sexta-feira, 29 de março de 2013

EDUCAÇÃO APROVA CUIDADOR NAS ESCOLAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA


     

        A Comissão de Educação aprovou nodia 20/03 proposta que torna obrigatória a presença de cuidador em escolas regulares para acompanhar alunos com deficiência, quando necessário. A medida está prevista no  Projeto de Lei 8014/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que recebeu parecer favorável do relator, deputado Alex Canziani (PTB-PR).
      O relator considerou “absolutamente necessária” a presença de um cuidador para garantir a inclusão e a aprendizagem de alguns alunos. “O papel do cuidador é oferecer o acompanhamento individualizado, de forma a viabilizar a mobilidade no ambiente escolar, o atendimento de necessidades pessoais e a realização de outras tarefas que não podem ser prestadas pelo professor”, afirmou Canziani.
      O projeto acrescenta um parágrafo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB – Lei 9.394/96). De acordo a legislação atual, o ensino especial para alunos com deficiência deve ser oferecido preferencialmente na rede regular de ensino, sendo que a própria LDB já prevê a prestação de serviços de apoio especializado nesses estabelecimentos quando necessário.
      Eduardo Barbosa, no entanto, quer deixar explícito na lei a obrigatoriedade da presença de cuidadores.

Tramitação
      A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O texto já havia sido aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Daniella Cronemberger

Fonte: Agência Câmara Notícias

quinta-feira, 28 de março de 2013

SUGESTÃO DE LIVRO - A GUERRA DOS TRONOS

     

      A Guerra dos Tronos é o primeiro livro da série de fantasia épica As Crônicas de Gelo e Fogo, escrita pelo norte-americano George R. R. Martin. Lançado originalmente em 6 de agosto de 1996, o livro venceu o Prêmio Locus de 1997 e o Prêmio Nebula de 1998.
      No Brasil, a obra foi publicada pela editora LeYa em setembro de 2010 com o título A Guerra dos Tronos. Por sua extensão, em Portugal foi dividida em dois volumes, lançados em 2007 sob os títulos A Guerra dos Tronos e A Muralha de Gelo.
      Narrado em terceira pessoa, sob o ponto de vista de alguns dos principais personagens, o livro conta a saga de várias famílias que disputam o trono de ferro, entre elas, os Stark, os Lannister e os Targaryen.

Título Nacional: A Guerra dos Tronos
Ano de Lançamento: 2010
Número de Páginas: 592 páginas
Editora: Leya
Tradutor: Sem Informação

Título Original: A Game of Thrones
Ano de Lançamento: 1996 (UK)
Número de Páginas: 672 páginas (UK)
Editora: Bantam Books (UK)

Sinopse: Em ‘A Guerra dos Tronos’, o primeiro livro da série ‘As Crônicas de Gelo e Fogo’, George R. R. Martin traz uma história de lordes e damas, soldados e mercenários, assassinos e bastardos, que se juntam em um tempo de presságios malignos. Cada um esforçando-se para ganhar este conflito mortal – a guerra dos tronos. Mistérios, intrigas, romances e aventuras ilustram as páginas deste livro.

quarta-feira, 27 de março de 2013

EVOLUÇÃO DO PINÓQUIO DAS MULETINHAS






      Segue a evolução do "Pinóquio das Muletinhas", o boneco de madeira que cai todas as vezes que mente, pois suas muletas mudam de tamanho...








terça-feira, 26 de março de 2013

MÁQUINA DO TEMPO - 241 ANOS DE PORTO ALEGRE



Primeiro carro em Porto Alegre



Santa Casa e arredores - década de 1850







Acidente entre ônibus e lambreta - Av. Osvaldo Aranha, 1968



Av. Redenção (atual João Pessoa)





Morro Santa Tereza, 1960


segunda-feira, 25 de março de 2013

"MUSEU SENSORIAL" DE SÃO PAULO VAI CONTAR HISTÓRIA E COTIDIANO DOS CEGOS



      Na próxima segunda-feira, o circuito cultural de São Paulo ganhará um centro de memória que vai contar a história, as curiosidades e o modo de vida das pessoas com deficiência visual no Brasil e no mundo.
      A proposta é oferecer uma viagem sensorial. Os visitantes poderão sentir aromas, ouvir, tocar e também ver o material exposto no local.
      Instalado na Fundação Dorina Nowill, que promove atividades e produções voltadas aos cegos, o centro teve investimento de R$ 500 mil.
      O local, na zona sul, guarda desde as primeiras tentativas tecnológicas para dar um instrumento de leitura aos cegos até um busto de Louis Braille --inventor do método usado até hoje.
      "O centro nasceu da certeza de que o legado deixado por Dorina de Gouvêa Nowill [1919-2010] deveria ser preservado. E a melhor forma de garantir isso é preservar a história de luta das pessoas com deficiência visual", afirma Adermir Ramos da Silva Filho, diretor-presidente voluntário da fundação.
      O passeio, que é gratuito, pode ser feito com uma venda e dispõe de recursos auditivos que narram o material.
      Um dos destaques é a caneta pentop. Quando ela toca em um ponto das obras, inicia-se a descrição do objeto, em detalhes.
      "Como tudo pode ser tocado, as pessoas terão uma experiência sensorial inédita", diz a curadora Viviane Sarraf.
      Um grupo de deficientes visuais auxilia o público em alguns pontos do passeio.

