segunda-feira, 30 de junho de 2014

HISTÓRIA E DEFICIÊNCIA - GUERRA DO PARAGUAI



Referência bibliográfica: SILVA, Otto Marques da.  A epopéia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje. São Paulo: CEDAS, 1986. 

CINEMA EM TIRAS - SUPERMAN - O FILME - PARTE 5



     Grande parte do público feminino fã do Homem de Aço aprovou a série Lois e Clark. Divertida e romântica, a série focava mais na relação entre os dois protagonistas do que todas as obras anteriores.
     O super herói foi interpretado por Dean Cain. O ator tem um currículo extenso no cinema. Nascido em Michigan, é filho de uma atriz e um diretor de cinema e começou sua carreira ainda criança. Entre seus filmes mais conhecidos, podemos citar Amor por Acaso, de 2010, de direção do brasileiro Márcio Garcia, em que contracena com a atriz Juliana Paes. Atualmente, Dean Cain possui mais de 8 filmes em fase de pós-produção.
  Teri Hatcher (Lois Lane), por sua vez, se desvencilhou da personagem dos anos 90 ao integrar o elenco de Desperate Housewives. A atriz também participou da animação de Neil Gaiman, Coraline e o mundo secreto.

    A mais longa adaptação para a TV alcançou 10 temporadas e angariou fãs mais jovens ao fã-clube do Homem de Aço. A abordagem se concentrava em mostrar um Clark Kent jovem, com dúvidas naturais à sua idade, além do confronto gerado pelos poderes que já sabia possuir.
    Smallville foi também a série que contou com a participação de Christopher Reeve, Annette O’Toole, Dean Cain e Margot Kidder, de forma a homenagea-los e trazer a atenção dos fãs de outras épocas para a série. Aqui, o herói foi vivido pelo ator Tom Welling. Sua atuação foi elogiada pela crítica e ele chegou a concorrer o Emmi pelo trabalho. No cinema, é possível conferir a atuação de Tom em Doze é Demais 1 e 2, e também em A Névoa.
   Contrariando a expectativa de muitos fãs que esperavam que o longa desse uma espécie de continuidade à série Smallville, o ator escolhido para interpretar o Homem de Aço foi Brandon Routh.


FONTE: http://cinema10.com.br/
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sábado, 28 de junho de 2014

COMPROVADA A PRÁTICA DE CANIBALISMO ENTRE OS COLONIZADORES DOS ESTADOS UNIDOS







      Em maio de 2013 cientistas anunciaram a primeira evidência da prática de canibalismo entre ingleses nos Estados Unidos do século 17. Ossos de uma garota de 14 anos demonstram claros sinais de que ela foi comida depois de sua morte.


        Ao longo dos séculos, histórias sobre a dificuldade dos primeiros momentos da colonização se popularizavam como lendas. Se dizia que, para não morrer, os colonos chegavam a comer cães, gatos, ratos e até mesmo couro de sapato. Outros relatos falavam em consumir os próprios mortos em situações mais extremas.


        O antropólogo Douglas Owsley afirma que a ossada da garota indica um "caso claro de desmembramento e remoção de tecidos para consumo", aparentemente esse processo se deu após a morte natural da moça. A descoberta é pode ser datada entre 1609 e 1610, quando um inverno rigoroso atingiu a região de Jamestown, Virgínia, um período de fome que levou milhares de pessoas à morte.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

CINEMA EM TIRAS - SUPERMAN - O FILME - PARTE 4




  CONTINUAÇÕES DE SUPERMAN -  O FILME 


      A tão aguardada continuação do filme de 1978 chegou dois anos depois, mantendo o elenco original, mas integrando novos vilões.
       Aqui temos Lois Lane disposta a descobrir se Clark Kent é ou não Superman, chegando a arriscar a própria vida nas Cataratas do Niágara, para que ele a salve. Mas é o próprio herói que decide revelar a ela a sua verdade. E mais: ele desiste de seus poderes para poder viver com Lois como um homem real, mortal. O problema surge quando ele se vê diante de três vilões vindos do espaço.
  

       
         A ideia do terceiro filme é lançar uma dúvida no íntimo do herói, que se vê dividido entre o bom e ingênuo Clark Kent e o terrível Homem de Aço. O vilão do terceiro filme é um poderoso computador que pode dominar a Terra.
 
