terça-feira, 27 de setembro de 2016

JOGADOR CRIA ACADEMIA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

 
 
      Durante uma missão no Afeganistão, Brian Aft, oficial da Marinha, acabou ficando sem as duas pernas e, após inúmeras cirurgias, percebeu que a dor que sentia simplesmente não tinha fim. Na tentativa de aliviar o próprio sofrimento, Aft acabou se tornando usuário de heroína e ficou viciado em pouquíssimo tempo.
 
 
 
 
 
      As coisas começaram a mudar quando Aft foi abordado pelo ex-jogador David Vobora, da NFL, em um estacionamento de carro. A princípio, ele achou que seria assaltado, mas, quando Vobora se aproximou, Aft percebeu que ele na verdade queria ajudar. A abordagem foi exatamente essa, e Vobora perguntou a Aft o que havia acontecido com ele.
 
 
 
      À época, Aft ainda não sabia, mas Vobora havia superado uma fase tensa em sua carreira, em 2008, quando foi considerado um jogador irrelevante de futebol americano. Com muito esforço e determinação, ele conseguiu superar o próprio fracasso e voltar a ocupar seu lugar entre os melhores jogadores. Vobora sabia, portanto, que estar no fundo no poço não é uma sentença para toda a vida.
 
 
     
      Em 2011, por causa de uma lesão no ombro, o jogador acabou ficando viciado em analgésicos e precisou fazer reabilitação para aguentar ficar sem tomar remédios – por isso, Vodora entendia também a questão do vício na vida de Aft, ainda que os dois utilizassem drogas diferentes.
 
      Após o processo de desintoxicação, o jogador voltou a treinar, mas seu desempenho já não era o mesmo e seu espaço profissional também não, o que fez com que ele acabasse decidindo se aposentar – uma escolha difícil e cheia de peso, já que o futebol era tudo o que ele sabia fazer. Bem... Pelo menos até então.
 


 
 
      Sem muitas possibilidades, Vobora foi morar em Dallas com sua família e decidiu abrir seu próprio centro de treinamento, com a finalidade de ajudar outras pessoas. As coisas ficaram melhores quando Vobora conheceu o sargento aposentado Travis Mills, também amputado, veterano de guerra, assim como Aft.
 
      Vobora perguntou a Mills quando tinha sido a última vez que ele tinha trabalhado e ele disse que, caso Vobora não tivesse reparado, ele não tinha braços nem pernas. O que Mills não sabia era que, para Vobora, isso não tinha a menor importância, e depois de um tempo de conversa, os dois começaram a trabalhar. Os resultados vieram com o tempo, e Mills foi ficando cada vez melhor, tanto física quanto psicologicamente.
 
      Foi a partir do desenvolvimento de Mills que Vobora pensou em fazer uma academia para pessoas com algum tipo de deficiência física. O atleta reparou que essas pessoas geralmente passam por um projeto de reabilitação, mas que, depois disso, não são incentivadas a continuar praticando algum tipo de atividade física. O esporte, para ele, seria uma maneira de reunir todos e recuperar a autoestima desses indivíduos.
 
      Sua academia é hoje uma organização sem fins lucrativos que investe no treinamento físico para pessoas com deficiência, de modo que elas tenham capacidade de se recuperar e de redefinir os próprios limites físicos. Além do trabalho muscular, essas pessoas estão desenvolvendo novos propósitos pessoais em suas vidas e, como disse Aft, recuperam não apenas a força física, mas também a confiança em si mesmos e a autoestima.
 
      Vobora, além de treinador e mentor, tem um papel fundamental na vida de cada uma dessas pessoas, fazendo com que elas se integrem socialmente e se sintam iguais, independente de suas especificações físicas. O projeto vai de vento em popa e está fazendo cada vez mais sucesso, além de ter se tornado referência.

FONTE: Up worthy

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