CENTRO DE MEMÓRIA DORINA NOWILL
QUANDO de seg. a sex., das 8h às 18h; a partir de 11/3
ONDE rua Diogo de Faria, 558, Vila Clementino (zona sul)
QUANTO grátis
AGENDAMENTO centrodememoria@fundacaodorina.org.br e 0/xx/11/ 5087-0955

sábado, 23 de março de 2013

PREVENÇÃO DA DEFICIÊNCIA NA GESTAÇÃO



      O comportamento preventivo deve ter início no momento em que a mulher decidir ter filhos porque os riscos de má formação do feto geralmente ocorrem durante as primeiras semanas da gestação. E o melhor momento para o casal conhecer as suas condições de saúde para gerar uma criança, com certeza, é antes da própria gravidez.
      O primeiro passo, portanto, é buscar acompanhamento médico. Através de uma série de exames, é possível eliminar alguns riscos de problemas com o bebê.
      Além das causas hereditárias, que são alterações genéticas ou cromossômicas – como a Síndrome de Down, por exemplo – algumas deficiências podem ser provocadas por problemas de saúde da futura gestante.
      Diversos exames nos ajudam a prevenir grande parte desses riscos. Entre esses exames, os principais são:
  • Hemograma (sangue)
  • Glicemia
  • Reação Sorológica para Sífilis
  • HIV (AIDS)
  • Tipagem Sangüínea
  • Urina
  • Toxoplasmose
  • Hepatite
  • Fezes
      Os exames permitem constatações importantes. Por exemplo, a rubéola adquirida durante o primeiro trimestre de gravidez pode provocar má formação fetal, abortamento, deficiência visual e auditiva, microcefalia e deficiência mental. Assim, como a sífilis e a toxoplasmose.
      Durante a gestação, o médico que acompanha a gestante pode se utilizar de outros exames disponíveis, como a ultra – sonografia e exames de sangue. 
      O objetivo agora é elaborar um histórico da saúde do próprio bebê. Esses exames orientam o médico sobre o tempo de vida, crescimento e desenvolvimento, tamanho, posição e conforto fetal.
As gestantes portadoras de outras doenças como, por exemplo; hipertensão arterial crônica, diabetes, anemias ou tipo sangüíneo com RH negativo, também podem ter o desenvolvimento do bebê comprometido. Isso não impede que o bebê nasça sadio. Apenas indica que sua fase de vida intra-uterina deve ter um constante acompanhamento médico.

Gravidez de risco

      O histórico da gestante pode indicar uma gravidez de risco se, por exemplo, houver casos de deficiência na família, gravidez anterior problemática, a idade avançada ou precoce da mãe. Nestes casos, o casal deve procurar, antes da gravidez, um serviço de genética médica para estudo cromossômico e para conhecer as probabilidades de possíveis anomalias no feto.
      Os casos de gravidez de risco exigem práticas preventivas específicas tanto no período pré-concepcional como no pré-natal. Uma avaliação que deverá contar sempre com apoio de profissional especializado.
      Atualmente alguns exames ajudam a detectar a ocorrência de alterações no desenvolvimento fetal. Dentre eles, citamos o do vilo corial, a amniocentese, a cordocentese, a ecocardiografia fetal e o doppler. São exames que permitem ao médico diagnosticar se o bebê é portador de Síndrome de Down, anomalias cromossômicas, doenças infecciosas, problemas cardíacos ou alterações da circulação sangüínea.
      Além das causas genéticas, a deficiência pode ser provocada por traumatismos, tentativas de aborto, exposição aos raios X, radioterapia e uso de medicamentos.
      Mais uma vez, você pode perceber o quanto é importante o acompanhamento médico nessa fase pré-natal, bem como seguir as orientações recomendadas.
      O uso de medicamentos, mesmo que aparentemente inofensivos, como a vitamina C, pode causar má – formação no feto, se ingeridos em altas doses, assim como a exposição ao raio X, só indicada quando estritamente necessária, ainda assim, protegendo a barriga da gestante com avental de chumbo.
      As práticas preventivas não terminam por aí. Depois do pré-natal, acompanhar o parto e as condições gerais do recém-nascido também são fundamentais.