       Apesar de o trailer  vender o filme como o “melhor de todos” um filme beira uma comédia pastelão, principalmente com a presença de  Richard Pryor  no elenco.
      A intenção do personagem era dar leveza à história, mas acabou ganhando fama de obsoleto. Apesar de alcançar o objetivo de ser engraçado, o personagem é tido como desnecessário, do tipo que poderia ser interpretado por qualquer um, além de não acrescentar nem marcar a trajetória do Homem de Aço nos cinemas.
      No quarto filme da franquia, temos Lex Luthor agindo novamente. A partir da estrutura molecular do herói, ele constrói uma espécie de cópia para confrontá-lo (interpretado por Mark Pillow). O confronto entre o herói e a criação de Luthor se torna uma ameaça mundial. Muitos consideram este o pior roteiro dos quatro.
FONTE: http://cinema10.com.br/ 
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 CONTINUA...

quinta-feira, 26 de junho de 2014

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - CEM ANOS - PARTE 2




- A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos desentendimentos entre as nações européias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permaneceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas nações queriam mais territórios para explorar e aumentar seus recursos.



- No final do século do século XIX e começo do XX, as nações européias passaram a investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região;



- A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumidores e matérias-primas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do governo);



- A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades (exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava. 

FONTE: http://www.suapesquisa.com/
  

quarta-feira, 25 de junho de 2014

CINEMA EM TIRAS - SUPERMAN - O FILME - PARTE 3


 


      “É um avião? Um pássaro?.. não! É o Superman!”…há exatamente 35 anos atrás, um homem de roupa azul, botas vermelhas, capa e cuecas por cima da calça, estreava com a difícil missão de trazer para o cinema um dos maiores ícones das histórias em quadrinhos.
          Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster no final da década de 30, o personagem que já havia se tornado popular com versões em desenho animado, curtas em série (que eram exibidos nos cinemas) e o programa de Tv estrelado por George Reeves nos anos 50, ganhou forma nas mãos de Richard Donner (diretor de Os Goonies e da série de filmes, Máquina Mortífera) e de cinco roteiristas diferentes, entre eles, Mario Puzo, escritor da premiada trilogia “O Poderoso Chefão”.
      Com um elenco estrelar, encabeçado por Marlon Brando (o eterno Don Vito Corleone), Gene Hackmam, e o até então desconhecido, Christopher Reeve, o longa começa mostrando a destruição do planeta Krypton, com uma bela direção de arte, fotografia de Geoffrey Unsworth e com o monologo de Jor-el, que toma mais de 10 minutos da projeção, para justificar o cachê milionário (cerca de 3 milhões de dólares) de Marlon Brando. 

      O roteiro, estabeleceu uma estrutura que é utilizada até hoje nos filmes de super-heróis, principalmente os filmes baseados nos heróis do estúdio concorrente. Apresenta a origem, mostra o herói aprendendo utilizar os poderes para impressionar a menina que tornara seu par romântico e apresenta o vilão – aqui interpretado por Gene Hackmam, que transforma o gênio Lex Luther, em um personagem caricato, carregado de sarcasmo e em que nenhum momento em cena demonstra ser ameaçador tornando-se o grande defeito do filme.
          Com efeitos especiais datados, mas muito bem realizado para época, o filme ganhou o Oscar de melhor efeitos especiais e recebeu indicações nas categorias de melhor som, melhor trilha sonora e melhor edição. Destaque para cena de destruição do planeta Krypton e uso do bom e velho Chroma key. Com tantos nomes famosos, o grande destaque é Christopher Reeve (1952 – 2004), que “encarnou” o personagem, especialmente como Clark Kent, apesar de um grande problema do herói, o disfarce (óculos e penteado diferente, subestima a inteligência dos personagens e do espectador), quase convence por causa da a interpretação do desajustado Clark Kent. Outro grande destaque da película, é a majestosa trilha sonora, do mestre John Williams que embala tanto as cenas de ação, quanto as mais dramáticas, deixando o tema do herói imortalizado nos cinema.

FONTE: http://cinemaeafins.com 

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CONTINUA...



terça-feira, 24 de junho de 2014

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL- CEM ANOS - PARTE 1



      Entre 1871 e 1914, durante a chamada belle époque, a sociedade européia, liberal e capitalista, passou por uma das fases de maior prosperidade. O desenvolvimento industrial trouxe para boa parte da população um conforto nunca antes experimentado, enquanto a ciência e a técnica abriam possibilidades inimagináveis de comunicação e transporte, com a invenção do telégrafo, do telefone e do automóvel.

