Barão do Gravataí é uma rua de Porto Alegre. Até aí, nenhuma novidade. O que nem todo mundo sabe é quem foi o tal barão. O nome dele era João Batista da Silva Pereira e ele era luso-brasileiro. Chegou em Porto Alegre em 1823 e casou com uma moça chamada Maria Emília.
Nas margens do lago Guaíba, João Baptista montou um pequeno estaleiro - vale lembrar que o Guaíba vinha até onde hoje fica a Avenida Praia de Belas - e construiu desde pequenas embarcações até transatlânticos. Logo, dá para concluir que o João Baptista era um homem muito rico. Tão rico, que emprestou dinheiro para o Império combater os Farroupilhas durante a revolução de 1835.
Imagine Porto Alegre naquela época: um aglomerado de casebres onde hoje é o centro, um lago que volta e meia transbordava. Porém, João Baptista levantou ali onde hoje fica o Colégio Pão dos Pobres um imponente solar. Foi nesse solar que o Imperador Dom Pedro II hospedou-se quando veio a Porto Alegre. E, como consideração pelos serviços prestados ao Império, João Baptista ganhou do imperador o título de "Barão do Gravataí" em 29 de dezembro de 1852.
PORTO ALEGRE, 1850 |
Um ano depois, o barão que era dono de toda a região onde hoje fica a Cidade Baixa, morreu de forma misteriosa, vitimado por uma estranha hemorragia. No testamento do barão estão escravos e escravas que foram deixados para a sua viúva Maria Emília e seus filhos.
INVENTÁRIO DO BARÃO DO GRAVATAÍ |
Maria Emília, mais tarde viria a ser a Baronesa do Gravataí, mas isso, é uma outra história.
Cristiano Refosco
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