Prevenção Perinatal

      Após o nascimento, as condições cardíacas, respiratórias, musculares e dos reflexos do recém-nascido precisam ser avaliadas. É mais ou menos assim: cada um desses itens recebe uma nota em três diferentes momentos: no primeiro, segundo e quinto minuto de vida.
      A esse conjunto de avaliações, chamamos de Apgar do recém-nascido, ou seja, uma nota que indica as condições gerais de saúde do bebê. Essa informação será de grande importância para o pediatra durante o desenvolvimento da criança.
      Ainda na maternidade, o recém-nascido deve fazer o teste do pezinho pelo qual é possível detectar a existência de duas doenças congênitas: o hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria, que é uma alteração no metabolismo. Essas duas doenças não causam nenhum problema se diagnosticadas e tratadas precocemente. Portanto, do ponto de vista preventivo, o teste do pezinho é um recurso que jamais poderá ser dispensado.
      O teste do pezinho, um documento com a nota Apgar e orientações sobre o calendário de vacinação são direitos de todos os recém-nascidos.

 
Pós-Natal e Primeira Idade

      Durante os primeiros anos de vida, a criança também está sujeita a adquir algum tipo de deficiência. Doenças como meningite, sarampo, além de traumatismos, ingestão de alimentos contaminados, intoxicação por medicamentos, produtos de limpeza, acidentes com soda cáustica, instrumentos cortantes, fogo, são as causas mais freqüentes das deficiências nesta fase da vida da criança. Além disso, desnutrição, problemas metabólicos e maus tratos na primeira infância também podem causar deficiência.  
      Como prevenção, recomenda-se levar a criança mensalmente ao pediatra, pelo menos no primeiro ano de vida; seguir a tabela de vacinação, priorizar o aleitamento materno e utilizar medicamentos somente com orientação médica.  
      A prática preventiva é importante em todos os períodos. Basta lembrar que 30 a 40% dos casos de deficiências podem ser evitados com essas medidas. A prevenção é, sem dúvida, um compromisso muito importante que cada um de nós deve ter na questão das deficiências.  
      Converse com seu médico. Informe-se cada vez mais sobre esse tema.
      A informação e o conhecimento podem garantir melhor qualidade de vida às nossas crianças.  

Fonte:  Secretaria de Estado da Saúde – SP

sexta-feira, 22 de março de 2013

EVOLUÇÃO DO JOÃO SEM BRAÇOS




      Aí está a evolução do personagem "João sem braços", desde os seus primeiros traços até a versão definitiva:








quinta-feira, 21 de março de 2013

BAILARINA COM SÍNDROME DE DOWN


      Na ponta dos pés, a bailarina Aline Fávaro acaba de cruzar a linha dos 30 anos e, ao som de música clássica, soprou as velas do 31º aniversário.
      Até uma década atrás, esta era a faixa-etária máxima da expectativa de vida dada às pessoas com síndrome de Down. Hoje, os dados oficiais indicam limite de idade entre 60 e 70 anos, o que impõe novos desafios no atendimento e no acolhimento desta população.
      Vestindo tutu, com cabelos presos em coque e maquiagem nos olhos verdes e levemente puxadinhos, Aline já mostrou em palcos brasileiros e internacionais (Espanha, São Paulo, Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro são alguns exemplos) a receita de saúde que, segundo o geneticista Zan Mustacchi – um dos maiores pesquisadores da área – foi a mais determinante para ampliar a vida dos 300 mil brasileiros que convivem hoje com a alteração no cromossomo 21, a origem genética da síndrome.
      “Óbvio que os avanços da medicina, em especial na área cardíaca, influenciaram no aumento da sobrevivência. Mas a grande revolução foi trazida pela oportunidade conquistada por eles de mostrar os talentos artísticos e outras formas de inserção social” define Mustacchi, que trabalha com as crianças Down há 35 anos e é chefe do Departamento de Genética do Hospital Infantil Darcy Vargas, em São Paulo.
      “Não paira mais nenhuma dúvida de que as pessoas com a síndrome são capazes, e mais: devem, ter rotinas produtivas, familiares, amorosas. Isso agrega qualidade de vida, um aspecto fundamental para a boa saúde”, afirma o médico.
      Aline dança desde os 8 anos e evoluiu nas coreografias – hoje feitas em sapatilha de ponta como primeira bailarina especial do grupo de dançarinos ‘comuns’ – ao mesmo tempo em que foi alfabetizada.