      Entretanto, as disputas territoriais entre as potências e a má distribuição dos benefícios do progresso entre a população criavam um clima de instabilidade constante. O risco de um confronte iminente pairava no ar. Até que, em 1914, as previsões se confirmaram, com o início da "guerra que ia acabar com todas as guerras", como se costumava dizer na época. Na prática, não foi isso que o mundo assistiu. Outro conflito, maior e ainda mais devastador, iria eclodir 25 anos depois.

      A expressão Grande Guerra, cunhada para o conflito que pela primeira vez na história envolveu todo o planeta, se justifica pelas proporções que o confronto alcançou, pelo aparato bélico que foi mobilizado e pela destruição devastadora que provocou. As novas armas, fruto do desenvolvimento industrial, e os métodos inéditos empregados nos combates deram aos países capitalistas o poder quase absoluto de matar e destruir.

      Por volta de 1914, havia motivos de sobra para o acirramento das divergências entre os países europeus. Era grande, por exemplo, a insatisfação entre as nações que tinham chegado tarde à partilha da África e da Ásia; a disputa ostensiva por novos mercados e fontes de matérias-primas envolvia muitos governos imperialistas; e as tensões nacionalistas, acumuladas durante décadas, pareciam prestes a explodir. O que estava em jogo eram interesses estratégicos para vencer a eterna competição pela hegemonia na Europa e no mundo.

FONTE: http://www.mundovestibular.com.br/

segunda-feira, 23 de junho de 2014

CINEMA EM TIRAS - SUPERMAN - O FILME - PARTE 2



      Os produtores fracassaram em escolher grandes astros para protagonizar Superman, antes mesmo de contratar Richard Donner para a direção. Acabaram decidindo em contratar um ator desconhecido, e então o diretor de elenco Lynn Stalmaster sugeriu primeiro Christopher Reeve, mas Donner achou que ele era muito novo e "fraco" para o papel. Mais ou menos 200 atores desconhecidos foram fazer teste de cena para Superman, incluindo Christopher Walken e Nick Nolte. Neil Daimond e Arnold Schwarzenegger  estiveram interessados, mas foram ignorados. A procura chegou a ficar muito desesperadora.

      Stalmaster convenceu Donner e Ilya em fazer um teste de cena com Reeve em fevereiro de 1977.  Reeve realmente, surpreendeu os produtores e diretores mas foi alertado a usar um "enchimento" para poder aparentar verdadeiros músculos mas, ele recusou a ideia, se comprometendo a fazer exercícios e academia, sob a supervisão de David Prowse.  

      Prowse chegou a querer interpretar Superman, mas foi negado por não ser Americano e também fez um teste de cena para o inimigo Non. Reeve entrou em forma e chegou ao resultado desejado para interpretar o papel durante a pré-produção e as filmagens. Acabou sendo consagrado como o herói definitivo mas, percebeu que não iria ser fácil se livrar de sua sombra.

FONTE: WIKIPÉDIA 

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 CONTINUA...

sexta-feira, 20 de junho de 2014

ESPANHA APROVA MEDICAMENTO PARA DISTROFIA DE DUCHENNE



      Um novo medicamento para tratar distrofia muscular foi aprovado na Europa. O responsável por aprovar a medicação foi o médico Juan Jesús Núñez, chefe da Neurologia do Hospital La Fe de Valência, e membro da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A nova droga vai tratar crianças afetadas pela distrofia conhecida como Duchenne, uma degeneração muscular progressiva que afeta cerca de 18.600 pessoas na Europa.

      O Ataluren, comercializado como Translarna, foi aprovado como um medicamento órfão para esta condição.Um órgão administrativo permitiu a sua liberação rapidamente e vai deixar que ele seja usado em crianças com mais de cinco anos de idade, que ainda têm chances de voltar a andar, mas que não dispõem de nenhum outro tratamento atualmente.
       Distrofia é uma doença genética causada por um defeito na distrofina, uma proteína essencial para o funcionamento normal dos músculos. Devido ao defeito, essas crianças muitas vezes têm problemas de mobilidade dos seis aos oito anos, e na maioria das vezes passam a precisar de cadeiras rodas antes mesmo de se tornarem adolescentes. A esperança de vida gira em torno de 30 anos.

