Muito
possivelmente existiram dois reis, no período pré-dinástico, com o nome de
Escorpião, que governaram no Alto Egipto. Durante as eras pré-dinásticas o nome
“Escorpião” era utilizado como uma designação para os reis e sacerdotes que
serviam a deusa Seshat. Há bastantes dúvidas e controvérsias em relação à
existência do rei-escorpião, devido à existência de poucas provas. No entanto,
em 1898 o egiptólogo inglês James Edward Quibell descobriu, numa das suas
escavações no templo de Nekhen, uma grande clava que mostrava um rei com uma
coroa do Alto Egipto e com um aluvião na mão que representava um ritual de
fertilização e purificação dos solos perto do Nilo. À frente do rei estava uma
flor e por baixo uma imagem de um escorpião que o identificava.
É o primeiro rei-escorpião que existiu no antigo
Egipto, no período proto-dinástico. O seu nome pode ter sido uma homenagem à
deusa escorpião Serket. No início de 1990 um túmulo foi escavado em Abidos, no
chamado cemitério U a 150 metros norte de os de Narmer e Aha. O túmulo foi
construído em tijolos de barro seco e as paredes eram bastantes finas em
comparação com os túmulos dos seus sucessores. O seu grande tamanho sugere que
o proprietário tenha sido uma pessoa de extrema importância. A estrutura
original do túmulo foi mais tarde ampliada com dois quartos construídos a sul.
A data desta extensão não é conhecida, mas provavelmente foi feito logo que a
construção da estrutura original foi concluída pois assim era mais fácil conter
todos os presentes fúnebres.
O grande espólio encontrado dentro do túmulo surpreendeu
bastante os escavadores. Várias foram as imagens de escorpiões encontradas,
assim como frascos e lotes importados da Palestina e que possivelmente
continham vinho. Gunther Dreyer do Instituto Alemão do Cairo deduziu que fosse
o túmulo de um faraó e chamou-se Escorpião I devido às imensas imagens de escorpiões
presentes. Quanto às várias representações e esculturas de escorpiões no depósito
principal de Hieraconpolis, ninguém pode dizer se pertencem a Escorpião I ou
II.
FONTE: http://egiptologiaportugal.blogspot.com.br/
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