      Os pais, João e Eleide Fávaro, ambos com 67 anos, só conheceram o que era síndrome de Down após o nascimento da primeira filha.
      “Nunca tinha ouvido falar antes e confesso que fiquei perdido no início”, lembra João.
      “Mas assim que tomei conhecimento do que era esta condição procurei estimular a Aline de todas as formas possíveis. O meu objetivo era que ela nunca perdesse a vontade de correr atrás dos sonhos. Eu sempre fui fã de música sertaneja, mas a minha menina ficou encantada pela melodia clássica. Começou a dançar imitando a Xuxa e virou bailarina profissional. Até na Espanha já foi aplaudida por uma plateia toda em pé.”
      Enquanto leva a filha três vezes por semana às aulas de balé clássico, João não descuida dos check-ups feitos por Aline. De acordo com o especialista do Hospital Darcy Vargas, metade das pessoas que nascem com Down apresenta problemas cardíacos. Deste grupo de cardiopatas, 50% precisam de alguma intervenção cirúrgica.
      “Neste ponto, estão os principais avanços médicos para os pacientes. Hoje, contamos com aparato tecnológico para fazer as operações no momento oportuno, que são os primeiros meses de vida”, explica Zan Mustacchi.
      “Há dez anos, não tínhamos este artíficio. Perdíamos o timming ideal da cirurgia e, por conviverem com os malefícios de um coração malformado, as pessoas com Down tinham uma sobrevida muito mais diminuta.”
      A bailarina Aline não nasceu com nenhuma complicação cardíaca, mas por garantia, tem os batimentos do coração acompanhados anualmente. Apesar da saúde de ferro e do fôlego de sobra para as piruetas, a alteração genética faz com que ela – assim como todos os outros com a síndrome – tenha estrutura metabólica mais lenta. Isso favorece o ganho de peso e, de quebra, os outros problemas que acompanham a obesidade, como colesterol em descontrole e diabetes .
      Por isso, desde sempre, a família Fávaro não descuidou da alimentação. Aline, enxuta aos 31 anos, diz que sempre teve “boca boa” para saladas, legumes e grelhados.
      Para Sandra Cristina Fonseca Pires, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e especializada em Down, além do acompanhamento nutricional desde os primeiros dias de vida, também é importante o acesso à fonoaudiologia.
      “Em alguns casos, a estrutura e a elaboração da fala podem ficar comprometidas”, explica.
      “Os exercícios fonoaudiológicos são importantes para a comunicação como um todo. Para algumas pessoas com Down, nem sempre é possível ter a fala sem comprometimento. A fono ajuda a elaborar todas as formas de linguagem, inclusive a corporal, mecanismos importantes para a comunicação”, diz ela, ressaltando que mesmo quando não há fala, não significa que não há compreensão do que é dito.

      Sandra avalia que uma comunicação bem trabalhada contribui para as pessoas com Down desfrutarem plenamente da expectativa de vida conquistada. Para ela, viver mais foi um ganho e impôs novos desafios aos médicos que cuidam da área.
      “Apesar do déficit cognitivo – em maior ou menor grau – que existe na síndrome de Down, o maior avanço que tivemos foi ter descoberto que eles são muito mais capazes do que acreditávamos no início”, diz a especialista.
      “O maior desafio é continuar apostando neles. Por isso, também é preciso criar estruturas de atendimentos para acolher o adulto com a síndrome e compreender todos os aspectos que envolvem o envelhecimento desta população. O adulto com síndrome é muito novo para gente”.
      Aline já decidiu: quer envelhecer dançando. Ficou toda feliz que seu colega de teatro, Ariel Goldenberg, 31 anos, arrasou como um dos protagonistas de Colegas . Mas ela é tímida demais para investir na carreira de atriz.
      “Prefiro falar com a ponta dos pés”, diz.

quarta-feira, 20 de março de 2013

EVOLUÇÃO DA CHAPEUZINHO DA CADEIRINHA DE RODAS VERMELHA





      Aí está a evolução das ilustrações da Chapeuzinho da cadeirinha de rodas vermelha.
      A primeira ilustração abaixo foi o esboço que apresentei para o Leandro Selister em 2010 e que deu origem a coleção "Era uma vez um conto de fadas inclusivo".



terça-feira, 19 de março de 2013

COM ALTA, CLÁUDIA RODRIGUES QUER VOLTAR À TV



      Cláudia Rodrigues, 41, está cada vez mais querendo voltar a atuar na televisão. Mas, por conta da esclerose múltipla com que convive há 13 anos, ainda encontra certa resistência, de acordo com a coluna "Retratos da Vida", do jornal "Extra", desta segunda-feira (18).

      Contratada da Globo, a atriz vive Ofélia, no "Zorra Total", mas mal aparece na atração. De acordo com a publicação, alguns de seus quadros estão gravados e a emissora decide usá-los esporadicamente.

      Com alta médica desde 2012, Cláudia conversou com a publicação e descartou os boatos de que não consegue decorar os textos. "Todo mundo acha que a Cláudia está na m... Não estou, não. Tenho um laudo de alta médica", disse ela, afirmando que está ensaiando uma peça para maio. "Minha peça vai provar para todo mundo que estou bem. Por isso estou quieta".

      Durante o bate-papo, a atriz disse que fica chateada pelas frequentes perguntas sobre sua saúde: "Isso me irrita um pouco. As pessoas têm que entender que estou boa". Inclusive, por conta disso, ela evite sair na rua.

      A doença que acomete Cláudia não tem cura, o que a obriga a fazer revisões periódicas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A esclerose é caracterizada por uma reação inflamatória, no cérebro, danificando as conexões nervosas entre os neurônios.
 

