sábado, 31 de dezembro de 2011

HÁ CEM ANOS ATRÁS...


          Março de 1912. Quase cem anos atrás. Num cortiço de Nova Iorque, uma costureira conta com a ajuda dos três filhos para costurar. O menino mais velho tem 12 anos. Os outros dois, sete e cinco anos, respectivamente. O mais velho, morrerá cinco anos depois, vitimado pela Gripe Espanhola e será sepultado como indigente. O menino do meio, vai sobreviver à peste espanhola, mas vai desaparecer no mundo sem deixar vestígios. Já o mais novo dos três, terá uma vida longa. Passará por catástrofes, por guerras e doenças. Casará e terá cinco filhos. Um belo dia, quando for bem velhinho e acidentalmente descobrir essa foto no fundo de uma gaveta, se perguntará qual o objetivo de ter sobrevivido... O porquê de não ter morrido de peste ou de não ter desaparecido no mundo.

          Lisboa, carnaval de 1912. Jovens brincam nas ruas. Todas essas pessoas não existem mais e hoje descansam em suas sepulturas. Porém, ficaram imortalizadas numa foto, todas presas nesse pequeno retrato, reunidas para sempre enquanto o sempre durar. O tempo delas passou. Muitos outros carnavais cruzaram as ruas de Lisboa depois disso.

          Emily aos 9 anos de idade. Abril de 1912. Em cinco dias, Emily acompanhará seus pais a uma viagem de navio. Não será um navio qualquer, mas sim o maior transatlântico já construído por mãos humanas. Porém, o transatlântico se chocará com um iceberg e Emily, assim como os seus pais, desaparecerá nas águas frias do oceano.
          
Moral da história:  Não sabemos o que virá... Não sabemos o que nos reservam os próximos 365 dias (ou 366, se bissexto for). O que dá pra saber, é que a vida passa... Os dias, um após o outro, vão se aglomerando e transformando-se em semanas, meses e semestres. O que dá pra saber é que, se fizermos o nosso melhor, se dermos o máximo de nossa energia em prol de construirmos um mundo mais justo, teremos feito a diferença e conseguido com que nossas vidas tenham valido a pena. Tudo isso sendo feliz, curtindo as pequenas coisas que norteiam nossas existências... Por isso, sinta o vento lambendo o seu rosto numa corrida ao final da tarde, eternize os 8 segundos de um orgasmo,  delicie-se sem culpa ao rir de algo que achou engraçado e, acima de tudo, acredite: viemos ao mundo para sermos felizes. Um fantástico 2012 a todos!

Cristiano Refosco e Centauro Alado

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

APARELHO CRIADO POR ESTUDANTES AJUDA DEFICIENTES VISUAIS

     
      Estudantes de engenharia de Minas Gerais criaram um aparelho que irá ajudar as pessoas com deficiência visual em uma tarefa importante do dia a dia. O projeto, feito a muitas mãos, nasceu de uma situação que envolvia risco de acidente.

      “Eu me deparei com um deficiente atravessando uma rua sem auxílio de ninguém, apenas com a audição”, lembra o estudante Guilherme Camelo.

      O grupo de estudantes de engenharia elétrica fez testes durante quatro meses até surgir o protótipo. Preso ao braço, ele produz três vibrações diferentes, cada uma sincronizada com uma cor do sinal de trânsito. O sistema foi inspirado em um controle de videogame.

      “Se o cara do videogame perceber que tem um perigo, a manete vibra. É o mesmo princípio que vamos usar para o deficiente visual”, explica o estudante Rafael Silveira.

      Para funcionar, na prática, o sistema precisa apenas da instalação de um chip no poste de semáforo. A partir daí, a comunicação é instantânea, e o radinho receptor passa a ser o guia de quem não tem o sentido da visão.

      A atleta Regina Dornelas diz que uma vantagem é não se confundir em locais barulhentos. “Na maioria das vezes, as pessoas é que não veem a gente. A gente sente a presença, mas na hora que vai pedir auxílio, a pessoa já foi e você fica ali. Então, isso daria uma independência muito grande para a gente”, conta.

      Segundo os inventores, o produto agora só depende de parcerias para chegar ao mercado. “Nossa ideia é que o custo fique entre R$ 50 e R$ 60”, avalia um dos estudantes.

Fonte:
http://vidamaislivre.com.br

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MERGULHO EM ÁGUAS RASAS


      No verão não tem jeito. A garotada procura qualquer “poça d’água” onde possa se refrescar e, na ânsia de aplacar o calor e se divertir, não avalia os perigos que o mar, piscina e lagoas podem oferecer. Por isso, todo cuidado é pouco em locais desconhecidos e reforçar essa orientação aos filhos é essencial.
      Nesta época do ano o índice de acidentes em águas rasas aumenta muito no Brasil. As causas são diversas, mas na maioria dos casos a pessoa “mergulha de cabeça” sem conhecer o local e a profundidade. Nos casos mais graves a vítima pode sofrer Traumatismo Raqui-Medular, um trauma na coluna que pode desligar totalmente as conexões de mensagens do cérebro para os membros, e a pessoa pode ficar paraplégica ou tetraplégica.
      Episódios como este acontecem com muita frequência. Segundo dados do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (Faculdade de Medicina da USP), o mergulho em água rasa é a 4ª causa de lesão medular no Brasil. E em época de verão, o acidente ocupa a segunda maior incidência do país. Os números preocupam especialistas porque a cada semana 10 pessoas ficam paraplégicas ou tetraplégicas ao bater a cabeça em mergulhos, incidência de 60,9% do total dos casos.
      Para Marcelo Perocco, neurocirurgião especializado em coluna os cuidados começam na prevenção de acidentes. “Antes de mergulhar em um local desconhecido é recomendável verificar a profundidade, se adaptar ao local e dar a primeiro o mergulho em pé. Caso aconteça o acidente é muito importante que o socorro seja feito o mais rápido possível, caso contrário as chances de a vítima ficar tetraplégica são ainda maiores, o socorro rápido pode evitar quadros mais graves”, alerta o especialista.
      A coluna cervical é um dos órgãos mais vulneráveis do corpo humano e quando sofre um grande impacto há grandes chances de todo o corpo ficar paralisado. “Esse tipo de acidente é mais comum do que se imagina, às vezes uma brincadeira de verão pode trazer sequelas para toda vida. Recentemente recebi o caso de um paciente que chegou ao hospital tetraplégico por ter bebido demais, numa brincadeira ele se jogou na piscina de casa de cabeça”. – conta o neurocirurgião.