       No entanto, o Ataluren não é uma droga útil para todos aqueles afetados por Duchenne, como o EMA disse em uma declaração, mas apenas para um subgrupo com um defeito específico no gene produtor da distrofina. O mecanismo de ação da droga, uma espécie de terapia genética, permite que um subgrupo de pacientes contorne o decreto sobre a engrenagem de suas células, de modo que eles são capazes de produzir um tipo de distrofina funcional.

       Embora em janeiro passado o EMA tenha emitido uma opinião negativa, contra a aprovação da droga, uma nova revisão dos dados fornecidos pelo fabricante (PTC Therapeutics Limitada) permitiu a sua liberação. E claro, a empresa continuará a fornecer mais dados confirmatórios. A decisão do EMA será agora enviada à Comissão Europeia, e poderá ser adotada pelos países membros.

       Conforme explicou o Dr. Vilchez para o jornal EL MUNDO, o lançamento teve muito a ver com pressões vindas de associações de pais, especialmente dos EUA, que têm tido um papel importante na realização de análise mais aprofundadas dos dados obtidos na primeira fase dos ensaios clínicos.


FONTE: http://cantinhodoscadeirantes.blogspot.com.br





 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

CINEMA EM TIRAS - SUPERMAN - O FILME


  

      Superman - The Movie (1978)  é  baseado na história do herói da DC Comics, Superman. O filme foi dirigido por Richard Donner e no elenco estão Christopher Reeve  como Superman e também Gene Hackman, Margot Kidder, Marlon Brando, Glenn Ford, etc.  O filme aborda a origem de Superman, da infância como Kal-El de Krypton e  sua criação em Smallville.   Disfarçado como repórter Clark Kent,  ele adota um comportamento humilde e tolo em Metropolis, Nova Iorque. Além disso, nutre um romance com Lois Lane e enfrenta o vilão Lex Luthor. 

      A ideia de se fazer um filme de Superman, surgiu em 1973 pela produtora Ilya Salkind. Vários diretores e roteiristas  estavam comprometidos com o projeto, antes do diretor Richard Donner   ser contratado para a direção. 

      O trabalho de fotografia começou em março de 1977 e terminou em outubro de 1978.  Conflitos e tensões surgiram entre Donner e os produtores, acabando em sua demissão, a decisão em não filmar mais Superman II e o término rápido em fazer o primeiro filme. Donner tinha filmado quase 80% do segundo filme, dando a ideia em criar 28 anos depois a sua versão original e alternativa: Superman II - The Richard Donner Cut.   Superman na sua estréia, recebeu aclamadas críticas e um grande sucesso de bilheteria.

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CONTINUA...


    





quarta-feira, 18 de junho de 2014

GAYS COM DEFICIÊNCIA: "AS PESSOAS ACHAM QUE A GENTE NÃO FAZ SEXO"





      Nos cinemas brasileiros  o filme “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” conta a história de Leo (Guilherme Lobo), um jovem cego que se apaixona pelo colega de escola Gabriel (Fábio Audi). Premiado internacionalmente, o longa coloca em evidência os relacionamentos afetivos dos homossexuais que lidam com limitações físicas em seu dia a dia. Com paralisia cerebral, o ator carioca Pedro Azevedo Fernandes, 22, é um deles.
      "Nasci de cinco meses. Na hora do parto, faltou oxigenação no cérebro. Minhas funções cognitivas foram preservadas, minha paralisia não afetou nem fala nem intelecto, só a parte motora”, explica Pedro, que namora há cinco meses o técnico de informática Thiago Matias de Oliveira, 28.
      Thiago revela que se encantou com o agora namorado logo que viu uma imagem dele na internet. “Conheci o Pedro pelo Instagram, vi uma foto dele e fiquei apaixonado. Perguntei a um amigo quem era ele e depois nos adicionamos no Whatsapp. Conversamos por quase dois meses”, relata o técnico de informática.
      Por conta de suas limitações físicas, Pedro se mostrava reticente nas conversas, mas o técnico de informática não desanimou. “Ele tinha preocupações de me ver o ajudando em algumas necessidades como tomar banho. Dizia que não queria que eu fizesse certas coisas por ele e foi me preparando para tudo. Mas não pensei muito a respeito disso. Sempre fiz tudo por ele de boa”, conta Thiago.
      Os receios de Pedro não eram sem motivo e vinham de experiências anteriores. “Eu saia pra balada, ficava com um e outro, mas sentia muito preconceito. As pessoas não se aproximavam por medo, por não saber como lidar. Cheguei a ouvir frases como ‘ele é até bonito, mas não vou ficar com ele porque é cadeirante’”, descreve o ator.