A MAIS NOVA PROFESSORA DE YOGA DO MUNDO





      O Yoga existe há milhares de anos e seus benefícios para a saúde são inquestionáveis – então sua popularidade é crescente. Tanto que Shruti Pandey, uma menina de seis anos, virou instrutora de Yoga há dois anos atrás.
      Seu irmão, Harsh Kumar, também aprendeu todas as 84 posições de Yoga aos cinco anos, se tornando uma inspiração para Shruti. Mas ele nunca se interessou em ser um professor.


      Hari Chetan, de 67 anos, que foi a professora de Shruti, diz que não apenas sua flexibilidade é impressionante (pois várias crianças dessa idade têm uma grande flexibilidade), mas seu talento e determinação. Ela atende cerca de 30 alunos por vez, todos adultos, em aulas que começam às 5h30 da manhã.
      Segundo alunos de Shruti, a melhor coisa sobre ela é que ela compreende que há posições que os mais velhos não conseguem acompanhar e sempre oferece alternativas.


segunda-feira, 18 de março de 2013

BRINQUEDOS POPULARES: PÉROLAS PARA A COORDENAÇÃO MOTORA FINA


     
      Além de toda tecnologia disponível nos dias de hoje, e que são bem vindas, nada substitui as impressões sensório-motoras de um brinquedo que dê para pegar, que tenha temperatura, volume, peso, cores, que possa gerar movimento, que seja engraçado, que estimule a imaginação, que seja compartilhado e de quebra refine o uso das mãos!
      Sim, o brinquedo popular tem de tudo isso e um pouco mais. Já repararam a quantidade de movimentos intrínsecos, a organização dos arcos das mãos, a maravilhosa dissociação de dedos, a força muscular e a manutenção voluntária de tônus?
      Esteja onde estiver eu não vivo sem eles, mesmo com o meu iPad no lado. Moro em São Paulo, mas estes são diretamente de Recife, terra adorada. Faço questão de tê-los sempre naquela caixa mágica que tenho no consultório!

      Com imaginação podemos fazer em terapia:

- trabalhar em duplas para fazer jogos de imitação. Tenha no mínimo, dois.

- desafio para controlar o movimento: descer a cabeça da burrica, deixar o “mané gostoso” de cabeça pra baixo. Por meio de imitação postural, comando verbal e imagem. A depender da idade da criança e nível do programa.

- ter o modelo no papel para trabalhar posição no espaço, relação espacial, posição de detalhes e recombinações.

- eles podem ser usados também em cenas de pequenas histórias de teatro.

     
      Apesar de parecer fácil, para algumas crianças com Disfunção do Processamento Sensorial é um desafio reproduzir e criar estas brincadeiras, mas ao mesmo tempo, na minha prática tenho visto que eles se envolvem muito mais fácil talvez seja pelo fato que o brinquedo popular ainda tem a vantagem de ter uma simplicidade que beira uma doce inocência tão necessitada nos dias de hoje.
      Vale sempre lembrar que o lúdico seja sempre o condutor do terapêutico.
      Quem quer compartilhar mais ideias para utilizar esses brinquedos?

FONTE:
Ana Elizabeth Prado
Terapeuta Ocupacional.
São Paulo.
aeoprado@uol.com.br
http://terapiaocupacional-bethprado.blogspot.com.br

domingo, 17 de março de 2013

DISLEXIA


      As dificuldades de aprendizagem podem caracterizar sintomas de dislexia. Esse distúrbio prejudica, principalmente, a capacidade de ler e escrever, a decodificação de símbolos, a linguagem e a memória.
      De acordo com a dra. Ana Luiza Navas, diretora do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, um dos sinais mais aparentes em crianças é a dificuldade no processo de alfabetização. A presença de muitos erros na escrita pode acometer indivíduos mais velhos, algo que não é comum para essa idade. “O professor pode identificar esses sinais. Porém, é necessário um conhecimento mais profundo para realizar o diagnóstico correto, pois nem todas as pessoas que apresentam esses sintomas são disléxicas”, diz.
      Para constatar o distúrbio - que é hereditário - é preciso submeter a pessoa à avaliação de uma equipe multiprofissional, na qual o fonoaudiólogo está inserido como um importante profissional. “A dislexia é uma alteração neurofuncional, em que o cérebro tem dificuldade de processar algumas informações, principalmente da linguagem. Há uma falha na percepção e produção de estímulos, fator recorrente em membros da mesma família”, aponta a especialista.
      Em geral, os disléxicos têm uma vida normal, porém com algumas dificuldades para ler e escrever. Segundo Luiza, o trabalho do fonoaudiólogo é essencial para que essas pessoas lidem da melhor maneira possível com as demandas da vida. “A terapia precoce proporciona resultados bastante efetivos, ela opera como um tratamento com base em estimulação de aspectos de linguagem. Depois de adulto, o individuo precisa de ajuda no mercado de trabalho, como orientações para conseguir se ajustar em seu emprego”, comentou.
      A diretora explica que o diagnóstico no Brasil ainda precisa ser aprimorado, pois muitas pessoas apresentam o distúrbio, mas não sabem. “Não temos um panorama de quantos disléxicos existem no país. Alguns chegam à idade adulta e nunca descobrem”, finaliza.