Recomendações de socorro

      Nunca mergulhar de cabeça em um local onde não se conheça a profundidade;
      Ao socorrer uma vítima de mergulho em água rasa primeiro verifique se a pessoa está respirando;
      Imobilize com muito cuidado a cabeça/pescoço do acidentado, deixe-o com os braços para baixo e espere o socorro chegar;
      Os primeiros socorros devem ser realizados por uma pessoa que entenda da situação da vítima, ou então é mais seguro esperar o socorro chegar, é importante nunca levar a vítima para o hospital por meios próprios, se não for imobilizada de maneira correta o quadro do acidentado pode se agravar;
      O mais importante no socorro de uma vítima de acidente em água rasa é que ela seja socorrida o quanto antes, o tempo conta muito para que a vítima tenha mais chances de se recuperar.

Fonte: Bonde/ Ser Lesado, foto SBN

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SANTA CATARINA TERÁ O PRIMEIRO CENTRO DE TREINAMENTO PARA CÃES-GUIA DO GOVERNO


      O Instituto Federal Catarinense (IFC) assinou na tarde de terça-feira (20), no Campus do município de Camboriú, em Santa Catarina, o contrato da ordem de serviços para a construção e implantação do primeiro Centro de Instrutores e Treinadores de Cães-guia da América do Sul a ser mantido por um governo federal. As obras serão iniciadas na primeira quinzena de janeiro do próximo ano, e deverão ser concluídas em até 150 dias.

      Representando a
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), os secretários de Gestão, Gleisson Rubin, e da Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José, participaram da solenidade de assinatura do contrato, que servirá de exemplo para os próximos quatro Centros que serão implantados nas regiões Norte, Centro Oeste, Sudeste e Nordeste até 2014.

      "Esta formação que está sendo iniciada nos dará autonomia e a garantia de ir e vir. É um avanço que uniu muitos esforços, desde a equipe do IFC até o compromisso do Governo Federal, com a ministra da SDH/PR, Maria do Rosário. Estamos construindo um benefício para todas as pessoas, sobretudo para 45 milhões de pessoas que têm algum tipo de deficiência”, ressalta Antonio José.

      Ao mencionar o centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica em setembro de 2009, o secretário Gleisson Rubin, que assinou como testemunha o contrato que dá início às obras, destacou a importância desta nova fase na IFC, com a efetiva construção do Centro de Instrutores e Treinadores de Cães-Guia.

      “Estamos hoje plantando sementes, com o compromisso da qualidade. Participamos da cerimônia da Pedra Fundamental de um projeto que estará disseminado nas quatro regiões do País”, ressaltou o secretário de Gestão.

      A coordenadora do projeto, Márcia de Souza, explicou que no curso técnico de Treinadores será preciso formar, no mínimo, seis cães-guia com sucesso para concluir o curso. Já o curso técnico pós-médio, que forma instrutores, só será ofertado quando for iniciada a fase de união entre o cão-guia e o deficiente visual, sendo o instrutor a peça fundamental na etapa de formação da dupla.

      Segundo o reitor do IFC, Cláudio Koller, este é um momento histórico para a rede federal de ensino técnico, e para o país. “Daqui sairão experiências positivas para que o projeto cães-guia seja referência no modelo de acessibilidade a todos os cidadãos brasileiros. O importante é que a população de pessoas com deficiência visual tenha acesso aos animais”, destacou Koller.

      Também estiveram no evento o reitor eleito do IFC, Francisco Sobral; e o vice-prefeito de Camboriú, Milton Antônio da Silva.

Projeto de Santa Catarina.

      Investimentos - O investimento nesta primeira etapa do Centro de Instrutores e Treinadores de Cães-Guia será de R$ 3,1 milhões, incluindo infraestrutura e equipamento básico. A área construída será de 1.729 m², contendo 04 salas administrativas, alojamento com 10 dormitórios, canil com a capacidade de 45 cães, maternidade e clínica veterinária. A previsão é que as aulas no curso técnico de Treinadores de cães-guia iniciem no 2º semestre de 2012 com a oferta de 05 vagas. O curso, que terá duração de 1 ano, com 1400 hora/ aula, será gratuito.

Fonte:
http://www.direitoshumanos.gov.br

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

ROMÁRIO E RONALDO ANUNCIAM INGRESSOS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA COPA - 2014


      O Comitê Organizador Local da Copa-2014 (COL) anunciou nesta sexta-feira que as pessoas com deficiência física terão 500 ingressos gratuitos por jogo do principal campeonato de futebol do planeta. Os critérios de distribuição ainda não foram definidos, mas serão privilegiados os deficientes que tenham baixa renda.
    O anúncio foi feito em cerimônia, no Rio, pelo deputado federal Romário (PSB-RJ) e pelo ex-jogador Ronaldo, que é membro do conselho do comitê organizador.
    O deputado federal e ex-atacante Romário se emociona durante anúncio no Rio
    Ao todo, serão 32 mil ingressos, que serão garantidos dentro da cota que cabe à CBF e ao COL.
    A garantia de ingressos para os deficientes acontece uma semana depois de Romário ter feito o pedido, em reunião com o presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira, e Ronaldo.
   Romário, que se emocionou durante o anúncio, admitiu que ficou surpreso com a rapidez com que seu pleito foi atendido. Ele agradeceu a Ricardo Teixeira e Ronaldo, mas buscou ressaltar que vai continuar fiscalizando as ações relativas à organização da Copa.
    "Não mudo de lado, não mudo de bandeira. Vou continuar cobrando e fiscalizando. Ronaldo é meu amigo e sabe que eu tenho meu papel, e ele tem o dele", afirmou.
    Ronaldo aproveitou para alfinetar a Lei Geral da Copa, ao lembrar que o projeto que tramita no Congresso não inclui benefícios aos deficientes.
    "O deficiente físico é muito importante. Eles foram esquecidos na Lei Geral, mas nós não esquecemos", comentou Ronaldo.
    Em tom descontraído, Romário disse que a garantia de ingressos para os deficientes o proporcionou um dos dias mais felizes de sua vida. Ele admitiu que estranhou o início de sua carreira parlamentar, há 11 meses, mas que já se adaptou à função.
    "Quando sentei no Congresso, pensei: 'Que porra é essa que estou fazendo aqui?' Mas hoje estou amarradão", observou.
Fonte: Folha

