E finalmente chegou o dia das competições. Acordamos cedo e fomos para o Ibirapuera, onde a maioria das provas seriam realizadas. Na vã, fui conversando com o Jiácomo - o nosso nadador - e com a Cíntia, a sua técnica. Nervosismo natural nessas horas. Um atleta, por melhor que esteja preparado, sempre sente um friozinha barriga diante de uma competição... e com o nosso nadador não era diferente. Ao chegarmos na piscina, delimitamos nosso local na arquibancada com a bandeira do Rio Grande. Mas, não deu muito certo: conforme as outras delegações foram chegando, nosso espaço foi-se reduzindo, de forma que acabamos em pé mesmo. E foi até melhor: para ver, ouvir e sentir tudo o que tinha para ser aproveitado por lá, era melhor estar circulando mesmo!
Os nadadores foram chegando e ocupando as raias de treinamento. Pessoas com baixa estatura (a atual denominação para anões), pessoas que tiveram alguma parte do corpo amputada, pessoas com algum tipo de malformação (e aqui, uma impasse da língua portuguesa -má formação ou malformação?- na literatura médica se usa malformação), pessoas com sequelas de paralisia cerebral, pessoas com lesão medular... Todos juntos, esperando a vez de cair na água e de competir.
O Jiácomo, nosso nadador cadeirante, iria disputar duas provas: nado livre e peito.
Caiu na água e fez bonito. Ouro no nado livre 400m e prata nadando peito.
Do atletismo, não paravam de chegar outras medalhas. o Nichimura ia atualizando no face as medalhas que o RS estava ganhando. O pessoal de Passo Fundo, Pelotas, Portão e Sapiranga estava indo a luta!
No final desse primeiro dia, tínhamos 12 medalhas ganhas já, marca boa para uma delegação de 40 e poucos participantes ao todo!
Na segunda feira, o Jiácomo iria competir novamente, e teríamos mais chances de medalhas! Lá estaríamos nós novamente, bem cedo, para mais uma bateria na água!
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