As dificuldades de aprendizagem podem caracterizar sintomas de dislexia. Esse distúrbio prejudica, principalmente, a capacidade de ler e escrever, a decodificação de símbolos, a linguagem e a memória.
De acordo com a dra. Ana Luiza Navas, diretora do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, um dos sinais mais aparentes em crianças é a dificuldade no processo de alfabetização. A presença de muitos erros na escrita pode acometer indivíduos mais velhos, algo que não é comum para essa idade. “O professor pode identificar esses sinais. Porém, é necessário um conhecimento mais profundo para realizar o diagnóstico correto, pois nem todas as pessoas que apresentam esses sintomas são disléxicas”, diz.
Para constatar o distúrbio - que é hereditário - é preciso submeter a pessoa à avaliação de uma equipe multiprofissional, na qual o fonoaudiólogo está inserido como um importante profissional. “A dislexia é uma alteração neurofuncional, em que o cérebro tem dificuldade de processar algumas informações, principalmente da linguagem. Há uma falha na percepção e produção de estímulos, fator recorrente em membros da mesma família”, aponta a especialista.
Em geral, os disléxicos têm uma vida normal, porém com algumas dificuldades para ler e escrever. Segundo Luiza, o trabalho do fonoaudiólogo é essencial para que essas pessoas lidem da melhor maneira possível com as demandas da vida. “A terapia precoce proporciona resultados bastante efetivos, ela opera como um tratamento com base em estimulação de aspectos de linguagem. Depois de adulto, o individuo precisa de ajuda no mercado de trabalho, como orientações para conseguir se ajustar em seu emprego”, comentou.
A diretora explica que o diagnóstico no Brasil ainda precisa ser aprimorado, pois muitas pessoas apresentam o distúrbio, mas não sabem. “Não temos um panorama de quantos disléxicos existem no país. Alguns chegam à idade adulta e nunca descobrem”, finaliza.
FONTE: http://saci.org.br
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