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

SURDEZ INFLUENCIOU A MÚSICA DE BEETHOVEN, DIZ ESTUDO


      A surdez progressiva influenciou profundamente as composições de Beethoven, levando-o a escolher notas de frequência mais baixa conforme sua condição piorava, afirma um recente estudo.
      Beethoven mencionou pela primeira vez sua perda de audição em 1801, aos 30 anos, reclamando que estava com problemas para ouvir notas altas de instrumentos e vozes.
      Em 1812, as pessoas precisavam gritar para se fazer entender por ele e, em 1818, o músico começou a se comunicar através de anotações. Nos últimos anos antes de sua morte, em 1827, sua surdez, aparentemente, era total.
      Escrevendo para a última edição do British Medical Journal (BMJ), um trio de cientistas da Holanda examinou os quartetos de cordas de Beethoven.
      Eles agruparam esses trabalhos em quatro períodos, dos primeiros (1798-1800) ao último (1824-26).
      Os especialistas observaram a primeira parte de violino no primeiro movimento de cada quarteto, contando o número de notas acima de G6 (acorde de sexta, Sol, Si, Ré, Mi), que corresponde a 1,568 Hertz.
      O uso de notas mais altas decresceu conforme a surdez aumentou, eles descobriram.
      Para compensar, Beethoven usava mais as notas de frequências baixas e médias, que ele podia ouvir melhor quando a música era tocada.
      Mas nos últimos quartetos, escritos quando ele estava totalmente surdo, as notas mais altas voltaram a aparecer.

O estudo é de autoria de Edoardo Saccenti, Age Smilde e Wim Saris do Centro Metabolômico dos Países Baixos, em Leiden.

Fonte:

sábado, 24 de dezembro de 2011

ANOS 80 - PROPAGANDA DE NATAL

AS 14 MELHORES IMAGENS DO MUNDO

      O Concurso Fotográfico da National Geographic premia melhores imagens ao redor do mundo. As 14 fotos foram escolhidas entre as 20 mil enviadas por participantes de 130 países.

O brasileiro Felipe Carvalho ganhou uma menção honrosa na categoria lugares com a foto acima, que mostra uma batalha de pipas entre dois garotos no morro Santa Marta, no Rio de Janeiro.




A foto foi feita na Reserva Nacional Masai mana, no Quênia. Ela mostra um felino perseguindo um antílope e ganhou menção honrosa na categoria Natureza. Segundo o fotógrafo, seu efeito, as cores de fundo e os detalhes, reduzidos ao essencial, levam o observador para dentro da caçada sem distrações.





      A imagem mostra a dupla e rap G-Side, formada por Stephen 'ST 2 Lettaz' Harris e David 'Yung Clova' Williams, em Nova York, nos EUA. Eles dão uma entrevista por telefone. A fotógrafa, Helen Pearson, diz que queria capturar o caráter independente dos artistas, que usaram as tecnologias digitais para ganhar fãs.






 A foto de Lisa Clarke mostra os membros de uma família vestidos como zumbis em Brisbane, na Austrália. 'Todos os anos, no Dia das Bruxas, um grupo de pessoas se veste de zumbi e caminha pela cidade para arrecadar fundos para a Fundação do Cérebro da Austrália', diz Clarke.






O fotógrafo Angel Fitor, de Múrcia, na Espanha, registrou a água-viva Cotylorhiza tuberculata próxima à superfície do mar,' tentando capturar os primeiros raios de sol para fazer com que suas algas simbióticas produzam energia para ela', A imagem ganhou menção honrosa na categoria natureza.





Na foto de Izabelle Nordjfell, a família Fjellman, que mora em Arjeplog, no norte da Suécia, se prepara para caçar renas. No início de cada outono, eles matam um par destes animais para ter comida durante os meses mais frios do inverno. A foto foi vencedora na categoria Pessoas.




A imagem de Anuar Patjane, que também ganhou menção honrosa na categoria Lugares, mostra uma chuva torrencial de monção em Bhaktapur, no Nepal.






Quando fez esta foto, Marius Coetzee, participava de um safári fotográfico no Parque Nacional do Serengueti, na Tanzânia. 'Era meio-dia e encontramos um grupo de zebras que se aproximava de um poço d'água para matar a sede. De tempos em tempos, as zebras entravam no poço para beber, entravam em pânico e saiam em desespero', disse.




Uma vez a cada ano, os pescadores de Taipei, em Taiwan, realizam um ritual de pesca com enxofre e fogo. A prática é passada de geração para geração e foi fotografada por Hung-Hsiu Shih.




A foto 'Na zona verde', vencedora da categoria Lugares, foi tirada por George Tapan. Ela mostra um arco-íris sobre o mar das ilhas Onuc, nas Filipinas.



Esta imagem de uma libélula foi a vencedora do Grande Prêmio e da categoria Natureza do Concurso Fotográfico de 2011 da revista National Geographic. A foto foi feita nas Ilhas Riau, na Indonésia. 'Quando me preparei para fazer a foto dela, começou a chover. Decidi tirar a foto assim mesmo', disse o fotógrafo, Shikhei Goh.



A foto acima, feita em Hokkaido, no Japão, recebeu menção honrosa na categoria Natureza. Ela mostra um lago turístico da região durante o inverno. 'Esta imagem mostra o momento em que a primeira neve da estação começou a cair no lago, que deve sua cor azul às águas termais', disse Kent Shiraishi, autor da foto.




