quarta-feira, 27 de junho de 2012

OS DOIS ESPORTES DE GIÁCOMO BRAGA

      No ano passado, quando fui convidado para integrar a equipe técnica que participou dos jogos paraolímpicos escolares em São Paulo, fiquei responsável por acompanhar o Giácomo Braga. Giácomo foi competir na natação e surpreendeu a todos pelos ótimos resultados que obteve.
      Abaixo, uma reportagem realizada sobre ele.





      Giácomo Braga, de 17 anos, é um atleta que se destaca em duas modalidades. Há mais de 10 anos faz natação e, há um ano, integra a equipe de basquete RS Paradesporto. Aos seis anos de idade, sofreu um acidente de bicicleta que causou uma lesão medular. Braga ficou paraplégico. Por conta da reabilitação e da fisioterapia, começou a nadar. O atleta se aperfeiçoou na natação. No último ano, conquistou três medalhas de ouro e uma de prata nas Paraolímpiadas Escolares.
      No basquete paraolímpico, as cadeiras de rodas são adaptadas e padronizadas e, a cada dois toques nelas, os jogadores devem quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões da quadra e a altura da cesta são as mesmas do basquete olímpico.
      Na natação paraolímpica, existem adaptações, principalmente quanto às saídas, viradas e chegadas. Alguns atletas, inclusive, podem requerer o auxílio da equipe de apoio na borda da piscina durante a competição para ajudar na sua entrada e retirada da água.
Braga foi apresentado ao basquete por Luiz Portinho, por quem tem grande admiração, tanto pelos seus desempenhos em quadra quanto por sua luta pela valorização dos deficientes físicos. Os dois são colegas de basquete e, quando perguntado, o atleta afirma com convicção que “ele é meu ídolo!”
      Como grande parte dos deficientes, Braga passa por constantes e corriqueiras situações que o constrange, mas que facilmente poderiam ser evitadas com a colaboração da população. “Quando vou andar de ônibus e as rampas têm de ser baixadas, para que eu possa entrar nele, as pessoas ficam insatisfeitas e reclamam por terem de esperar”, desabafa. O atleta almeja mais consciência das pessoas, além de um maior reconhecimento. Braga, que não tem patrocínio e alia os treinos no Ginásio Tesourinha aos estudos, busca se aperfeiçoar mais no esporte para, no futuro, participar de uma Paraolimpíada.

Fonte: Editorial J

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