segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

CRIANÇAS AUTISTAS E O PAPAI NOEL

      
      Sentar na cadeira do Papai Noel, entregar a cartinha e ganhar um beijo do Bom Velhinho parece um programa calmo? Só entrar em um shopping, na tarde de um domingo, para descobrir que o momento pode ser bastante agitado. A fila é enorme, há muito barulho e os flashes das câmeras incomodam. Não é à toa que seu filho chora nesse momento.
      Para as crianças com autismo, em geral, o tumulto é ainda mais incômodo. Damiana Ramos, 28 anos, tenta levar seu filho Gabriel para visitar o Papai Noel desde que ele tem 2 anos. Hoje, aos 6, ele novamente encontrou o personagem em uma festa. A reação é sempre a mesma: diante dos ruídos, o menino se atira no chão, chora e sai correndo. “Eu continuo tentando. Porque mãe de criança autista precisa insistir até que o filho aceite as situações”, diz Damiana.
         Para evitar esse tipo de situação e garantir que todas as crianças conheçam o Papai Noel, shoppings do Canadá e dos Estados Unidos desenvolveram um esquema com visitas especiais voltadas para quem tem o transtorno. O ambiente é reservado e silencioso, sem aquela gritaria ou aglomeração de pessoas. Em um dos estabelecimentos, o personagem não faz um “HO HO HO”, mas um “ho ho ho”, em tom baixo. Se a criança não quiser conversar com o velhinho ou sentar no colo dele, não tem problema. “Eu ficaria muito feliz se existisse esse projeto no Brasil. Meu filho tem 6 anos e não pude, até hoje, tirar uma foto dele com o Papai Noel. Queria ter essa lembrança”, diz Damiana.


FONTE: Revista Crescer


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