espécie de elogio à natureza, com cenas contemplativas e personagens fortes, Benedito Ruy Barbosa criou uma trama rural da melhor qualidade, enriquecida com o folclore da região pantaneira onde se passava a história.
Claro que tal repercussão não saiu unicamente da boa história de Benedito. Toda a magia das imagens belíssimas do Pantanal, captada com rara sabedoria pelo diretor Jayme Monjardim e sua equipe, contribuiu para o excelente resultado final. Registre-se também a competente trilha sonora, composta especialmente por Marcus Viana, e o elenco bem escolhido.
Os destaques de Pantanal foram muitos. O principal deles foi a
utilização da natureza transformando-a num elemento importante na trama.
O manifesto ecológico surgia através da tomada de consciência a
respeito dos fatos da região.
A novela fez brilhar a atriz Jussara Freire, perfeita como a criada Filó. Transformou Paulo Gorgulho e Cristiana Oliveira em astros de maneira repentina, e deu novo impulso às carreiras de Marcos Palmeira e Marcos Winter.
A novela fez brilhar a atriz Jussara Freire, perfeita como a criada Filó. Transformou Paulo Gorgulho e Cristiana Oliveira em astros de maneira repentina, e deu novo impulso às carreiras de Marcos Palmeira e Marcos Winter.
Mas o mérito maior é mesmo de Benedito Ruy Barbosa apresentando uma das
melhores novelas de todos os tempos, escrita com inspiração.
O autor declarou: "O público adorou conhecer a paisagem de um lugar pouco conhecido do Brasil. O espectador relaxou na frente da tevê com paisagens deslumbrantes e uma história simples."
Elenco:
O autor declarou: "O público adorou conhecer a paisagem de um lugar pouco conhecido do Brasil. O espectador relaxou na frente da tevê com paisagens deslumbrantes e uma história simples."
Elenco:
CLÁUDIO MARZO - José Leôncio / Velho do Rio (Joventino)
MARCOS WINTER - Jove (Joventino neto)
CRISTIANA OLIVEIRA - Juma Marruá
JUSSARA FREIRE - Filó
MARCOS PALMEIRA - Tadeu
PAULO GORGULHO - Zé Lucas de Nada
ALMIR SATER - Trindade
SÉRGIO REIS - Tibério
ELAINE CRISTINA - Irma
ÍTALA NANDI - Madeleine
NATHÁLIA TIMBERG - Mariana
ANTÔNIO PETRIN - Tenório
ÂNGELA LEAL - Maria Bruaca
LUCIENE ADAMI - Guta
TARCÍSIO FILHO - Marcelo
ROSAMARIA MURTINHO - Zuleica
GIOVANNA GOLD - Zefa
ÂNGELO ANTÔNIO - Alcides
ANDRÉA RICHA - Muda (Maria Ruth)
JOSÉ DE ABREU - Gustavo
FLÁVIA MONTEIRO - Nalvinha
RÔMULO ARANTES - Levi
GISELA REIMAN - Érica
ERNESTO PICCOLO - Renato
EDUARDO CARDOSO - Roberto
JOÃO ALBERTO - Zaqueu
LANA FRANCIS - Teca
GLÁUCIA RODRIGUES - Matilde
JÚLIO LEVY
MARCOS WINTER - Jove (Joventino neto)
CRISTIANA OLIVEIRA - Juma Marruá
JUSSARA FREIRE - Filó
MARCOS PALMEIRA - Tadeu
PAULO GORGULHO - Zé Lucas de Nada
ALMIR SATER - Trindade
SÉRGIO REIS - Tibério
ELAINE CRISTINA - Irma
ÍTALA NANDI - Madeleine
NATHÁLIA TIMBERG - Mariana
ANTÔNIO PETRIN - Tenório
ÂNGELA LEAL - Maria Bruaca
LUCIENE ADAMI - Guta
TARCÍSIO FILHO - Marcelo
ROSAMARIA MURTINHO - Zuleica
GIOVANNA GOLD - Zefa
ÂNGELO ANTÔNIO - Alcides
ANDRÉA RICHA - Muda (Maria Ruth)
JOSÉ DE ABREU - Gustavo
FLÁVIA MONTEIRO - Nalvinha
RÔMULO ARANTES - Levi
GISELA REIMAN - Érica
ERNESTO PICCOLO - Renato
EDUARDO CARDOSO - Roberto
JOÃO ALBERTO - Zaqueu
LANA FRANCIS - Teca
GLÁUCIA RODRIGUES - Matilde
JÚLIO LEVY
FONTE: teledramaturgia.com.br
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