O fotógrafo James Vernacotola registrou o lançamento do ônibus espacial Endeavour STS-130 em Ponte Vedra, na Flórida, EUA. O rastro do foguete deixou um reflexo em um canal na cidade.


A imagem acima, 'Orgulho de Auburn', recebeu uma das menções honrosas na categoria Pessoas. Ela mostra jovens dirigindo na rua Auburn, em um subúrbio do oeste de Sydney, na Austrália. O bairro é o ponto de chegada para muitos imigrantes e refugiados que chegam ao país.



      


 FONTE: http://noticias.br.msn.com/

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

HOMEM COM DEFICIÊNCIA PRESO POR FURTO


      Um deficiente físico de 28 anos foi preso nesta terça-feira (20) no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, por furtar vários produtos de um supermercado localizado na Avenida Ari Paes de Barreto. O suspeito possui várias passagens pela polícia por roubo, furto e tráfico de drogas e já foi condenado por tentar assaltar um ônibus coletivo em 2006. Durante a tentativa, ele levou um tiro na coluna e ficou paraplégico.
      Conforme a Polícia Militar, entre os objetos estão um pacote de bombom, frascos de shampoo e condicionador, gel, chinelos, além de um jogo de lençol que havia sido furtado de uma outra loja. A polícia informou ainda que abordou o suspeito depois de receber denúncia de populares de que o cadeirante tinha acabado de sair do estabelecimento levando alguns produtos sem pagar.
      Quando a PM chegou ao local, ele ainda estava próximo ao supermercado e tentava fugir sem a ajuda de nenhum comparsa. Ele foi levado à Central de Flagrantes e deverá ficar detido por furto. Apesar de estar paraplégico há quatro anos depois de levar um tiro na coluna, o suspeito possui várias passagens pela polícia desde esse período.

Outros assaltos      Conforme consta na ação penal, antes de ser cadeirante, o suspeito entrou em um ônibus junto com um comparsa e exigiu dinheiro dos passageiros e da cobradora. Porém, ao desconfiar de um dos passageiros que mexeu os braços, o assaltante foi em direção ao passageiro e quando foi pular a catraca um policial civil efetuou um disparo contra ele.
      Ele foi condenado a mais de dois anos de prisão e, mesmo depois disso, continuou a cometer delitos. No mês de outubro deste ano, por exemplo, foi preso novamente suspeito de assaltar duas pessoas no bairro Areão, em Cuiabá. Conforme a polícia, o suspeito pegou a mochila de uma das vítimas, contendo roupas, cartões de planos de saúde, de transporte, óculos e outros itens pessoais.
      Na ocasião, o cadeirante foi levado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo presídio do Carumbé, na capital. No entanto, a 4ª Vara Criminal de Cuiabá expediu alvará de soltura em favor dele e impôs algumas condições, bem como não se ausentar do município sem autorização da Justiça; não se embriagar ou aparecer embriagado em público; não portar armas; não frequentar bares, casa de jogos, boates, entre outras obrigações.
      Em outra ocorrência, ele foi detido por cometer suposto furto de uma bermuda e uma camiseta em uma loja de um shopping. Depois de retirar os sensores das peças e deixar o local, uma funcionária do estabelecimento fez a denúncia aos seguranças do shopping que, sabendo as caraterísticas do suspeito, o conduziram até a delegacia.

Fonte: G1

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O QUE É INCLUSÃO?




Incluir

do Lat. includere
verbo transitivo direto
compreender, abranger;
conter em si, envolver, implicar;
inserir, intercalar, introduzir, fazer parte, figurar entre outros;
pertencer juntamente com outros


      No bom e velho "Aurélio" , o verbo incluir apresenta vários significados, todos eles com o sentido de algo ou alguém inserido entre outras coisas ou pessoas. Em nenhum momento essa definição pressupõe que o ser incluído precisa ser igual ou semelhante aos demais aos quais se agregou.
      Quando falamos de uma sociedade inclusiva, pensamos naquela que valoriza a diversidade humana e fortalece a aceitação das diferenças individuais. É dentro dela que aprendemos a conviver, contribuir e construir juntos um mundo de oportunidades reais (não obrigatoriamente iguais) para todos.
      Isso implica numa sociedade onde cada um é responsável pela qualidade de vida do outro, mesmo quando esse outro é muito diferente de nós.


Inclusão ou integração?

       Semanticamente incluir e integrar têm significados muito parecidos, o que faz com que muitas pessoas utilizem esses verbos indistintamente. No entanto, nos movimentos sociais inclusão e integração representam filosofias totalmente diferentes, ainda que tenham objetivos aparentemente iguais, ou seja, a inserção de pessoas com deficiência na sociedade.
      Os mal-entendidos sobre o tema começam justamente aí. As pessoas usam o termo inclusão quando, na verdade, estão pensando em integração.
      Quais são as principais diferenças entre inclusão e integração? O conteúdo das definições do quadro abaixo é de autoria de Claudia Werneck, extraído do primeiro volume do Manual do Mídia Legal:


Inclusão: a inserção é total e incondicional (crianças com deficiência não precisam "se preparar" para ir à escola regular);

Integração: a inserção é parcial e condicional (crianças "se preparam" emescolas ou classes especiais para estar em escolas ou classes regulares);


Inclusão: exige rupturas nos sistemas;

Integração: Pede concessões aos sistemas;



Inclusão: mudanças que beneficiam toda e qualquer pessoa (não se sabe quem "ganha" mais; TODAS ganham);
Integração: Mudanças visando prioritariamente a pessoas com deficiência (consolida a idéia de que elas "ganham" mais);

 
Inclusão: exige transformações profundas;
Integração: contenta-se com transformações superficiais;


Inclusão: sociedade se adapta para atender às necessidades das pessoas com deficiência e, com isso, se torna mais atenta às necessidades de TODOS;

Integração: pessoas com deficiência se adaptam às necessidades dos modelos que já existem na sociedade, que faz apenas ajustes;



Inclusão: defende o direito de TODAS as pessoas, com e sem deficiência;

