Técnicas de Guia Vidente são técnicas utilizadas com o deficiente visual para que o mesmo ande com máxima segurança, quando acompanhado por uma pessoa que enxerga. Por isso o termo Guia Vidente. Tais técnicas fazem parte da Orientação e Mobilidade, uma área da educação especial voltada para a Habilitação/Reabilitação de pessoas com deficiência visual.
Este artigo tem o propósito de divulgar essas técnicas existentes para o guia vidente com a finalidade de auxiliar e esclarecer algumas dúvidas. O objetivo destas orientações, é fazer com que o deficiente visual utilize o guia vidente com eficiência, segurança e de maneira adequada.
É também objetivo deste artigo, proporcionar tranquilidade ao guia vidente, que muitas vezes se sente inseguro ao conduzir um deficiente visual principalmente em algumas situações específicas.
É também objetivo deste artigo, proporcionar tranquilidade ao guia vidente, que muitas vezes se sente inseguro ao conduzir um deficiente visual principalmente em algumas situações específicas.
É preciso lembrar porém, que não há nada que substitua a solidariedade, a educação e o bom senso. Nós humanos, seres inteligentes, pensantes e intelectualizados, temos todas estas qualidades que nos diferenciam dos selvagens, que agem por instinto, então, façamos bom uso dessas qualidades no trato com o outro, enfim, sejamos todos Acessíveis.
A seguir, sete orientações que dão uma noção geral de como fazer essa condução para que ambos, deficiente visual e guia vidente possam andar tranquilamente em qualquer ambiente.
1. Posição básica
a) A pessoa com deficiência visual, deve segurar na altura do cotovelo do guia vidente, no pulso ou ombro, dependendo da diferença de altura entre ambos;
b) O braço do deficiente visual deve ficar flexionado a 90 graus e posicionado junto ao seu corpo, ficando posicionada ao lado e a meio passo atrás do guia vidente;
c) Essa posição garante ao deficiente visual interpretar as pistas dadas pelos movimentos do corpo do guia vidente, seja no início da caminhada, numa parada repentina, numa virada para a direita ou esquerda, subir ou descer escadas ou rampas;
d) O contato inicial pode ser dado por qualquer um dos dois desde que haja pistas verbais ou táteis;
e) Quando se for quebrar esse contato, deve-se deixar a pessoa com deficiência visual orientada no ambiente.
2. Troca de lado
a) O guia ou a pessoa com deficiência visual fornece uma pista verbal para que essa mudança de lado seja feita;
b) Com a mão livre, a pessoa segura o braço do guia posicionando-se a um passo e atrás dele;
b) Com a mão livre, a pessoa segura o braço do guia posicionando-se a um passo e atrás dele;
c) Em seguida, solta a mão e rastreia as costas do guia até encontrar o braço do outro lado;
d) Faz a troca de lado, retornando à posição básica.
3. Passagens estreitas
Essa posição possibilita a passagem por lugares onde haja pouco espaço para os dois passarem com segurança ou também onde haja grande fluxo de pessoas.
a) Neste caso, normalmente é o guia quem dá a pista verbal ou cinestésica (com o corpo) avisando sobre a passagem estreita, embora o deficiente visual também possa perceber a necessidade de tomar a posição de passagem estreita antes mesmo do guia avisá-lo;
a) Neste caso, normalmente é o guia quem dá a pista verbal ou cinestésica (com o corpo) avisando sobre a passagem estreita, embora o deficiente visual também possa perceber a necessidade de tomar a posição de passagem estreita antes mesmo do guia avisá-lo;
b) O guia coloca o braço onde o deficiente visual o segura para trás;
c) O deficiente visual estende seu braço e se coloca atrás do guia, formando uma coluna ou fila;
d) Ao final da passagem estreita, ambos voltam à posição básica;
e) Dependendo da situação, o deficiente visual deve ficar ao lado do guia formando fileira e andar de lado.
4. Subir e descer escadas
a) A posição adequada para subir e descer escadas, é a básica. Nessa posição, o deficiente visual sempre estará um passo atrás do guia. Isso facilitará a interpretação das pistas cinestésicas quando se sobe ou desce os degraus.
b) Ao iniciar a subida ou descida da escada, uma breve pausa em frente ao primeiro degrau, será suficiente para o seu acompanhante deslizar o pé e encontrar o degrau e se posicionar;
c) Uma breve pausa do guia também deve funcionar como uma pista no final das subidas e descidas dos lances de degraus que ficam ao final das escadas ou nos patamares;
d) Quando a escada tiver corrimão, o deficiente visual deve ter preferência no uso do mesmo.
5. Conduzindo a um assento
a) O guia conduz seu acompanhante até ficar bem próximo do assento, expondo verbalmente as características e posição do mesmo;
b) O acompanhante solta o braço do guia, tão logo faça o contato com o assento. Esse contato pode ser feito com a perna ou como o guia conduzindo a mão do deficiente visual até as costas da cadeira ou braço do mesmo;
c) Uma vez feito esse contato, o deficiente visual, deve fazer uma breve pesquisa do lugar evitando desagradáveis surpresas como uma assento molhado, por exemplo. Essa pesquisa deve ser feita sempre com as costas das mãos;
d) Para levantar-se, a pista pode ser cinestésica ou tátil.
6. Assentos perfilados
Esses assentos são encontrados geralmente em auditórios, cinemas, teatros, etc.
a) O guia para na fileira apropriada e dá uma indicação verbal para o deficiente visual;
b) O deficiente visual se alinha (em fileira) ao lado do guia e iniciam assim a entrada entre os assentos, andando de lado. O guia deve entrar na frente;
c) O deficiente visual deve usar a mão livre para rastrear o encosto das cadeiras da frente;
d) Ao chegar aos assentos desejados, o guia dá uma pista verbal. O deficiente visual usa a parte de trás de suas pernas para fazer o contato com o assento. Lembrando-se de sempre fazer um rastreamento com as costas das mãos, antes de se sentar;
e) Para sair, usam-se os mesmos procedimentos da entrada. Lembrando que também nesse momento, o guia deve ir à frente, afinal, é ele quem está guiando.
7. Passagens por portas
a) Ao aproximar-se de uma porta, o guia dá uma pista verbal ou cinestésica e o deficiente visual assume a posição de passagem estreita;
b) O guia empurra ou puxa a porta e o deficiente visual eleva o braço livre com a palma da mão para frente;
c) O deficiente visual toca a porta e localiza o trinco;
d) Guia e deficiente visual passam pela porta em posição de passagem estreita. O guia faz uma breve pausa e o deficiente visual fecha a porta;
e) Após a passagem, ambos retomam a posição básica.
8. Dica para o deficiente visual: Aceitando ou recusando ajuda
a) Ao sentir alguém segurar o seu braço com a intenção de conduzí-lo, a pessoa com deficiência visual deve relaxar o braço, levantando-o em direção ao ombro oposto e manter a sua posição sem andar;
b) Com a mão livre deve segurar o pulso do suposto guia enquanto verbaliza suas intenções;
c) Faz o desvencilhamento. Se for necessitar de ajuda, a pessoa segura o braço do guia com a mão livre e assume a posição básica para acompanhá-lo. Caso contrário, deve dispensar a ajuda tão logo se desvencilhie.
Uma ou outra dica das que estão neste artigo, não é usada da forma que aqui se apresentam, pois no dia a dia, elas não surtem um efeito prático, mas de modo geral, todas elas são muito úteis e simplificam muito as nossas vidas.
FONTE: http://www.movimentolivre.org/
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