Da acessibilidade arquitetônica aos nossos direitos
Estas ferramentas não são bichos de sete cabeças e não são favores, são regras básicas da inclusão, da igualdade, do respeito ao diferente e das necessidades que nós temos.
Respeito àquele que contra todas as suas dificuldades, quer fazer o que todo mundo faz, coisas para às quais temos capacidade, vontade e determinação. Aliás, é preciso ser muito determinado, pois além de toda situação que por si só, já é bem difícil, temos de conviver com o fato de que a maioria das pessoas, pensam que disponibilizar tais ferramentas ao deficiente visual, é favor.
O que incomoda profundamente, é que essa mentalidade, não admite que temos o direito às ferramentas e ao auxílio, principalmente dos serviços públicos e privados. E não porque sejamos coitadinhos, mas por uma questão de justiça e segurança.
Lembro-me de uma história, onde um aluno era carregado pelas professoras e pela mãe, por não poder andar. A escola tem dois prédios e ele só ia a um deles por ser difícil de carregá-lo para o outro prédio, pois o acesso só se fazia por escada e assim, ele não podia participar de muitas atividades. A mãe cansou de pedir que fizessem uma rampa de acesso para o outro prédio e a resposta era sempre a mesma: "é inviável". Até o dia em que "alguém" orientou a mãe e esta não teve dúvidas, foi ao Ministério Público e fez a denúncia.
O resultado, é que de uma hora pra outra, a prefeitura que até então não tomara providências, alegando inviabilidade, arranjou um jeito de fazer a rampa que garantiu ao aluno, acesso aos dois prédios da escola. Isso é um fato verídico, a escola fica no ABC Paulista.
Vamos então tomar conhecimento daquilo que nos cabe e transformar nossa história, se não por nós, pelo menos por aqueles que estão vindo e ainda não sabem por onde começar. Eu tenho fé na capacidade de transformação das pessoas, o que falta é informação e união, afinal, uma andorinha sozinha, não faz verão.
por Irene De Barros Pereira
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