Integração: Defende o direito de pessoas com deficiência;


Inclusão: traz para dentro dos sistemas os grupos de "excluídos" e, paralelamente, transforma esses sistemas para que se tornem de qualidade para TODOS;


Integração: Insere nos sistemas os grupos de "excluídos que provarem estar aptos" (sob este aspecto, as cotas podem ser questionadas como promotoras da inclusão);


Inclusão: o adjetivo inclusivo é usado quando se busca qualidade para TODAS as pessoas com e sem deficiência (escola inclusiva, trabalho inclusivo, lazer inclusivo etc);

Integração: O adjetivo integrador é usado quando se busca qualidade nas estruturas que atendem apenas as pessoas com deficiência consideradas aptas (escola integradora, empresa integradora etc);


Inclusão: valoriza a individualidade de pessoas com deficiência (pessoas com deficiência podem ou não ser bons funcionários; podem ou não ser carinhosos etc);

Integração: Como reflexo de um pensamento integrador podemos citar a tendência a tratar pessoas com deficiência como um bloco homogêneo (exemplos: surdos se concentram melhor; cegos são excelentes massagistas);



Inclusão: Não quer disfarçar as limitações, porque elas são reais;
Integração: Tende a disfarçar as limitações para aumentar a possibilidade de inserção;


Inclusão: Não se caracteriza apenas pela presença de pessoas com e sem deficiência em um mesmo ambiente

Integração: A presença de pessoas com e sem deficiência no mesmo ambiente tende a ser suficiente para o uso do adjetivo integrador;


      A escola e a inclusãoOs objetivos tradicionais na educação de pessoas com necessidades educativas específicas, ainda se orientam por conseguir alcançar comportamentos sociais controlados, quando deveriam ter como objetivo que essas pessoas adquirissem cultura suficiente para que pudessem conduzir sua própria vida. Ainda vivemos em um modelo assistencial e dependente quando a meta da inclusão é o modelo competencial e autônomo.
      O pensamento pedagógico dos profissionais, é que "as crianças com necessidades educativas específicas são os únicos responsáveis (culpados) por seus problemas de aprendizagem (às vezes esse sentimento se estende aos pais), mas raras vezes questionam o sistema escolar e a sociedade... o fracasso na aprendizagem deve-se às próprias crianças com deficiência e não ao sistema, pensa-se que são eles e não a escola quem tem que mudar."
      É um modelo baseado no déficit, que destaca mais o que a criança não sabe fazer do que aquilo que ela pode realmente fazer. Assim, esse modelo se centra na necessidade do especialista, e se busca um modo terapêutico de intervir, como se a resolução dos problemas da diversidade estivesse sujeita à formação de especialistas que se fazem profissionais da deficiência.
      Essa escola seletiva valoriza mais a capacidade dos que os processos; os agrupamentos homogêneos do que os heterogêneos; a competitividade do que a cooperação; o individualismo do que a aprendizagem solidária; os modelos fechados, rígidos e inflexíveis do que os projetos educativos abertos, compreensivos e transformadores; apóia-se em desenvolver habilidades e destrezas e não conteúdos culturais e vivenciais como instrumentos para adquirir e desenvolver estratégias que lhes permitam resolver os problemas da vida cotidiana.
      Essa postura é um problema ideológico, por que o que se esconde atrás dessa atitude é a não-aceitação da diversidade como valor humano e a perpetuação das diferenças entre os alunos, ressaltando que essas diferenças são insuperáveis.
      A escola inclusiva é aquela onde o modelo educativo subverte essa lógica e pretende, em primeiro lugar, estabelecer ligações cognitivas entre os alunos e o currículo, para que adquiram e desenvolvam estratégias que lhes permitam resolver problemas da vida cotidiana e que lhes preparem para aproveitar as oportunidades que a vida lhes ofereça. Às vezes, essas oportunidades lhes serão dadas mas, na maioria das vezes, terão que ser construídas e, nessa construção, as pessoas com deficiência têm que participar ativamente.
Esta incompreensão da cultura da diversidade implica em que os profissionais pensem que os processos de integração estavam destinados a melhorar a "educação especial" e não a educação em geral. Encontramo-nos em um momento de crise, por que os velhos parâmetros estão agonizando e os novos ainda não terminaram de emergir. Penso que a cultura da diversidade está colocando contra a parede o fim de uma época (o ocaso da modernidade?) educativa.
      A cultura da diversidade vai nos permitir construir uma escola de qualidade, uma didática de qualidade e profissionais de qualidade. Todos teremos de aprender a "ensinar a aprender". A cultura da diversidade é um processo de aprendizagem permanente, onde TODOS devemos aprender a compartilhar novos significados e novos comportamentos de relações entre as pessoas. A cultura da diversidade é uma nova maneira de educar que parte do respeito à diversidade como valor.

*Melero, Miguel Lopez - Diversidade e Cultura: uma escola sem exclusões. Universidade de Málaga. Espanha.2002

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

NOVE DOENÇAS RARAS QUE AFETAM O MUNDO


      São consideradas doenças raras aquelas que afetam um número limitado de indivíduos em relação à população em geral, menos de 1 em 2.000 pessoas. No entanto, a maioria destas doenças são ainda menos comuns, afetando 1 em cada 100.000 pessoas. Estima-se que hoje há entre 5.000 e 8.000 doenças raras diferentes, afetando entre 6% e 8% da população total. Confira 9 doenças raras:


1) Síndrome do X Frágil   é uma desordem genética rara, ele ocorre devido a um defeito no cromossomo herdado X. É a causa mais comum de atraso mental hereditário e o segundo após a síndrome de Down. Clinicamente, o indivíduo apresenta-se com retardo mental de grau variável, tendo leves dificuldades de aprendizagem, desatenção, hiperatividade, ansiedade e humor instável como o comportamento dos autistas.

2) Síndrome de Moebius  acontece quando dois grandes nervos cranianos não se desenvolvem totalmente. Esses nervos são capazes de controlar o movimento lateral dos olhos, e também as muitas expressões do rosto. A doença causa paralisia facial e falta de movimento dos olhos. A falta de expressão facial pode ser acompanhada por problemas na fala.


3) Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que causa a perda progressiva dos neurônios motores. A idade de início da doença varia bastante, mas o pico de incidência é entre 40 e 60 anos. Cerca de dois terços dos pacientes com esclerose lateral amiotrófica começam com fraqueza e perda de massa muscular dos membros.


4) Síndrome de Prader Willi   é uma doença rara que acontece no desenvolvimento embrionário. Foi descrita pela primeira vez em 1887 por Langdon Down. É caracterizada por obesidade, hipotonia (diminuição muscular anormal), retardo mental e hipogenitalismo (desenvolvimento na área genital). 

5) Schönlein-Henoch  é uma doença caracterizada pela inflamação dos capilares, isto é, pequenos vasos sanguíneos. Ela geralmente afeta os vasos capilares da pele, intestino e rins. O sangue pode escapar dos vasos sanguíneos da pele produzindo uma mancha violeta meio avermelhado ou roxo escuro. 


6) A síndrome de Hutchinson-Gilford Progeria é caracterizada por um envelhecimento extremamente prematuro depois do nascimento. As principais características clínicas e radiológicas incluem pele fina, ausência de gordura e rigidez articular. Inteligência não é afetada. A morte prematura é causada por arteriosclerose ou doença cerebrovascular.

  
7) A síndrome de Marfan é uma doença hereditária do tecido conjuntivo que afeta principalmente o esqueleto, os pulmões, olhos, coração e vasos sanguíneos. É caracterizada pela altura acima da média. Pode ser acompanhada por miopia aguda e geralmente afeta as artérias e do coração.


Síndrome de Marfan


8) Insensibilidade congênita à dor é uma  doença genética que afeta o sistema nervoso autônomo, que é o que controla a pressão arterial, freqüência cardíaca, sudorese, nervoso e sistema sensorial da capacidade de sentir dor e temperatura. Os pacientes que sofrem dessa síndrome rara, reagem de forma anormal quando recebem estímulos dolorosos. Como resultado, correm maior risco de lesão (trauma, fraturas, luxações, queimaduras ) e geralmente morrem mais cedo. 

9) Síndrome de Gilles de la Tourette,   também chamado de "doença de tiques" é uma doença rara do sistema nervoso. Tourette é caracterizada por movimentos rápidos, consistentes, repetitivos e involuntários de um grupo de músculos esqueléticos relacionados funcionalmente. As pessoas que sofrem dessa doença são incapazes de realizar a produção não-intencional de ruídos como grunhidos, a aspiração de ar através do nariz, tosse e as palavras.


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FÉRIAS: DICAS PARA UMA VIAGEM ACESSÍVEL


      O verão se aproxima e, com ele, a grande temporada de férias para os brasileiros. Inclusive para as 45 milhões de pessoas que disseram, em 2010, ao IBGE, que possuem algum tipo de deficiência. Anualmente, a quantidade de pessoas com deficiência que faz turismo cresce, assim como aumenta o nível de exigência quanto à acessibilidade e à qualidade dos serviços prestados pelos locais visitados.
      O Brasil ainda deve muito na questão da infraestrutura dedicada a este público, mas algumas iniciativas têm procurado reverter e indicar o (longo) caminho que deve ser seguido. No Brasil, um dos exemplos mais representativos de acessibilidade é a cidade de Socorro, no interior paulista. De 2006 a 2008, o projeto “Socorro Acessível”, aplicou, no município, R$ 1,73 milhão em obras de infraestrutura turística, cursos de qualificação profissional para o atendimento a turistas com deficiências físicas e/ou motoras, além de promover adaptações em passeios, equipamentos e edificações públicas, de acordo com a norma brasileira de acessibilidade nº 9050/2004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
      O projeto Socorro Acessível, iniciado em 2006, é uma parceria entre o Ministério do Turismo, a prefeitura local, a Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape), a Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e o Instituto Casa Brasil de Cultura (ICBC).
      Hoje, a cidade pode ser considerada modelo no desenvolvimento do turismo acessível, e serve de exemplo a inúmeras cidades brasileiras e também a outros países. “Diversas cidades, mais de 50, já vieram conhecer o nosso projeto. Já nos visitaram, também, empresários de outros países, como Chile, Costa Rica, Austrália e Estados Unidos. Além disso, em 2011, representantes da Secretaria Especial da Copa 2014 e Rio 2016 fizeram uma visita para conhecer o que temos de acessibilidade nos meios de hospedagem, restaurantes e atrativos turísticos”, explica Carlos Tavares, diretor do Departamento de Turismo e Cultura da Prefeitura de Socorro. Outro ponto importante é que o município também foi convidado para dar uma palestra sobre atividades de aventura adaptadas durante o Congresso Internacional de Acessibilidade, que aconteceu entre os dias 01 e 02 de março de 2011, em Moçambique, na África.
      Segundo o diretor, a primeira fase do projeto já foi implantada, e a cidade está começando a entrar na segunda. Até o momento, Socorro já recebeu adaptação em logradouros públicos, hotéis, restaurantes, bares, lanchonetes, lojas e parques e, agora, quer ampliar esta rede. “A próxima etapa é adaptar o museu, construir lombafaixas na cidade, instalar elevador no mirante do Cristo e implantar sinalização de informação para deficientes visuais na rua principal da cidade”, conta Carlos Tavares.

Outras iniciativas
      Outras iniciativas também se espalham pelo país, como é o caso do Hotel Villa BellaSite externo., em Gramado (RS). Desde quando foi construído, em 1989, a ideia era atender a todos os públicos. Para isso, ele foi planejado para ter elevadores e rampas de acesso a todos os setores, e já contava com dois apartamentos adaptados para pessoas com deficiência. “Hoje, 10% de nossos quartos são adaptados e temos acessibilidade total em todas as áreas sociais, incluindo cadeira de elevação na piscina. Possuímos, também, diversos equipamentos que são necessários para tornar a hospedagem mais acessível, como cadeiras de rodas extras, cadeira de banho, Koller (telefone para deficientes auditivos), cardápios em Braille, etc.”, explica Marciano Ramos, recepcionista do Hotel Villa Bella.
      No entanto, ter a sua arquitetura favorável e possuir equipamentos não torna um local totalmente acessível. Marciano ressalta que os colaboradores do hotel são capacitados para receber e ajudar as pessoas com deficiência no que for necessário, como por exemplo, auxiliar um cadeirante a sair de uma cadeira, facilitar o descolamento de deficientes visuais e utilizar Libras. “Com isso, recebemos o Certificado de Total Acessibilidade do Instituto Pestalozzi”, acrescenta.

Ecoturismo e Turismo de Aventura
      Esse é um nicho do mercado de turismo que também está crescendo. Interesse que cresce também entre as pessoas com deficiência. No entanto, para esse público, além de turismo e lazer, essa modalidade representa muito mais que isso. Pode significar uma experiência transformadora na vida dessas pessoas no sentido de aumentar a satisfação, possibilitar aumento da autoestima e, principalmente, trazer o sentimento de superação.

O Hotel Fazenda Parque dos Sonhos, localizado em Socorro (SP), é um dos pioneiros em acessibilidade. Além de ter suas instalações adaptadas para as necessidades das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, possui diversas atividades aventureiras adaptadas a esse público. Por exemplo, tirolesa, boia-cross, rapel, caminhada, canoagem, cavalgada, trilha ecológica e rafting podem ser feitos com as devidas adaptações e com segurança.
      Segundo o Manual de Boas Práticas de Acessibilidade em Ecoturismo e Turismo de Aventura, elaborado pela ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura) e Ministério do Turismo, muitas destas atividades não requerem adaptações tecnicamente complexas para atender às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. No entanto, exigem conhecimentos específicos, principalmente quando se tratam de adaptações de equipamentos de segurança, cujo projeto geralmente não havia sido pensado para este público.
      Para Jefferson Maia, pedagogo, artista plástico, esportista e especialista em atividades de pesca, mergulho e praia, uma boa iniciativa nessa área começa com entender as principais limitações das pessoas que pretendem participar das atividades – aliás, recomendação que vale para qualquer público. Além disso, recomenda: “O local deve dispor de embarcações condizentes e embarque/desembarque facilitados, as popas devem ser rebaixadas para retorno do mergulho e banheiros acessíveis. Para a prática da pesca e atividades na praia, basicamente, são necessários esteiras de acesso na areia, rampas, locais próximos com banheiros adaptados, condução urbana acessível e estacionamento próximo, além de calçamento adequado do costado de pesca (se for o caso)”.
      Para os empresários interessados em tornar suas atividades mais acessíveis, o manual da ABETA recomenda que sejam observados alguns critérios: o primeiro deles é procurar informações com o Ministério do Turismo, que possui orientações sobre quais atividades podem e como podem ser adaptadas. A segunda recomendação é contratar pessoal especializado e de apoio técnico e mercadológico, pois qualquer tipo de amadorismo nesse processo de adaptação pode colocar em risco ou agravar as condições da deficiência que a pessoa já tenha. É fundamental também que toda a infraestrutura do local seja adaptada conforme determina a legislação em vigor.

Cruzeiros
      Outra excelente opção para quem procura descansar nas férias é curtir alguns dias em alto mar, nos chamados cruzeiros. Grande parte dos navios já são projetados levando em conta a acessibilidade. Os navios da MSC Cruzeiros são bons exemplos e seguem as disposições do US Americans with Disabilities Act, um decreto estadunidense que contém um conjunto detalhado de normas sobre acessibilidade nas áreas públicas.
      Na maioria dos navios da empresa, o piso é plano e, onde não foi possível a adaptação, foram instaladas rampas de acesso. A largura das portas e os corredores foram projetados para atender aos cadeirantes. Ao todo, a frota MSC conta com 174 cabines especiais, que possuem interruptores de luz, cartões-chave, controles de ar condicionado e cofres privativos na devida altura. Nos navios da classe Fantasia, até os cabideiros foram posicionados de forma adequada. Os banheiros são especialmente adaptados e equipados com assentos mais baixos (45 cm de altura), com uma barra de apoio junto ao sanitário e duas no box do chuveiro, um lavatório baixo (85 cm de altura) e, em alguns casos, lavatórios sem coluna. Todos os navios estão equipados com cadeiras de rodas, muletas e bengalas.
      Em quase todos os navios, os quadros e placas de avisos dos elevadores, áreas públicas, cabines e corredores estão escritos em Braille. Além disso, também existe sistema de áudio que indica os andares. Para os deficientes auditivos, os navios contam com kits de socorro com aparelhos auditivos. Por meio de luzes e vibrações, esses hóspedes são avisados quando o alarme do relógio e a campainha da porta soam, ou até em casos de alarme de incêndio ou de evacuação. São disponibilizados, também, amplificadores individuais sem fio para serem utilizados em áreas públicas, além de um sistema digital nos teatros e painéis de indução magnética na recepção, balcão de informações e no escritório de excursões terrestres de cada navio.
      A MSC Cruzeiros recomenda aos interessados em realizar reservas que comuniquem à empresa a respeito de sua deficiência. Assim, ao embarcarem, a tripulação será informada e uma Equipe de Apoio aos Deficientes será designada para prestar assistência sempre que necessário. O hóspede também poderá solicitar assistência no embarque e desembarque ou para check-in e check-out prioritário.

Fonte: http://www.deficienteciente.com.br/ e http://vidamaislivre.com.br/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A ORIGEM DO NATAL: JESUS CRISTO NÃO NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO

     
      O Natal é juntamente com a Páscoa, a festa mais importante do cristianismo. As duas datas celebram, respectivamente o nascimento e a morte de Cristo. Quanto à morte de Cristo, não paira nenhuma dúvida, visto que foi julgado e crucificado nas comemorações da Páscoa judaica por volta do ano 27 ou 33 d.C.. O mesmo não acontece com a data do nascimento, pois não há nenhuma referência ao dia nos quatro evangelhos que registraram a vida de Cristo.
      Sem registro de uma data de nascimento, o aniversário de Cristo, comemorada pela maioria das igrejas cristãs no dia 25 de dezembro, é uma usurpação da data de nascimento de Mitra, o deus touro persa, deus solar, cultuado na Roma antiga como “Sol Vencedor”.
      As comemorações das Saturnálias (festas em honra ao deus romano Saturno), que culminavam com a comemoração do nascimento de Mitra, após o solstício de inverno no hemisfério norte, eram as festas pagãs mais tradicionais de Roma. Mesmo depois da cristianização do poderoso império, as tradições pagãs não se renderam à nova religião, o que levou a igreja primitiva cristã a transformar as festas nas comemorações do nascimento de Jesus Cristo, estabelecendo assim, o dia 25 de dezembro como a data natalícia oficial.
      Originário das festas pagãs, o Natal, poderosa e importante festa do mundo cristão, nada mais é do que a adaptação da festa de um deus proscrito e esquecido, o misterioso deus solar Mitra, senhor do sol em um mundo incondicionalmente pagão.
      Para explicar a data de nascimento de Cristo, é preciso que se procure pistas no nos evangelhos cristãos. Dos quatro evangelhos, apenas o de Lucas faz uma breve referência sobre a possível época do ano que Cristo nasceu:
      “E ela deu à luz o seu filho, o primogênito, e o enfaixou e deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles no alojamento.
Havia também no mesmo país pastores vivendo ao ar livre e mantendo de noite vigílias sobre os seus rebanhos.
(Lucas 2:7-9)
      Considerando este registro, anula-se totalmente a possibilidade do nascimento ter acontecido em dezembro. Se os pastores ainda estavam nos campos, cuidando dos rebanhos, é sinal de que a data era na primavera ou no verão. O mês judaico que corresponde a novembro e a dezembro é o de Kislev, sendo um mês frio e chuvoso, o que impossibilita que se encontre pastores nos campos, à noite e ao ar livre. O mês seguinte Tevet (correspondente aos meses de dezembro e de janeiro do calendário Gregoriano), é quando ocorrem as temperaturas mais frias do ano, com nevadas ocasionais, o que impossibilitava aos antigos ficar nos campos ao ar livre, principalmente no período noturno.
      Diante de estudos mais específicos, mediante ao relato de Lucas, aos fatos de que evidenciavam a presença dos pastores ainda nos campos durante a noite, aos arredores do local onde Maria dera à luz, conclui-se que, 25 de dezembro, pleno inverno, não pode ser a data do nascimento de Cristo, que se teria dado na primavera ou no verão. Considerando-se que Cristo viveu 33 anos e meio, morrendo entre 22 de março e 25 de abril, esta data torna-se definitivamente impossível de ser a do seu nascimento.
      A história do Natal começa sete mil anos antes do nascimento de Cristo, sendo tão antiga quanto às próprias civilizações. A festa tinha como motivo a celebração do solstício de inverno no hemisfério norte. No dia do solstício, tem-se a noite mais longa de todo o ano, a partir dessa madrugada de dezembro, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. Para as civilizações antigas, o solstício de inverno era o momento do renascimento do sol, marcando a vitória gradual da luz sobre as trevas. Os dias mais longos significavam a volta das farturas aos campos, culminando com as boas colheitas.
      Na Mesopotâmia, as comemorações da volta dos dias longos a partir do solstício de inverno, eram celebradas durante doze dias. O mesmo solstício relembrava no Egito antigo, a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Nas ilhas Britânicas, as festas do solstício aconteciam em volta do monumento de Stonehenge, que marcava a trajetória do sol ao longo do ano. Na Grécia o solstício marcava o culto a Dioniso, deus do vinho e da embriaguez. Na Pérsia o solstício marcava o nascimento de Mitra, deus sol e do renascimento, representado sempre ao lado de um touro.
      No século IV a.C., o culto ao deus Mitra chega à Europa. Muitos séculos depois, os soldados romanos viraram ardorosos adoradores do deus, levando a divindade para Roma, estendendo a sua veneração a todo o império. Os romanos festejavam a data de nascimento de Mitra no dia 25 de dezembro, data do solstício de inverno no antigo calendário Romano (no calendário atual a data que se dá o solstício é no dia 20 ou 21, conforme o ano).
      Com o tempo, Mitra tornou-se um dos deuses mais venerado de Roma. Na data do seu nascimento, 25 de dezembro, os romanos comemoravam o nascimento do menino Mitra, o invicto, deus que trazia o alvorecer de um novo sol. Na data os sacerdotes faziam sacrifícios ao deus, a população entrava em festa, as famílias trocavam presentes dias antes, grandes comilanças e orgias aconteciam durante as comemorações do nascimento de Mitra. O culto ao deus que trazia a luz ao mundo é o que dá origem ao Natal cristão.
      Outra grande festa pagã realizada na Roma antiga em dezembro, era a Saturnália, que homenageava ao deus Saturno, tendo a duração de uma semana. Tornando-se a festa mais sagrada da Roma antiga, Mitra ganharia a celebração exclusiva do Festival do Sol Invicto, fechando oficialmente a Saturnália.
      Quando Constantino converteu o império romano ao cristianismo, não conseguiu acabar com as tradições pagãs, principalmente as festas em homenagem a Mitra, tão populares e entranhadas nas tradições dos romanos. Com a ausência de uma data específica que apontasse o nascimento de Cristo, o dia 25 de dezembro foi adotado para que coincidisse com as festividades do nascimento do deus sol invicto. Assim, a igreja cristianizou a mais importante das festividades pagãs, transformando-a em um ícone do mundo cristão.
      Registros do almanaque romano apontam o Natal cristão celebrado em Roma já no ano de 336 d.C.. Como o Império Romano era imenso, na sua parte oriental, comemorava-se em 7 de janeiro o nascimento de Cristo, ocasião tida como a do seu batismo. Já no século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar oficialmente o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para a Epifania (manifestação), comemorando-se nesse dia a visita dos magos. Usurpava-se, assim, a data do nascimento do deus persa Mitra, transformando-a na festa mais importante do mundo cristão, ao lado da Páscoa.


FONTE: http://jeocaz.wordpress.com/