Li “Cães da Província” em 1992. Na época, gostei muito do livro, principalmente pela história do José Ramos, o açougueiro da Rua do Arvoredo que teria vendido lingüiça humana em Porto Alegre. Como eu morava em Santa Maria, não tinha noção de como era a capital. Agora, morando há anos aqui e conhecendo a geografia e a história de Porto Alegre, foi imensamente prazeroso reler essa obra do Assis Brasil. Não tem como não passar pela Santa Casa de Misericórdia e não imaginar Qorpo-Santo preso na torre e envolto a sua loucura (ou seria à sua genialidade?), ou caminhar pela Rua Fernando Machado e não buscar vestígios da Rua do Arvoredo. Recomendo muitíssimo!
Cristiano Refosco
Cães da província conta várias histórias passadas no Rio Grande do Sul durante o reinado de D. Pedro II, tendo como personagem principal o famoso dramaturgo Qorpo-Santo.
Qorpo-Santo, personagem real, foi considerado louco e incapaz pelo povo e pela justiça da época graças a seu comportamento contestador. Assis Brasil, autor do livro, retrata o escritor como alguém claramente superior aos demais; ele é abandonado até mesmo por sua esposa Inácia, que luta para interditá-lo, e passa a viver apenas com seu criado Inesperto.
Ao mesmo tempo, são contadas as histórias do comerciante Eusébio, que só se preocupa com sua condição social e sofre com o possível escândalo do adultério de sua esposa, e do açougueiro Pelsen e sua mulher, que dilaceram pessoas para fazer linguiça. É feita então a crítica à sociedade, que se preocupa mais com o julgamento da sanidade de Qorpo-Santo do que com os crimes hediondos.
Qorpo-Santo, personagem real, foi considerado louco e incapaz pelo povo e pela justiça da época graças a seu comportamento contestador. Assis Brasil, autor do livro, retrata o escritor como alguém claramente superior aos demais; ele é abandonado até mesmo por sua esposa Inácia, que luta para interditá-lo, e passa a viver apenas com seu criado Inesperto.
Ao mesmo tempo, são contadas as histórias do comerciante Eusébio, que só se preocupa com sua condição social e sofre com o possível escândalo do adultério de sua esposa, e do açougueiro Pelsen e sua mulher, que dilaceram pessoas para fazer linguiça. É feita então a crítica à sociedade, que se preocupa mais com o julgamento da sanidade de Qorpo-Santo do que com os crimes hediondos.
FONTE: http://www.maicongoncalves.xpg.com.br
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