A sessão da Câmara Municipal de Curitiba começou de
forma diferente na manhã desta segunda-feira (16). Os vereadores
participaram de uma vivência de olhos vendados, em ato que lembrou o Dia
Nacional do Cego, comemorado no último dia 13. A iniciativa teve como
objetivo sensibilizar os vereadores para a importância da inclusão da
pessoa com deficiência e sobre os desafios vividos pelo deficiente
visual.
O coordenador de Relações com a Comunidade da
Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Manoel José
Passos Negraes, conduziu a dinâmica. A sessão foi aberta e, em seguida,
interrompida para que os vereadores vendassem os olhos. Enquanto isso,
Manoel Negraes, que tem deficiência visual, discursou sobre as
dificuldades enfrentadas por esses cidadãos. “Espero que o debate e este
simples gesto, através da vivência, possam auxiliar os vereadores a
analisar com um outro olhar os importantes projetos de acessibilidade
que passam por esta casa”, disse.
O coordenador convidou os vereadores a se deslocarem
de olhos vendados até a frente do plenário. A vereadora Professora
Josete apresentou dificuldade já na busca do botão que aciona a
liberação do microfone. “Não há dúvida que precisamos compreender melhor
o que o deficiente visual enfrenta. Temos que garantir a acessibilidade
para melhor locomoção deles e de todas as pessoas com deficiência”
frisou a vereadora, que ao sair de sua mesa ainda derrubou a placa que
leva seu nome e demorou para chegar à frente do plenário.
Durante o debate, foi destacada a importância da
Comissão de Acessibilidade da Câmara Municipal, que busca resguardar os
direitos e deveres da pessoa com deficiência e fazê-los cumprir de modo
que as convenções sejam aplicadas.
“É preciso dar o primeiro passo, seja com ou sem os
olhos vendados. É preciso entender que todos precisam aceitar a
inclusão da pessoa com deficiência e exercer a cidadania. A maior
dificuldade ainda está na cultura” finalizou Negraes.
FONTE: REDE SACI
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