POLTERGEIST 2
A família Freeling se muda na tentativa de recuperar-se do trauma
causado pelo seqüestro de Carol Anne (Heather O'Rourke) pela Besta. No
entanto, a família será seguida. Assim, a Besta reaparece como o
Reverendo Kane (Julian Beck), um religioso que foi responsável pela
morte de muitos dos seus seguidores. O objetivo da Besta é ter Carol
Anne, mas para isto precisa ser mais forte que o amor da família dela,
que se uniu a uma mediúnica que já os tinha ajudado no passado e a um
sábio índio.
Há
algo de (muitíssimo) errado, contudo, com Poltergeist 2. Alguém nada
sábio destruiu a premissa básica das assombrações e o clima de horror
causado pelas forças desconhecidas, para investir em um filme neurótico e
esquizofrênico, que parece tentar se salvar nos atores e na direção e
se apoiar em uma enxurrada de efeitos especiais. Efeitos, aliás, bons
para a época, mas tenebrosos vistos hoje em dia.
Para se ter uma ideia da loucura e da
falta de competência dos envolvidos na produção, o filme flerta com
filmes de zumbis: num pesadelo, a Sra Diane Feeling (Jobeth Williams) é
tragada pela terra por mortos-vivos, em uma cena gratuita e risível (dá
para imaginar que o falecido Michael Jackson vai entrar em cena dançando
e cantando “Thriller” a qualquer momento). Depois, flerta com filmes de
monstros: o Sr Steven Freeling (Craig T Nelson, mais velho e mais
magro) acaba “parindo” pela boca a criatura do outro mundo, que parece
se desenvolver rapidamente como um verme, numa das cenas mais estranhas e
desnecessárias de todo o filme. Não dá para deixar de citar a criatura
em que o reverendo se transformou, uma mistura de anêmona marinha com
hidra e medusa, que toma um safanão de volta para o inferno com um tipo
de “cuspe” espiritual. É bizarro.
O filme ainda tenta homenagear filme de assassinos: uma “serra elétrica” ataca a família dentro do carro cercada por fios elétricos, durante a fuga da casa assombrada (a cena provavelmente inspiraria bem mais tarde o terror adolescente “Premonição”); e vira até filme com ar de fantasia, com o final completamente fora do compasso do restante, em que a família, do “outro lado”, ao que se refere o título do filme, trava uma batalha com a “Besta” num cenário de efeitos especiais medíocres.
FONTE: http://ccine10.blogspot.com.br/
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