Pedro Azevedo Fernandes e o namorado andante Thiago Matias de Oliveira


      Com o namoro, Thiago também passou a enfrentar situações de preconceito. “As pessoas falam coisas do tipo: ‘Credo, como ele tem coragem de ficar com um cadeirante?’ e ‘Imagina as posições limitadas deles?’. Mas nós tiramos isso de letra, não damos ouvidos a esse tipo de comentário”, diz o técnico, ressaltando, no entanto, que também recebe mensagens de apoio. “As mulheres no geral acham a gente um casal fofo e falam que somos lindos.”

CARA DE COITADO
    Hoje com 40 anos, a funcionária pública Selma Rodeguero ficou paralitica aos 17 anos em um acidente automobilístico. Já tendo consciência de que era lésbica, ela só se assumiu no ano seguinte ao que ficou com a deficiência. Também passando por situações de preconceito, Selma sente que o fato de ser cadeirante incomoda mais os outros do que a sua orientação sexual.
      “Sou muito bem resolvida, então não estou nem aí. Quero mais que me olhem e saibam que eu sou sapatão. Agora em relação a ser cadeirante é pior, as pessoas acham que a gente não faz sexo, que não consegue fazer nada sozinho. Olham com aquela cara de que a vida acabou. Cara de coitado, sabe?”, desabafa Selma.
          Mas Selma rejeita o indesejável título de ‘coitada’, confessando ainda que a sua vida afetiva e sexual é mais do que satisfatória. “A mulher lésbica lida muito bem com isso, impressionante como elas gostam, acho que é o lado materno. Homens são muito encanados com a aparência, mas mulher não.”
   Surdo, o educador e artista plástico Leonardo Castilho, 26, convive com esta deficiência desde os oitos de meses de idade. Mas da mesma forma do que Selma, ele não vê essa limitação atrapalhar a sua vida afetiva. “A maioria dos caras se aproximam por eu ser surdo. Eles querem aprender a se comunicar, conhecer outras dimensões”, explica Leonardo, que também não tem problemas em abordar quando está interessado em alguém.


Leonardo Castilho

      “Tenho uma estratégia. Como sou surdo, a minha fala é parecido com a de um gringo, alguém que fala espanhol. Eles acabam pensando que sou estrangeiro. Mas esclareço, falo que sou surdo e que sei libras. Eles adoram essa diferença em se comunicar”, se diverte Leonardo, relatando o encantamento de seus paqueras com suas habilidades comunicação.
      O artista plástico só se relacionou até o momento com pessoas não surdas, um dos seus parceiros até virou intérprete. “Eu abri a porta para ele entrar no mundo dos surdos. Ele se afastou dos amigos ouvintes para desenvolver a libras na comunidade surda. Andava só com os surdos todos os dias”, narra Leonardo.

VIDA SEXUAL ILIMITADA

   As limitações físicas interferem inegavelmente na vida sexual de quem tem deficiências físicas, mas isso não os impede de fazer sexo e de ter prazer na cama, como faz questão de ressaltar Selma, que percebeu alguns sentidos ganhando destaque depois do acidente.

        Discreto, Thiago revela que a vida sexual com o namorado  é amplamente satisfatória. “Só digo que o sexo não é nada limitado”, deixa escapar o técnico de informática. O parceiro Pedro confirma o prazer ilimitado, explicando que os dois estabeleceram uma dinâmica própria na cama. “Ele vai me segurando e me guiando. Eu consigo ser ativo inclusive, mas prefiro ser passivo”, confessa o ator.“O cadeirante tem tesão, apesar de não ter a sensibilidade física. O prazer vem de outras formas, com o olfato, o tato e a visão. Descobri meu corpo muito mais, tem pontos do corpo que eu só sinto agora. Com toque e muita ternura, dá para se chegar ao orgasmo”, ressalta Selma.

FONTE: http://igay.ig.com.br/