sábado, 16 de março de 2013

VAGAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO TRABALHO



     

      A Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, prevê cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Dispõe referida lei que as empresas que têm de 100 a 200 empregados devem reservar, obrigatoriamente, 2% de suas vagas para pessoas com deficiência, que pode ser visual, auditiva, física ou intelectual. Para as empresas que têm de 201 a 500 empregados, a cota reservada às pessoas com deficiência é de 3%. Para as que têm de 501 a mil empregados, de 4%.
E para as que têm mais de mil, de 5%.
      A definição do que vem a ser deficiência visual, física, auditiva e mental pode ser encontrada no Decreto 5.296, de 02 de dezembro de 2004, nos seguintes termos:
(i) Deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

ii) Deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

(iii) Deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz.

(iv) Deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades sociais; utilização dos recursos da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas; lazer; e trabalho. Pessoas com visão monocular, surdez em um ouvido, com deficiência mental leve, ou deficiência física que não implique impossibilidade de execução normal das atividades do corpo, não são beneficiados pela Lei 8.213/91.
      Importante ressaltar que deverá constar no contrato de trabalho, expressamente, que a contratação do deficiente é pelo sistema de cotas, de acordo com o artigo 93 da Lei 8213/91, Lei 10.098/2000 e Decreto 3298/99. Também deve haver atestado médico que corrobore a deficiência, apresentado junto com o Atestado Médico de Saúde Ocupacional, bem como da Audiometria no caso do deficiente auditivo e do exame oftalmológico quando for deficiente visual, devendo ser mantido junto ao prontuário do empregado para efeito de constatação em eventual fiscalização.
      A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante.
      Isso significa que, para que a dispensa de um empregado portador de deficiência ocorra de forma regular, antes de efetuar a demissão é necessário que a empresa contrate outro deficiente em seu lugar, sob pena de incorrer no risco de o deficiente dispensado pleitear em juízo a sua reintegração no empregado. Além de indenização referente à remuneração mensal recebida, pelo período de afastamento em que não houve a contratação de outro empregado em condições semelhantes.
      Não é pacífico o entendimento sobre se o novo empregado deverá ou não ocupar o mesmo cargo que o empregado anteriormente demitido. Uns entendem que o simples ato de contratar outro deficiente e manter o número mínimo da reserva legal já é por si só suficiente para atender os requisitos legais. Outros acreditam que o novo deficiente deve ocupar o mesmo cargo que o anteriormente demitido. Há uma tendência jurisprudencial predominante para o primeiro entendimento.

