terça-feira, 12 de abril de 2016

MITOS DE UM NAUFRÁGIO - A TERCEIRA CLASSE E A MORTE

Os passageiros da terceira classe no convés a bordo do Titanic.
 
 
    Nos filmes que mostram o naufrágio do transatlântico Titanic, a terceira classe é mostrada de maneira completamente separada das outras – e isso fica mais claro na versão de James Cameron, em que há destaque para personagens de lá. Os portões de separação realmente existiam, não para evitar que eles pudessem entrar nos botes, mas para o cumprimento de normas sanitárias dos Estados Unidos.
 
    Como no navio havia muitos imigrantes que queria tentar uma nova vida na América, o Titanic teria que parar em Ellis Island para que houvesse uma inspeção sanitária e burocrática dos passageiros (que vinham de países como China, Holanda, Itália, Armênia, Rússia, Escandinávia e Siria). E para evitar que qualquer doença fosse transmitida às demais pessoas, havia a separação – respeitando normas dos Estados Unidos.
 
    A terceira classe possuía seus próprios botes salva-vidas, mas para chegar até eles seria necessário percorrer uma série de corredores que mais se pareciam com labirintos. Por isso, muitos acabaram morrendo afogados dentro do navio. Também há várias evidências de que, ao chegar ao local onde deveriam estar os botes, muitos deles já haviam sido levados para o mar.
 
    Nas conclusões finais do inquérito sobre o naufrágio, foi constatado que “não houve evidências de que houve alguma tentativa de deixar, deliberadamente,  os passageiros da terceira classe morrerem“. Vale lembrar que a maior parte das mortes ocorreu entre passageiros da terceira classe e tripulação: de 1.616 pessoas, apenas 394 se salvaram.
 
FONTE: MEGACURIOSO

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