Os casos da Síndrome de Guillain-Barré na Bahia mais que dobraram nos últimos cinco meses, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Do dia 7 de julho, quando foi divulgado o primeiro boletim com dados sobre a doença pelo governo, até novembro, o número de casos confirmados saltou de 29 para 64.
Uma mulher de 26 anos já morreu vítima da doença na Bahia. Os dois primeiros casos foram anunciados em junho.
A Síndrome Guillain-Barré é uma doença neurológica rara que, segundo especialistas tem relação com doenças virais, como o Zika Vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue.
"Esse problema está relacionado ao Zika Vírus. Quanto a isso, não temos nenhuma dúvida. A gente tinha levantado essa suspeita pela relação temporal das duas doenças, mas isso já foi confirmado com pesquisas recentes feitas pela Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz]. A gente, no entanto, não sabe ainda como isso ocorre. Ou seja, não tem como saber se uma pessoa que teve Zika terá a Guillain-Barré", disse ao G1 a infectologista Ceuci Nunes.
Segundo a Sesab, a síndrome começou no estado justamente após o surto de Zika, indentificada a partir de fevereiro de 2015, após diversas ocorrências de casos de uma doença com sinais e sintomas que se assemelham à dengue, mas com características clínicas diferentes, como manchas na pele e febre de baixa intensidade.
No dia 21 de maio, o Ministério da Saúde informou a validação da metodologia utilizada pelos pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que identificaram a doença como Zika Vírus.
Na Bahia, os municípios com maior frequência de casos suspeitos de Zika são Salvador, Camaçari, Itabuna, Senhor do Bonfim, Monte Santo e Feira de Santana, Simões Filho, Santo Antônio de Jesus, Eunápolis e Alagoinhas, conforme último boletim divulgado pela Sesab, no dia 19 de novembro.
FONTE: G1
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