por Milena Pires Angelini Fonseca

sexta-feira, 15 de março de 2013

EXORCISMO FORA DA FICÇÃO


      A palavra exorcismo deriva da palavra grega “exousia” que significa juramento. Conforme o estudioso religioso James R. Lewis explica em seu livro “Satanism Today: An Encyclopedia of Religion, Folklore, and Popular Culture” (em português, algo como “Satanismo Hoje: Uma Enciclopédia de Religião, Folclore e Cultura Popular”), “exorcizar, portanto, significa algo ao longo das linhas de colocar o espírito possuído sob juramento – invocando uma autoridade superior para compelir o espírito – em vez de verdadeiramente ‘expulsá-lo’”. Isso fica claro quando a entidade demoníaca é ordenada a deixar a pessoa não pela autoridade de um sacerdote, mas, por exemplo, “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
      Enquanto muitos podem pensar que exorcismos reais são relíquias da Idade das Trevas, isso não é verdade: não só eles continuam a ser realizados, muitas vezes em pessoas que são apenas emocionalmente e mentalmente perturbadas, como podem ter finais trágicos.
      Exorcismos são feitos em pessoas de fé religiosa forte. A medida em que exorcismos “funcionam” pode refletir o poder da sugestão e da psicologia: se você acredita que está possuído (e que um exorcismo irá curá-lo), então talvez “funcione”.
      O Vaticano emitiu orientações oficiais sobre o exorcismo pela primeira vez em 1614, e as revisou em 1999. De acordo com a Conferência dos Bispos dos EUA, sinais de possessão demoníaca incluem força sobre-humana, aversão à água benta e capacidade de falar em línguas desconhecidas. Outros potenciais sinais de possessão demoníaca incluem cuspir, xingar e “masturbação excessiva”.
      Além de um punhado de exorcistas sancionados do Vaticano, existem centenas de autointitulados exorcistas em todo o mundo.
      Depois de assistir a 50 exorcismos durante a pesquisa para o seu livro, Michael Cuneo afirma que nunca viu nada de sobrenatural ou inexplicável: nenhuma levitação, ou cabeças girando, ou marcas de arranhões demoníacos que aparecem de repente no rosto de alguém – mas viu muitas pessoas emocionalmente perturbadas em ambos os lados do ritual.
      Se os submetidos a exorcismo estão verdadeiramente possuídos por espíritos ou demônios não vem ao caso; o problema é que a crença na realidade literal da eficácia do exorcismo pode ter consequências ruins, mortais até.
      Em 2003, um menino autista de 8 anos de Milwaukee, Wisconsin (EUA), foi morto durante um exorcismo por membros da igreja que culparam um demônio pela sua deficiência. Em 2005, uma jovem freira na Romênia morreu nas mãos de um sacerdote durante um exorcismo depois de ser ligada a uma cruz, amordaçada e privada de comida ou água por dias em um esforço para expulsar os demônios.
      No dia de Natal de 2010 em Londres, na Inglaterra, um garoto de 14 anos chamado Kristy Bamu foi espancado e morreu afogado por parentes que tentavam exorcizar um espírito maligno do menino.
      O próprio filme famoso “O Exorcismo de Emily Rose” trata de um desses casos tristes. Esse roteiro, sim, é baseado em uma história de horror real: a de uma garota com problemas mentais que foi morta por padres exorcistas.
      A alemã Anneliese Michel experimentou graves distúrbios psiquiátricos a partir dos 16 anos de idade até sua morte, aos 23 anos, sendo que seu quadro clínico era composto desde desnutrição secundária à doença mental.
      Depois de vários anos de tratamento psiquiátrico sem resultado, ela recusou tratamento médico e solicitou um exorcismo. As graves consequências atribuídas ao ritual de exorcismo sobre a jovem motivaram a abertura de um processo criminal pelos promotores de justiça locais contra os pais de Anneliese e os padres exorcistas, causando uma grande polêmica em toda a Europa. Tanto os padres quanto os pais de Michel foram condenados por homicídio negligente por terem renunciado ao tratamento médico por meio do exorcismo.

quinta-feira, 14 de março de 2013

PEQUENA LISTA DE FAMOSOS COM ASPERGER

Leonardo da Vinci (pintor, matemático, escultor, arquiteto, físico, escritor, engenheiro, poeta, cientista, botânico e músico do Renascimento italiano. É considerado um dos maiores génios da história da Humanidade)
Michelangelo (foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto renascentista italiano)
Ludwig van Beethoven (compositor erudito alemão, do período de transição entre o Classicismo e o Romantismo É considerado um dos pilares da música ocidental)
Wolfgang Amadeus Mozart (compositor austríaco e executante da música erudita do Período Clássico)
Isaac Newton (cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo)
Jane Auste(foi uma escritora inglesa proeminente, considerada por alguns como a segunda figura mais importante da literatura inglesa depois de Shakespeare)
Emily Dickinson (poetisa americana)
Vincent Willem van Gogh (pintor pós-impressionista holandês)
Albert Einstein (foi um físico alemão radicado nos Estados Unidos mais conhecido por desenvolver a teoria da relatividade. Ganhou o Prémio Nobel da Física de 1921)
Alfred Hitchcock (cineasta britânico/norte-americano, considerado o mestre dos filmes de suspense)
Al Gore (político americano)
Bill Gates (fundador da Microsoft, a maior e mais conhecida empresa de software do mundo)
Bobby Fischer (famoso xadrezista originalmente norte-americano, naturalizado islandês e ex-campeão mundial de xadrez)
Stanley Kubrick (um dos cineastas mais importantes do século XX, responsável por uma obra polémica, mas que gozou de uma excelente recepção crítica.    
Keanu Reeves (ator)
FONTE:http://autismovivenciasautisticas.blogspot.com.br/

quarta-feira, 13 de março de 2013

EXORCISMO NA FICÇÃO





      Hollywood, é claro, não perde tempo em capitalizar sobre a contínua fascinação do público com o exorcismo e a possessão demoníaca, patrocinando filmes muitas vezes taxados de “baseados em uma história verdadeira”.
      Existem inúmeros filmes com o tema do exorcismo, como o “O Exorcismo de Emily Rose”, “Filha do Mal” e “O Ritual”. A maior influência cultural do gênero vem do clássico “O Exorcista”. Nas semanas após o filme ter sido lançado, em 1974, um centro católico em Boston (EUA) recebeu pedidos diários para exorcismos.
      Tal roteiro foi escrito por William Peter Blatty, adaptado de seu best-seller de 1971 de mesmo nome. Blatty afirmou que a inspiração para o filme foi um artigo do jornal Washington Post que ele leu em 1949, sobre um menino de Maryland (EUA) que tinha sido exorcizado. Blatty acreditava (ou dizia acreditar) que era um relato preciso, embora mais tarde pesquisas tenham revelado que a história havia sido sensacionalizada e estava longe de ser credível.
      Michael Cuneo, em seu livro “American Exorcism: Expelling Demons in the Land of Plenty”, (em português, algo como “Exorcismo Americano: Expulsando Demônios na Terra da Abundância”), credita Blatty e o “O Exorcista” a grande parte do interesse moderno no exorcismo.
      Quanto a sua precisão histórica, porém, Cuneo caracteriza o trabalho de Blatty como uma enorme estrutura de fantasia que repousa sobre o alicerce frágil do diário de um padre. Realmente houve um menino que sofreu um exorcismo, mas praticamente todos os detalhes sensacionais que aparecem no livro e no filme foram exagerados ou literalmente inventados.

