quinta-feira, 11 de outubro de 2012

ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES VISUAIS EM ESCOLAS E FACULDADES - PARTE 3

 

 

Acessibilidade no em torno da escola ou faculdade

Pode-se começar com um...
  • Semáforo sonoro: são faróis de trânsito com aviso sonoro, que auxiliam a travessia de deficientes visuais. Quando o farol está verde para o pedestre e vermelho para o motorista, ouve-se bipes intermitentes. Com esse recurso de acessibilidade o deficiente visual tem maior autonomia na travessia de ruas e avenidas;
  • Calçadas: sempre que possível, mantenha a calçada em boas condições. Evite obstáculos que dificultam ou impedem a circulação do deficiente;
  • Piso tátil: coloque-o no entorno da instituição, se isso não for possível, ele deverá estar a partir do ponto de ônibus ou do farol mais próximo até a instituição.
Acho que aqui pode ser feito uma pergunta: a quem cabe implantar essas ferramentas de acessibilidade? A quem recorrer, às instituições, a prefeitura ou a ambos? É uma pergunta que não sei responder, você sabe, então informe aos pais e alunos que tanto precisam saber.

Acessibilidade dentro da escola ou faculdade

Assim como no entorno da instituição, a acessibilidade deve-se fazer presente também dentro da mesma. Abaixo segue uma lista com itens relacionados à acessibilidade e material didático:
  • No(s) primeiro(s) dia(s) de aula, encaminhe o deficiente visual às dependências do prédio para que ele possa se ambientar ou se familiarizar com a escola;
  • Piso tátil dentro da instituição é obrigatório e essencial. Assim como no item anterior, encaminhe o deficiente visual à todas as áreas que possuam pisto tátil para uma familiarização. Isso é regra, não é favor!
  • Piso de alerta e identificação de degraus nas escadas;
  • Elevador com aviso sonoro de andar, caso haja mais de um;
  • Inscrições em braille em todos os ambientes, na lateral das portas e, tanto quanto possível, inscrições ampliadas e com contraste. Não esqueça, a maioria dos deficientes visuais, não é cega e sim, baixa visão;
Como é difícil atender a necessidade dessa grande maioria (deficientes visuais com baixa visão), pois são necessidades diferentes, então, o melhor é atender o que há de mais comum entre nós, ou seja, a maioria, necessita de contraste, assim como os idosos, os míopes, etc.
Uma vez dentro da sala de aula, , os deficientes visuais precisam de ferramentas para poder acompanhar as aulas. A principal delas, tem um nome bem conhecido, mas tão pouco usado que até dói na alma.
RESPEITO, já ouviu falar, eu sei, pois é, vou soletrar pra que não haja dúvida,
R – E – S – P – E – I – T – O. Respeito!
Sei, você deve estar se perguntando, endoidou de vez mulher? Eu explico. Onde há respeito, as coisas são feitas naturalmente, ou seja, assim como é impossível para um aluno dito "normal" aprender sem que haja o mínimo como: banheiros, refeitórios, salas, bibliotecas, carteiras, computadores, etc, é necessário que haja material ou ferramentas adequadas para o aprendizado e portanto a inclusão do deficiente visual.
Voltando para a sala de aula, o aluno com deficiência visual precisa de:
  • Material em Braille: para quem não sabe, há um jeito correto de se imprimir o braille, caso contrário fica muito ruim e assim, nem mesmo quem for super, ultra fluente consegue lê-lo;
  • Material em áudio: hoje em dia todo mundo já conhece os áudio livros e os livros falados; não é mesmo? São livros cujos textos vêm narrados;
  • Material em tinta: ampliado na fonte, estilo e tamanho que o aluno precisa, (há três anos atrás, eu lia com tranqüilidade textos na fonte Arial, estilo Negrito e no Tamanho 14, hoje, o tamanho pra mim, tem de ser 22);
  • Ampliadores de textos: existem vários tipos no mercado, sua função é a de ampliar textos e imagens através de um monitor que pode ser de tv ou computador, além de permitir tamanho e contraste diferentes, é ótimo;
  • Leitor de telas: ele é específico para o uso em computadores, sua função é a de ler os textos do computador para o usuário, inclusive textos da internet;
  • Gravadores digitais ou analógicos: para gravar o conteúdo das aulas.
por Irene De Barros Pereira



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