Preconceito na rua e dentro de casa
A
situação da novela, na qual Linda é superprotegida pela mãe, Neide
(Sandra Coverloni), e ambas sofrem com os destratos da irmã de Linda,
Leila (Fernanda Machado), é bem comum na vida real. Os pais de um
autista, em especial, a mãe, costumam isolar-se devido aos cuidados e às
exigências do filho.
Heide
Kirst, coordenadora-geral da Associação Pandorga, explica que o
desconhecimento da sociedade sobre a doença é muito grande:
-
As mães dizem que o problema maior não é a criança em si, mas a
solidão, até em relação aos parentes. São famílias que acabam isoladas, e
o autista, por ter traços faciais semelhantes aos de qualquer pessoa,
é, muitas vezes, visto como uma criança malcriada, cujos pais não o
educaram corretamente.
Depoimento: Pâmela Pinheiro, de Alvorada
"Quando
Patrick tinha um ano e meio (ele tem oito agora), assisti a uma
reportagem no Fantástico sobre autismo, e todas as características
batiam com as dele.
Consegui
uma clínica gratuita em Porto Alegre, a Saerme, na qual ele foi muito
bem. Só que a clínica fechou em 2011, e o Patrick ficou um ano sem
tratamento, tendo crises. Foi terrível.
Depois,
consegui uma vaga para ele em uma clínica particular, via decisão
judicial. O Patrick é muito inteligente, começou a ler aos dois anos,
fala cinco línguas e adora computador. Sonho em vê-lo adulto, com uma
profissão que explore a sua inteligência. Cada conquista dele é uma
vitória."
Os sinais de alerta
Quanto
mais cedo é feito o diagnóstico, mais chance de sucesso terá o
tratamento. Por isso, as mães devem ficar atentas para alguns sinais dos
bebês e, em caso de dúvida, procurar um médico. Veja quais são!
- De dois a três meses: o bebê não faz contato frequente olho no olho.
- Aos três meses: o bebê não sorri para os pais ou ao ouvir as suas vozes.
- Aos seis meses: o bebê não dá risada nem tem expressões alegres.
- Aos oito meses: o bebê não segue o seu olhar quando você olha algo distante.
- Aos nove meses: o bebê não balbucia.
- Aos 12 meses: não imita os sons que você faz nem sabe dar tchau.
- Aos 18 meses: não aponta para algo do seu interesse.
- Aos 24 meses: não fala frases de duas palavras.
- Em qualquer momento: perde uma habilidade que já havia dominado (por exemplo, para de falar).
Para mais informações e orientação
- Instituto Autismo & Vida: site www.autismo evida.org.br ou e-mail contato@autismoevida.org.br
- Associação Mantenedora Pandorga: fone 3588-7799 e site www.pandorga autismo.org
FONTE: DIÁRIO GAÚCHO
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