Sob o comando do famoso capitão Benjamin Briggs, Mary Celeste partiria
em 5 de Novembro da ilha Staten em Nova Iorque com rumo a Itália. Carregava uma
preciosa carga de barris de álcool industrial, 4 vezes mais valioso que o
navio. A tripulação, além do capitão, era composta por sete experimentados
homens de mar e duas passageiras. Sarah, a esposa do capitão e Sophia Matilda,
sua pequena filha de 2 anos, já que passariam um tempo em família por Itália.
É aqui onde começa um dos mistérios mais apaixonantes da história marítima. Em 5 de Dezembro, proximadamente a 370 milhas da costa portuguesas, o timoneiro de um navio mercante de origem britânica, chamado Dei Gratia, avistou Mary Celeste. Depois de anos como marinheiro imediatamente notou algo fora do comum, apesar de que a embarcação avistada viajava com suas velas estendidas. Depois de conversar com outros oficiais, avisaram o capitão do navio, David Morehouse que ficou surpreso e preocupado pois Briggs era seu grande amigo, e sabia que naquela data o Mary Celeste já deveria ter aportado na Itália.
Morehouse imediatamente ordenou sua tripulação a acercar ao navio com bastante cautela, e quando estavam a uns 400 metros da outra embarcação, aguardaram duas horas observando e tentando se comunicar com a tripulação do Mary Celeste. Não obstante, e apesar que o navio não apresentasse nenhum sinal de ter sido atacado ou avariado, o mesmo parecia estar vazio. Razão suficiente para enviar um pequeno contingente para abordar a nave e ver o que tinha ocorrido com a tripulação.
Depois de horas de espera os marinheiros retornaram ao Dei Gratia, reportando não ter encontrado nenhum ser humano na embarcação, e sua valiosa carga, salvo por nove barris, permanecia intacta. Mais curioso ainda era que o único bote salva-vidas do navio não estava presente e as provisões de alimentos comida, bem como também a água fresca, ainda se encontravam nos porões da embarcação. Entre outros objetos encontrados estavam os objetos pessoais de toda a tripulação, jóias, a roupa da menina, diário do capitão e inclusive uma navalha de barbear ainda com espuma.
O porquê do desaparecimento da tripulação permanece até hoje como um grande mistério. No exterior da nave não existia sinal alguma de que tenha sido atacada ou de que tivesse atravessado um temporal, e no interior da mesma não tinha sinais de violência e tanto a carga quanto as posses pessoais da tripulação permaneciam intactas, motivo pelo qual não pôde ter sido um ato de pirataria ou de motim.
Sophia Matilda, filha de 2 anos do capitão |
O porquê do desaparecimento da tripulação permanece até hoje como um grande mistério. No exterior da nave não existia sinal alguma de que tenha sido atacada ou de que tivesse atravessado um temporal, e no interior da mesma não tinha sinais de violência e tanto a carga quanto as posses pessoais da tripulação permaneciam intactas, motivo pelo qual não pôde ter sido um ato de pirataria ou de motim.
O diário do capitão não continha registro algum de mau tempo. Sua última entrada havia sido realizada em 25 de novembro a 160 quilômetros dos Açores.
O navio foi rebocado pela tripulação do Dei Gratia até o Estreito de Gibraltar, onde uma corte Britânica em conjunto com o cônsul estadunidense em Gibraltar, Horatio J. Sprague, se encarregariam de pesquisar o ocorrido. Conquanto em um primeiro instante criam ter encontrado uma espada cheia de sangue, terminaram descobrindo que seria somente oxidação e, até os dias de hoje, o destino da tripulação permanece no maior mistério.
O destino do navio
Mary Celeste foi novamente vendida e utilizada durante 12 anos transportando todo tipo de objetos e mercadorias. Seu destino final foi o Caribe, onde um mercador chamado GC Parker carregou-a de lixo e dizendo para a seguradora que se tratava de uma carga valiosa, tentou afundá-la ao jogá-la contra um recife. No entanto, a maldição da Mary Celeste cairia sobre Parker, e a nave não afundou. Inclusive, depois de que tentassem colocar fogo na embarcação. Parker foi descoberto, preso e enviado a julgamento, ainda que tenha morrido por causa de uma doença desconhecida antes de chegar ao tribunal. O navio foi abandonado a deriva no Caribe, permanecendo, até os dias atuais, junto ao Holandês errante como outra das naves fantasmas que enriquecem o folclore marinho.
Ninguém sabe. Mas uma das teorias mais aceitas indica que durante uma pequena tormenta, o capitão, temendo que sua carga explodisse, ordenou sua tripulação a baixar o bote salva-vidas, e ato seguido amarraram o barco à popa do navio com uma uma longa corda. Desta maneira, seguiriam o barco desde o bote enquanto eram rebocados sem o perigo da explosão. Mas algo imprevisto teria acontecido, e o bote se soltou, deixando a tripulação à deriva.
FONTE: http://www.mdig.com.br/
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