A multidão de 100 mil pessoas presentes na Cidade do Rock não intimidou aqueles que precisam da cadeira de rodas para se locomover nos 150 mil metros quadrados do espaço. Nos sete dias de Rock in Rio, o número de rockeiros cadeirantes foi grande e, neste último dia de festival, os fãs reclamaram da distância entre o espaço destinados para eles assistirem os shows e os banheiros. Para muitos, o pequeno número de placas indicando a entrada dos cadeirantes também dificultou o acesso à Cidade do Rock.
“O tempo que se perde do palanque destinado aos cadeirantes até chegar no banheiro mais próximo é de quase uma hora quando a Cidade do Rock já está lotada. Isso porque transitar no meio da multidão de cadeira de rodas não é moleza. Se tivessem banheiros químicos mais próximos aos dois palanques de deficientes (um nas proximidades do Palco Mundo e outro nas do Sunset), facilitaria muito a nossa vida”, deu a dica o estudante Marcelo Cardoso, 18 anos, fã dos britânicos do Gunses N’ Roses.
Para o metaleiro Cleber Neiva, a chegada à Cidade do Rock de cadeira de rodas foi o mais difícil. “Quase não há placas indicando a entrada de deficientes. A única placa que eu encontrei foi a que fica pendurada na própria entrada”, criticou. “No primeiro dia que estive na Cidade do Rock, no domingo passado, eu reclamei com a organização. Hoje, eles foram atenciosos e mandaram um produtor ir me buscar lá fora”, contou.
A sugestão da psicóloga Bia Montenegro, também cadeirante, é que a organização do festival aumente a fiscalização nos palanques destinados aos deficientes. Durante os shows é comum algumas pessoas – que não são cadeirantes, nem acompanhantes – invadirem os espaços para fugir do aperto lá embaixo, no meio da multidão.
“Se o espaço é para deficientes e acompanhantes, não pode ter gente de fora”, reclamou.
Fonte: http://www.jb.com.br/
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