Além de toda tecnologia disponível nos dias de hoje, e que são bem vindas, nada substitui as impressões sensório-motoras de um brinquedo que dê para pegar, que tenha temperatura, volume, peso, cores, que possa gerar movimento, que seja engraçado, que estimule a imaginação, que seja compartilhado e de quebra refine o uso das mãos!
Sim, o brinquedo popular tem de tudo isso e um pouco mais. Já repararam a quantidade de movimentos intrínsecos, a organização dos arcos das mãos, a maravilhosa dissociação de dedos, a força muscular e a manutenção voluntária de tônus?
Esteja onde estiver eu não vivo sem eles, mesmo com o meu iPad no lado. Moro em São Paulo, mas estes são diretamente de Recife, terra adorada. Faço questão de tê-los sempre naquela caixa mágica que tenho no consultório!
Com imaginação podemos fazer em terapia:
- trabalhar em duplas para fazer jogos de imitação. Tenha no mínimo, dois.
- desafio para controlar o movimento: descer a cabeça da burrica, deixar o “mané gostoso” de cabeça pra baixo. Por meio de imitação postural, comando verbal e imagem. A depender da idade da criança e nível do programa.
- ter o modelo no papel para trabalhar posição no espaço, relação espacial, posição de detalhes e recombinações.
- eles podem ser usados também em cenas de pequenas histórias de teatro.
Apesar de parecer fácil, para algumas crianças com Disfunção do Processamento Sensorial é um desafio reproduzir e criar estas brincadeiras, mas ao mesmo tempo, na minha prática tenho visto que eles se envolvem muito mais fácil talvez seja pelo fato que o brinquedo popular ainda tem a vantagem de ter uma simplicidade que beira uma doce inocência tão necessitada nos dias de hoje.
Vale sempre lembrar que o lúdico seja sempre o condutor do terapêutico.
Quem quer compartilhar mais ideias para utilizar esses brinquedos?
FONTE:
Ana Elizabeth Prado Terapeuta Ocupacional. São Paulo. aeoprado@uol.com.br http://terapiaocupacional-bethprado.blogspot.com.br
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