Para o Professor Romeu Kazumi Sassaki
(Sassaki, 2010). Usar ou não usar termos técnicos corretamente não é uma
mera questão semântica ou sem importância, se desejamos falar ou
escrever construtivamente, numa perspectiva inclusiva, sobre qualquer
assunto de cunho humano. E a terminologia correta é especialmente
importante quando abordamos assuntos tradicionalmente eivados de
preconceitos, estigmas e estereótipos, como é o caso das deficiências
que aproximadamente 14,5% da população brasileira possuem.
Na
Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e
Dignidade das Pessoas com Deficiência, ficou decidido que o termo
correto a ser utilizado seria “pessoas com deficiência”.
No
total, foram sete os motivos que levaram os movimentos a terem chegado a
expressão “pessoas com deficiência”. Entre eles: não esconder ou
camuflar a deficiência, mostrar com dignidade a realidade e valorizar as
diferenças e necessidades decorrentes da deficiência.
Outro
princípio utilizado para embasar a escolha é defender a igualdade entre
as pessoas com deficiência e as demais em termos de direitos e
dignidade, o que exige a equiparação de oportunidades atendendo às
diferenças individuais.
Sassaki
também chamou atenção para combater neologismos que tentam diluir as
diferenças tais como “pessoas especiais” ou “pessoas com eficiências
diferentes. “A razão disto reside no fato de que a cada época são
utilizados termos cujo significado seja compatível com os valores
vigentes em cada sociedade enquanto esta evoluiu em seu relacionamento
com as pessoas que possuem este ou aquele tipo de deficiência” (Sassaki,
2010), explica.
Para
o Professor, a condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e
esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma deficiência. Tanto o
verbo “portar” como o substantivo ou o adjetivo “portadora” não se
aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa.
FONTE: https://www.tendenciainclusiva.com.br/
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