O AUTISMO é um distúrbio do
desenvolvimento humano que vem sendo estudado há mais de sete décadas,
descrito pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner e posteriormente
pelo médico Hans Asperger em 1944. Nessa patologia ocorre uma severa
desordem da personalidade, que se manifesta na infância de forma precoce
por um anormal desenvolvimento de linguagem, onde ocorrem perdas na
interação social recíproca e na comunicação, apresentando
comportamentos, interesses e atividades estereotipadas (FERNANDES,
NEVES, SCARAFICCI, 2004; FERREIRA, MAIA, 1998; GADIA, TUCHMAN, ROTTA,
2004).
Até a década de 60, o AUTISMO foi
considerado um transtorno emocional, causado pela incapacidade de mães e
pais de oferecer o afeto necessário durante a criação dos filhos,
posteriormente isso se mostrou falso. Em seguida passa a ser considerado
como um transtorno do desenvolvimento, referindo-se a uma disfunção
neurológica, que se manifesta por alterações do comportamento e atraso
nas aquisições do neurodesenvolvimento (FILHO, CUNHA, 2010; OLIVEIRA,
2009).
Mais recentemente cunhou-se o termo
Transtorno do Espectro Autista (TEA) para englobar o AUTISMO, a Síndrome
de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento (KLIN, 2006). De
acordo com a nova versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (DSM-5), as manifestações comportamentais que
definem o TEA incluem comprometimentos qualitativos no desenvolvimento
sociocomunicativo, bem como a presença de comportamentos estereotipados e
de um repertório restrito de interesses e atividades, sendo que os
sintomas nessas áreas, quando tomados conjuntamente, devem limitar ou
dificultar o funcionamento diário do indivíduo (ARLINGTON, 2013).
Estudos recentes mostram que a
estimativa de prevalência do TEA é 20/10.000, com uma incidência quatro
vezes maior em meninos do que em meninas (ELSABBAGH, et. al. 2012;
FOMBONNE, 2009).
FONTE: https://interfisio.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário