23h15
da noite, Zaffari da Cidade Baixa bombando. Na fila de atendimento prioritário,
cinco pessoas aguardam, sendo que nenhuma delas é idosa, com deficiência ou
gestante. Eis que chega um cadeirante na
fila e fica atrás das pessoas. Todo
mundo faz de conta que não vê o cadeirante, até que um senhor vai ao rapaz que
aguarda para ser atendido no caixa preferencial e pede que ele gentilmente ceda o seu lugar ao
homem com deficiência. O rapaz se nega. Alega que está na fila há 40 minutos e
que não vai sair. Chega o gerente do supermecado e pede que o rapaz deixe o
cadeirante passar. O rapaz novamente se nega e diz que ninguém vai passar na
sua frente. O gerente então manda abrir
outro caixa preferencial para que o cadeirante possa ser atendido e fecha o
caixa onde o dito rapaz aguarda indignado, agora ligando provavelmente para o seu advogado. Fez papel de trouxa. Primeiro,
porque não tinha razão. Caixa prioritário é para quem tem prioridade. Quando um
sujeito opta por entrar no caixa prioritário, deve ter me mente que, a qualquer
momento um idoso, pessoa com deficiência, gestante ou pessoa com bebê de colo
poderá passar na sua frente. Segundo, porque isso é lei (Lei Federal No
10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000). Felizmente, o gerente do Zaffari não se
deixou intimidar pela indignação e marra do rapaz e fez a coisa certa. Gente
que não respeita o direito dos outros e que ainda se acha com razão tem mais é
que pagar mico na fila mesmo. Vergonha alheia.
Cristiano Refosco
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