quarta-feira, 30 de outubro de 2013

ALERTA...

 
      Para aqueles que se chocam com o fato dos PERSONAGENS dos meus livros carregarem nos seus nomes as suas deficiências (JOÃO SEM BRAÇOS, CINDERELA SEM PÉ, PINÓQUIO DAS MULETINHAS, etc), e que acham que isso é uma forma de RÓTULO, alerto: seria rótulo se eu visse a deficiência como uma característica negativa, nociva ou como algum tipo de demérito. Fiz questão que meus PERSONAGENS tivessem esses nomes justamente para colocar as deficiências em destaque e valorizá-las enquanto características. Ser loiro, ser cego, ser alto, não ter braços são características físicas e vão ser positivas ou negativas de acordo com o poder de interpretação de cada um. Infelizmente, muitas pessoas não sabem lidar com esse tema e carregam estigmas do coitadismo e da ocultação, onde é mais fácil não olhar para a deficiência ou não falar dela. Outras, menos preparadas ainda, não sabem diferenciar PERSONAGENS de seres humanos, o que é lamentável. Mas, fico feliz duplamente... Primeiro, porque a cada escola que visito, percebo o quanto os CONTOS DE FADAS INCLUSIVOS estão contribuindo para que as crianças entrem em contato com as diferenças e com a temática da inclusão... e segundo, porque mesmo sem querer, estou desacomodando muitos adultos e convidando-os a rever seus conceitos.
 
Cristiano Refosco

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