terça-feira, 12 de março de 2013

"COLEGAS" É FÁBULA SOBRE O PODER DE ACREDITAR EM SONHOS



por Carol Nogueira

      Três jovens com síndrome de Down decidem fugir da instituição em que moram para viver os seus grandes sonhos. É este o mote do filme Colegas, que venceu o Festival de Gramado no ano passado, quando bateu o badalado O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, e estreia nesta sexta-feira em circuito comercial. Dirigido por Marcelo Galvão, o longa veio da vontade do diretor de inspirar outras pessoas a acreditarem em seus sonhos, assim como um tio seu, que também tinha síndrome de Down, o inspirou.
      "Eu cresci com esse meu tio e ele era muito engraçado. Tinha um coração gigantesco, uma energia muito boa", diz Galvão. Segundo ele, a ideia era fazer um filme que mostrasse a síndrome de Down de forma leve. "Da forma como eu me sentia quando estava do lado dele", conta o diretor. O tio, chamado Marcio, deu nome a um dos três personagens do filme, interpretado por Breno Viola. Os outros dois são Stalone e Aninha, interpretados por Ariel Goldenberg e Rita Pokk, que são casados na vida real há 10 anos.
      Na história, após roubarem o carro do jardineiro da instituição (Lima Duarte, que é também o narrador do longa), os três fogem para realizar cada um o seu desejo. O de Stalone é ver o mar, o de Aninha, se casar, e o de Marcio, voar. Para arranjar dinheiro e comer, eles assaltam lojas de conveniência que encontram pelo caminho usando armas de brinquedo e fantasias – o que faz com que comecem a ser considerados criminosos perigosos pela imprensa.
      Na hora do assalto, cada um deles fala uma frase conhecida de roubos do cinema – o filme é cheio de citações e referências a outros filmes, a começar pela abertura, um apanhado de cenas conhecidas do cinema. A fuga do trio, por exemplo, é inspirada no filme Thelma & Louise (1991), de Ridley Scott, no qual duas mulheres saem sem destino pelas estradas dos Estados Unidos.
      O cinema, paixão do trio no filme, é também a paixão de Goldenberg na vida real. Paixão que, aliás, se tornou nacionalmente conhecida quando ele virou protagonista de uma campanha no YouTube para trazer para a estreia do filme no Brasil o seu ídolo, o ator americano Sean Penn, de quem virou fã após assistir ao filme Uma Lição de Amor, sobre um deficiente mental que luta pela guarda da filha. O vídeo já contabiliza 1,3 milhão de acessos no YouTube, e o recado chegou até Sean Penn. Apesar de o ator não ter mandado nenhuma resposta oficial, Galvão ainda espera conseguir levar Goldenberg até os Estados Unidos para conhecer o ídolo.
      Longo processo – Desde que o diretor decidiu fazer o filme até o seu lançamento, lá se vão mais de sete anos. Galvão conta que a parte mais difícil foi conseguir captar recursos – rodado inteiramente na estrada e em dois países (Brasil e Argentina), o longa tem orçamento estimado em 6 milhões de reais. "Muita gente me disse que eu estava louco de fazer um filme com três jovens com síndrome de Down como protagonistas. Falavam que ninguém ia querer assistir", afirma o diretor. Quando foi chamado para participar do projeto, Goldenberg ficou tão animado que conseguiu arrecadar, com colegas de trabalho, cerca de 300 mil reais para o projeto. "Ele me ligava todos os dias para saber se o filme ia acontecer", conta Galvão.
      Mas encontrar os intérpretes certos não foi fácil. Galvão diz ter testado mais de 300 atores até chegar aos protagonistas. "Eles se saíram melhor do que os atores que não eram 'Down', diz o diretor. "O mais difícil foi conseguir a atenção deles. O Ariel é bom em decorar, mas se distrai muito facilmente, tem problemas de dicção. Já a Rita tem problemas em decorar as falas, mas é boa nas cenas de emoção. Cada um deles tem qualidades", diz Galvão.
      Agora, o diretor quer que o filme incentive as pessoas a ver a síndrome de Down de outra maneira. "Essa seria a nossa maior vitória", diz.


FONTE: REVISTA VEJA